domingo, 23 de fevereiro de 2014

Qual a relação entre a ignorância e a inversão de valores?

Além da inclinação natural da carne, o que leva muitas pessoas a inverter valores, a tomar decisões erradas e a praticar pecados terríveis é o fato de elas serem totalmente ignorantes quanto aos princípios que Deus estabeleceu para uma vida saudável, plena e feliz.

Algumas não tiveram sequer uma boa base familiar que lhes permitisse fazer as distinções básicas entre o certo e o errado, o bem e o mal, o precioso e o vil. Elas costumam deixar-se levar pelos padrões do grupo social com o qual mais convivem ou identificam-se, relativizando coisas absolutas (como a verdade, a honra, o bem, o justo) e transgredindo leis morais e até civis. Resultado: os que são dominados pela ignorância espiritual e moral vivem à margem da sociedade, porque não dão importância aos princípios básicos que regem a vida espiritual e as relações humanas; eles costumam desrespeitar outras pessoas, acarretando danos a si e ao seu próximo.

No passado, antes de o pleno conhecimento de Deus ser manifestado por intermédio de Jesus, os povos pagãos pecavam por ignorância, cedendo à idolatria e à violência porque não conheciam a Lei do Senhor. Contudo, por Sua infinita misericórdia, Ele levantou porta-vozes (profetas) para anunciar a verdade, chamar os pecadores ao arrependimento e à restauração espiritual e moral.
Os habitantes de Nínive, por exemplo, o centro comercial da Assíria, menosprezavam os valores éticos, morais e espirituais, sendo extremamente cruéis para com seus inimigos capturados na guerra. Mesmo sendo considerada a capital da injustiça e da crueldade do mundo antigo, Nínive foi alcançada pela misericórdia de Deus. O Senhor enviou o profeta Jonas lá para pregar uma das mais duras e curtas mensagens proféticas descritas no Antigo Testamento: caso os ninivitas não se arrependessem, ainda quarenta dias, e Nínive seria subvertida. Após essa exortação, eles se arrependeram de suas perversidades, sendo poupados do juízo divino.

Sendo assim, entendemos que o propósito de Deus usar de misericórdia para com as pessoas que invertem os valores espirituais, movidas pela ignorância, é dar-lhes tempo para se arrependerem e mudarem de vida. O Senhor não executa Seu juízo sem antes conscientizar o homem de seus erros.

A população de Nínive quase foi destruída pela ignorância, mas foi alvo da graça, e não da ira, de Deus porque se arrependeu de seus maus caminhos e voltou-se para o Criador.

Até hoje, mesmo na igreja, existem muitas pessoas que invertem os valores espirituais e morais e cometendo pecado porque ignoraram a Lei de Deus, as boas-novas de salvação que lhes são oferecidas em Cristo, e o destino final daqueles que não se arrependerem: o inferno. Não aja assim. Dê ouvidos ao Senhor e ao chamado que Ele lhe tem feito!
Pr. Silas Malafaia

SUGESTÕES DE LEITURA: 

Êxodo 34.6; Jonas 1—4; Atos 3.17; 17.30,31; Romanos 2.4; 3.25; Efésios 4.18; 1 Pedro 1.14; 2.15

A oração de vitória...

“No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” (1 Rs 18.36-40).
Na vida de Elias vemos uma representação da oração de vitória. Sua oração venceu e derrotou o inimigo. Quem era esse inimigo? Era Baal com seus sacerdotes, o ídolo e seus servos. Eles haviam desviado o povo da genuína devoção ao Senhor, se apossado do coração de Israel e arrastado o povo a servir ao Senhor pela metade, de coração dividido. Toda a terra estava infestada com esse pecado. É uma boa imagem das forças do mal que nos cercam e que infestam o mundo todo. São os poderes das trevas que nos tentam à preguiça, à incredulidade e à paixão pelo mundo, à idolatria, a uma vida cristã pela metade e a seguirmos ao Senhor de coração dividido. Preste atenção: Elias derrotou o inimigo. Como? Através da oração! Tornemo-nos pessoas que oram! Todos os inimigos ao nosso redor são obrigados a fugir diante da santa majestade da presença de Deus, que se revelará pelas nossas orações. E o Deus de Elias vive ainda hoje!

Como era a oração de Elias?

1.Era uma oração concreta
A oração precisa e específica abriga um grande mistério! O Senhor Jesus nos diz que não devemos usar de vãs repetições, ou seja, não devemos usar muitas palavras, como fazem os gentios. Ele está querendo dizer que nossas orações devem ser claras e centradas no alvo, que devemos orar especificamente pelo que está em nosso coração. Muitos vivem dentro de uma bolha de religiosidade, usam um vasto repertório de palavras e frases feitas quando se dirigem ao Senhor, e quando se erguem de seus joelhos já não sabem o que oraram e quais foram, de fato, seus pedidos ao Senhor. Aprenda você também a orar concretamente. Uma oração concreta não é nada mais do que contar com a presença do Salvador vivo, poderoso para interferir e ajudar neste exato momento. Elias disse: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel”.

2. A oração de Elias tinha a motivação correta

A motivação mais profunda do coração de Elias nem era em primeiro lugar a conversão do povo, mas a honra do Senhor. Ele diz: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel...” e no versículo 37: “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus...” A ardente paixão da vida de Elias era a glória de Deus e a honra ao Seu nome. Então, no versículo 37 lemos o que ele diz: “...e que a ti fizeste retroceder o coração deles”. É muito bom que você ore pela conversão de sua esposa, de seu esposo ou de seu filho, mas... por que você quer mesmo que eles se convertam? Sua resposta é: para que não continuem perdidos? Então, preciso lhe dizer que essa é uma motivação pouco profunda. Mesmo que o Senhor, em Sua graça, ouça os seus pedidos, a resposta é adiada e freada pela sua motivação egoísta. Sim, é muito importante que seus queridos não se percam. Há mulheres que oram pela conversão de seus maridos, mas muitas vezes a motivação mais profunda de seu coração é ter uma vida mais fácil e usufruir a companhia do marido na hora de ir à igreja, e não a glória de Deus em primeiro lugar. Como Deus é paciente! Quando você orar pelos seus familiares, o impulso prioritário deveria ser: “Senhor, Teu Nome está sendo blasfemado pela vida perdida de meu esposo (ou de meu filho, etc). Por favor, salva-o para que Tu sejas honrado e glorificado e para que Tu recebas o fruto do penoso trabalho de Tua alma”. A glória do Senhor deve ser o alvo supremo de nossas orações.

3. A oração de Elias estava embasada na absoluta certeza de ser atendido

Como é que ele podia ter a certeza de que o Senhor atenderia imediatamente sua oração curta e simples? Ele poderia fazer papel de ridículo na frente dos sacerdotes de Baal. Todos olhavam atentos e tensos esperando o resultado. Creio que a certeza de Elias advinha de sua completa obediência ao Senhor. Em sua oração ele clama: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas”.Em outras palavras ele disse: “Senhor, não estou aqui por iniciativa minha. Fiz tudo o que me ordenaste fazer. Agora, faze Tu o que eu não consigo fazer”.

Nós podemos orar vitoriosamente, podemos dar o primeiro passo de fé quando nos encontramos em solo sagrado, ao pé da cruz.

Vemos como é decidida a vida de obediência de Elias nas suas atitudes e ações visíveis: primeiro, ele não teve a coragem de orar como orou antes que o altar do Senhor, que estava em ruínas, tivesse sido restaurado (v.30). Ele encontrava-se em solo sagrado, perto do altar. Portanto, nós igualmente podemos orar vitoriosamente, podemos dar esse primeiro passo de fé somente quando nos encontramos em solo sagrado, ao pé da cruz. Se continuamente entregamos nosso velho homem à morte em Jesus, podemos dizer: “Senhor, fiz tudo conforme a Tua Palavra”.

Em segundo lugar, Elias somente começou a orar quando era tempo de trazer a oferta de manjares (v.36). Que ilustração maravilhosa, se pararmos para pensar que a oferta de manjares era um dos cinco sacrifícios do Antigo Testamento onde não havia derramamento de sangue. A oferta de manjares é uma indicação da vida de Jesus, que não precisava de sangue para sua própria expiação pois não tinha pecado. A Carta aos Hebreus diz que “nos temos tornado participantes de Cristo” (Hb 3.14). Portanto, deveríamos nos identificar com a oferta de manjares, com a vida de Cristo, pois assim diz o Senhor: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2b). Estar em solo sagrado, estar ao pé da cruz e viver conscientemente uma vida de santificação é a expressão prática de nossa obediência a Deus, através da qual o Senhor atende nossas orações e envia fogo do céu. Por essa razão João diz em sua primeira carta, no capítulo 3.22: “e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável”.Lembremos que Elias, como também o diz Tiago, era um homem como nós. Mas Elias era tão poderoso em oração porque fazia o que o Senhor queria. Você já conhece o resultado triplo da oração de Elias?

Quando Elias orou...

1. O fogo do Senhor caiu e consumiu tudo, não apenas o sacrifício, mas inclusive as coisas materiais: a lenha, pedras, terra e água. Como é maravilhoso quando aprendemos a orar como Elias orava: estar em solo sagrado, ao pé da cruz, com vidas santificadas! Então, o Senhor aceitará nossa oferta, e tudo o que é terreno será consumido por Seu fogo.
2. Através da oração de Elias o povo cego reconheceu o Senhor, pois exclamou: “o Senhor é Deus! O Senhor é Deus!” Se quisermos que este mundo endurecido e obstinado, religioso e cego para as coisas de Deus venha a reconhecer outra vez a glória do Senhor, é necessário que homens e mulheres orem como Elias.
3. Outra conseqüência da oração de Elias foi que, na mesma hora os inimigos teimosos, que seduziam e enganavam o povo, foram derrotados e aniquilados.
Já que o Deus de Elias vive e é o mesmo ainda hoje, eu pergunto: Quem quer orar como Elias? Você quer? Então ajoelhe-se e consagre-se ao Senhor agora mesmo!

Por Wim Malgo – WWW.chamada.com.br