domingo, 17 de fevereiro de 2013

As fronteiras de Gomorra estão sendo ultrapassadas.


O Senhor Jesus descreveu os tempos anteriores à Sua volta em glória como dos mais terríveis que já houve. Ele falou de um Apocalipse vindouro, que aconteceria como julgamento sobre todo o mundo, antes dEle mesmo voltar. Este tempo é descrito como semelhante aos "dias de Noé e de Ló". Os dias de Ló eram a época de Sodoma, donde procede a palavra "sodomia". Naquela sociedade as pessoas viviam inteiramente segundo suas inclinações e paixões. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam, sem se importarem com Deus. Pretendia-se estabelecer uma era de bem-estar sem Deus. Ao mesmo tempo a imoralidade tomava conta, de modo que a homossexualidade fazia parte do cotidiano (Gn 19.4-5).

Quando analisamos nossos dias, somos levados a pensar que as fronteiras de Somoma já estão sendo ultrapassadas. Como em muitos outros países, os debates a respeito do tema têm sido muito acirrados na França:

O confronto entre a direita e a esquerda tem apresentado atualmente uma violência incomum, porque a maioria esquerdista pretende legalizar a união de casais homossexuais. Deste modo, os partidários do primeiro-ministro Lionel Jospin estão cumprindo uma promessa eleitoral. Trata-se de estabelecer um contrato para todos os casais – quer sejam homossexuais ou heterossexuais...

Apontando para Sua vinda em grande poder e glória, o Senhor Jesus disse: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar" (Lc 17.28-30). Em Gênesis 18.20 lemos porque Deus castigou de tal maneira as cidades corrompidas no vale do Jordão: "Disse mais o Senhor: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito."

Não temos a intenção de apontar o dedo friamente para nossa sociedade, pois todos nós somos pecadores necessitados de redenção. Também não pretendemos pintar um cenário de terror apocalíptico. Pelo contrário, queremos lembrar que o Senhor procura atualmente homens de oração dedicados, que se colocam na brecha (Ez 22.30), da mesma forma como Abraão o fez (Gn 18.22-33). O texto ressalta que Abraão não ameaçou nem julgou a Sodoma – e nem mesmo esperou satisfeito pelo julgamento ameaçador de Deus. Pelo contrário, ele colocou-se diante do Senhor e intercedeu por Sodoma e Gomorra.
 
Mas, naturalmente também é preciso falar a verdade com clareza, mesmo que não se queira mais ouvi-la e sob o risco de sermos acusados de fanáticos fundamentalistas. O Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz como um criminoso, sem ter cometido pecado, tomou nossos pecados sobre si para que nós – libertos de toda culpa – possamos tornar-nos participantes do reino de Deus. Quem, entretanto, fecha a porta do seu coração para o Senhor Jesus, rejeita a oferta de Deus de completo perdão dos pecados e, assim, exclui a si mesmo do reino de Deus. Aquele, porém, que entrega sua própria vida e a deposita aos pés de Jesus, vai recebê-la. Foi o que o próprio Senhor disse com relação à mulher de Ló: "Quem quiser preservar a sua própria vida perdê-la-á; e quem a perder, de fato a salvará" (Lc 17.33).
Fonte: Norbert Lieth

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Jesus, o cabeça da Igreja

O mundo inteiro acompanha, surpreso, a renúncia de Bento XVI, como líder maior do Catolicismo Romano. O alemão Joseph Ratzinger é o 265º papa e um dos maiores expoentes teólogos da Igreja Romana. Homem culto, que domina seis idiomas, entre eles o Português. É autor de vários livros, pianista e membro de várias academias científicas. É reconhecidamente conservador. Combateu firmemente a teologia da libertação. Como chefe de Estado e líder de um dos maiores segmentos religiosos do mundo, é uma das pessoas mais respeitadas de nosso tempo. Porém, o momento é oportuno para fazermos algumas reflexões sobre a posição que o papa ocupa. É o papa o cabeça da igreja, a pedra fundamental sobre a qual a igreja está edificada, o supremo mediador e o substituto do Filho de Deus, como preceitua a dogmática romana? Vejamos o que a Palavra de Deus ensina:

Em primeiro lugar, Jesus é o cabeça da igreja. Essa verdade está meridianamente clara em Efésios 5.23. Nenhum homem, por mais culto ou piedoso, poderia ser o comandante da igreja universal. Somente Jesus tem essa honra. Jesus é o dono da igreja, o Senhor da igreja, o cabeça que governa a igreja, o bispo universal da igreja.

Em segundo lugar, Jesus é a pedra sobre a qual a igreja está edificada. O papado está alicerçado na interpretação de que Pedro é a pedra sobre a qual a igreja está edificada e que todo papa é sucessor de Pedro. A grande questão é se essa interpretação tem amparo bíblico. O contexto de Mateus 16.18 está todo voltado para a Pessoa de Cristo. O próprio Pedro deixou claro que Jesus e não ele é a pedra sobre a qual a igreja está edificada. No começo do seu ministério Pedro disse que Jesus é a pedra (Atos 4.11) e no final do seu ministério, quando escreveu sua primeira carta, tornou a enfatizar esse mesmo fato (1 Pedro 2.4-8).

Em terceiro lugar, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. O título concedido aos papas, "Sumo Pontífice", significa supremo mediador. Essa expressão não cabe em nenhum líder religioso, pois a Bíblia é categórica em afirmar que só existe um Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1 Timóteo 2.5). O próprio Jesus disse: "Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida e ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6).

Em quarto lugar, Jesus enviou o Espírito Santo como seu substituto. O título atribuído aos papas "Vicarius Fili Dei", ou seja, substituto do Filho de Deus, também, não pode ser concedido a nenhum homem. O substituto do Filho de Deus não é o papa, nem qualquer outro líder religioso, mas o Espírito Santo (João 14.16). O Espírito Santo, sendo Deus, está para sempre com a igreja e na igreja. O Espírito Santo veio para exaltar a Cristo e nos conduzir à verdade.

Em quinto lugar, Jesus é o dono da igreja. Foi o próprio Jesus quem disse a Pedro que ele mesmo edificaria a sua igreja (Mateus 16.18). A igreja é Deus, pois foi comprada com o sangue de Jesus (Atos 20.28). Jesus nunca passou-nos uma procuração, dando-nos a liberdade para sermos os donos de sua igreja.

Em sexto lugar, Jesus é o edificador da igreja. Nós somos os cooperadores de Deus, mas é Deus mesmo quem edifica a sua igreja. Um planta, outro rega, mas o crescimento vem de Deus (1Coríntios 3.9). Jesus disse: "Eu edificarei a minha igreja" (Mateus 16.18). Não conseguiríamos acrescentar nem um membro ao corpo de Cristo, mesmo que usássemos todos os recursos da terra.

Em sétimo lugar, Jesus é o protetor da igreja. A igreja não caminha vitoriosamente à parte da assistência e proteção de Cristo. Ele disse: "… e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18). Os inimigos da igreja são muitos e perigosos, mas Jesus é o nosso escudo e protetor. Ele é o general desse glorioso exército que caminha triunfantemente rumo à glória. Bendito seja seu santo nome!
Rev. Hernandes Dias Lopes

Os riscos de se vestir com um lençol

Referência: Marcos 14.51-52

INTRODUÇÃO
1. A cidade de Jerusalém estava vivendo a noite mais dramática da sua história. Nas caladas da noite, as autoridades judaicas e romanas estavam tramando um plano maligno com a ajuda de Judas Iscariotes para prender o Carpinteiro de Nazaré, o meigo Rabi da Galiléia, o Filho de Deus, o Salvador do Mundo.

2. Jesus já estava no Getsêmani travando uma luta de sangrento suor. Ele ora com forte clamor. Ele chora e suas gotas de suor se transformam em sangue. Os discípulos dormem. O inferno lança contra Jesus suas setas mais venenosas. Jesus geme, chora, sua sangue, mas se rende completamente à vontade do Pai e se dispõe ir para a cruz, morrer em lugar da sua igreja.

3. Judas lidera a turba de sacerdotes e soldados que vão prender a Jesus. Ouve-se pelas ruas o tropel dos cascos dos cavalos. Muitas pessoas, movidas pela curiosidade abrem suas janelas. Outras, olham assustadas de dentro de suas casas. Mas um jovem, não se conteve. Do jeito que estava, enrolado em um lençol, pulou de sua cama e infiltrou-se no meio de turba para ver aquele dramático espetáculo da prisão de Jesus. Não se apercebeu que lençol não é roupa. Não se deu conta de que estava indevidamente vestido e que poderia ser desmascarado, denunciado e exposto a um vexame.

4. Viu como Jesus chamou Judas de amigo. Viu quando Pedro sacou da espada e decepou a orelha de Malco e como Jesus a restaurou. Viu como Jesus voluntariamente se entregou dizendo que havia chegado a sua hora. Viu como Jesus estava sereno, apesar do drama e começou a seguir a Jesus.

5. Este jovem é mais do que uma estatística na multidão, ele é um símbolo. Representa os seguidores ocasionais, os discípulos de plantão. Ele decidiu seguir a Jesus sem medir as conseqüências. Nem se apercebeu que estava apenas enrolado em um lençol, sem roupas próprias. Deu uma amnésia moral naquele moço. Curiosidade, pressa, improvisação e inconseqüência foram as misturas que fizeram daquele moço um discípulo sem compromisso.

6. Quantas decepções e tragédias têm acontecido por causa dessa mistura. Quantos casamentos em desgraça. Quantos empreendimentos mal sucedidos. Quantas vidas destruídas. Tudo por causa de uma curiosidade mórbida, torpe e inconseqüente.

7. Esse texto nos ensina algumas lições práticas.

I. AQUELES QUE SE COBREM DE UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DOS SEGUIDORES DE JESUS, MAS SEM COMPROMISSO

1. Segue a Jesus, mas não tem compromisso – a Bíblia nos mostra que o rapaz seguia a Jesus. Ele se tornou um discípulo casual, mas não era um verdadeiro discípulo. Faltava-lhe o compromisso com Jesus. Ele era um discípulo de improviso. Seguia Jesus movido pela curiosidade, mas não tinha aliança com ele.

2. A geração do “Fica” – Este jovem é um símbolo da nossa geração que “fica” sem compromisso. No namoro, no casamento, nas amizades, no emprego, no endereço, todo mundo está ficando. As coisas e as pessoas estão se tornando descartáveis. Hoje as pessoas estão “ficando” até com Jesus e com a Igreja. Não querem compromisso. Não firmam raízes. Não toleram o princípio da fidelidade. Aquele jovem colocou o lençol só para ver de perto e voltar para a sua cama. Era uma aproximação casual de Jesus. Nada de compromisso. Muitos estão assim hoje: aproximações temerárias, intimidades perigosas, sem nenhuma fidelidade. Muitos estão “ficando” com Jesus apenas numa noite de louvor, mas sem compromisso de fidelidade a ele. Vêm à igreja apenas em ocasiões especiais. Pensam que fazendo isso estão quites com Deus. Mas isso não é seguir a Cristo. Ser discípulo é mais do que ter emoções, estar perto. É fazer a vontade do Pai.

3. A síndrome do controle remoto – O controle remoto é o instrumento da mudança. A decisão de mudar de canal está na ponta dos seus dedos. O controle remoto favorece em muito o descomprometimento. Com o controle remoto não há fidelidade a um canal, há um interesse por tudo e por nada, porque, no final, tudo e nada foi visto. Essa mania do controle remoto acabou por se manifestar nos relacionamentos. As pessoas não conseguem ficar muito tempo com a mesma namorada, com o mesmo namorado, com o mesmo marido, com a mesma esposa, com o mesmo carro, com os mesmos amigos, na mesma igreja. Hoje os crentes dizem que Jesus satisfaz, mas vivem insatisfeitos. Vivem a procura de coisas místicas, ou se deliciar nos banquetes do mundo. Paulo diz que as os lucros do mundo tornaram-se lixo ao comparar com a sublimidade do conhecimento de Cristo. O que mais as pessoas andam buscando é prosperidade, saúde, sucesso e não intimidade com Deus. A maioria das pregações hoje falam sobre dinheiro e saúde e não sobre salvação. Quando suas expectativas não são atendidas, elas abandonam a igreja, a fogem de Jesus como a multidão de João 6 e o jovem rico. O lençol não tinha amarração, costura, nem um cinto sequer. Por isso, ele se viu em “maus lençóis”. Compromisso é amarração, costura, segurança. Vivemos hoje a geração da comodidade, do menor esforço, dos consumidores de Jesus.

II. AQUELES QUE SE COBREM COM UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DAQUELES QUE VIVEM A SUPERFICIALIDADE DA VIDA CRISTÃ

1. O lençol era a única cobertura que aquele jovem possuía. Era, portanto, um arranjo, uma proteção superficial. Não havia mais nada além daquilo que era aparente. Quando arrancaram-lhe o lençol, não havia mais nada para lhe proteger a vergonha. Segurança aparente, conforto aparente, discipulado aparente, cristianismo aparente.

2. Lençol não é roupa – A turma do lençol está tentando mostrar que podem ser o que não são. A turma do lençol é light. Tudo lhe interessa, mas de forma superficial. Tudo nela torna-se etéreo, leve, volátil, banal, permissivo. Não tem vida devocional consistente. Não tem vida de oração regular. Não tem deleite nas coisas de Deus. Aproxima-se, olha, segue, mas sem compromisso.

3. Superficialidade que gera permissividade – Nesse estado de vida superficial, as pessoas confundem sexo com amor e se tornam moralmente frágeis e permissivas. Pessoas sem filtros morais têm dificuldade para dizer NÃO, para discernir as coisas, para separar o precioso do vil. O importante para essas pessoas é a aparência.

4. A síndrome do Simão, o mágico – São aqueles que misturam as coisas de Deus com ilusão religiosa. Os samaritanos diziam: “Este homem é o poder de Deus”. Simão iludia o povo. Misturava magia com evangelho. Seu interesse era o lucro. Simão abraçou a fé. Foi batizado. Passou a acompanhar os discípulos na evangelização, mas nunca foi um convertido. Estava vestido de roupa de crente. Parecia um crente, mas não era um crente. A turma do lençol se impressiona com o que vê. Se deixa enredar pelos mágicos porque não está firmada na Palavra.

III. AQUELES QUE SE COBREM COM UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DAQUELES QUE PREFEREM O QUE DÁ CERTO EM LUGAR DO QUE É CERTO

1. O moço do lençol fez exatamente isso. Não era certo sair de lençol, mas naquele momento deu certo. Era noite, e como diz o ditado: “à noite, todos os gatos são pardos”. Naquela época, os homens usavam roupas compridas. O lençol enrolado no corpo, à noite, parecia-se com a vestimenta de qualquer homem naquele momento. A escuridão favorecia esse tipo de arranjo e jeitinho. O moço raciocinou: “Como ninguém sabe, nem está vendo, então eu vou fazer”. Nem sempre o que dá certo é certo. Sua ética é ética do momento, da conveniência.

2. A Bíblia diz em 1 Coríntios 10:23 que nem tudo que é lícito é conveniente. A bebida alcoólica é legal, lícita, porém para os filhos de Deus não convém. A pornografia está aí, em bancas de revistas, locadoras de vídeo, na televisão e no cinema. O adultério não é mais crime. O divórcio não é visto mais como algo que Deus odeia. Estamos adaptando demais a algumas coisas que dão certo no mundo. Abraão buscou um filho do seu jeito, pelo seu método e até hoje o mundo sofre as consequências. Nem sempre o que dá certo é certo.

3. A turma do lençol não se baseia nos princípios éticos da Palavra de Deus, mas naquilo que diz a sua intuição espiritual. Cada um cria a sua própria moral. O que orienta a sua vida: o que é certo ou que dá certo? Na família, nos negócios, no trabalho?

4. Há outro equívoco com a turma do lençol: a fé com base em resultados – deu certo com tal pessoa, então vamos fazer igual. A experiência de um não é a outro. Não é porque Deus fez algo em sua vida, que vai fazer igual na minha. Isso gera frustração. Deus permitiu que Tiago fosse morto à espada e livrou Pedro da prisão no mesmo contexto. Paulo foi usado por Deus para curar muitas pessoas, mas ele mesmo não foi curado do espinho na carne. Uns honram a Deus pelo livramento da morte, outros honram-no pelo livramento através da morte. É Deus quem dá a vida e quem a tira.

IV. AQUELES QUE SE COBREM COM UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DAQUELES QUE QUEREM SER DIFERENTES, MAS NÃO FAZEM A DIFERENÇA

1. Aquele jovem foi identificado como um seguidor de Jesus. Ele não estava no grupo que prendia a Jesus. Então, pensaram: ele é seguidor de Jesus. Mas quando lançaram mão dele, ele estava se cobrindo com um lençol e saiu correndo nu. Na verdade ele não era um discípulo, era um carona da fé. Assim são muitos hoje. Carregam uma Bíblia, usam camisetas com frases bíblicas, mas na hora de fazer diferença, ser sal e luz, cai o lençol e só o que se vê é uma cena risível e ao mesmo tempo lamentável. Falta à turma do lençol conteúdo interior. Falta o fruto do Espírito. Falta consistência. Faz do evangelho uma piada ou o transforma em cheque sem fundo.

2. O jogador de futebol evangélico que ao fazer um gol, levanta a camisa e mostra uma frase na camiseta: DEUS É FIEL. Depois se dirige à câmera e vocifera um monte de palavrões. Isso leva o evangelho a cair em descrédito.

3. A turma do lençol é como o profeta Jonas. Eles são contraditórios. Eles dizem que temem o Deus do céu, mas estão andando na contra-mão da vontade de Deus. Dizem que crêem em Deus, mas estão fazendo o contrário do que Deus mandou. Hoje somos quase 30% da população, mas fazemos pouca diferença. As pessoas mudam da igreja, mas não mudam da vida. Aprendem a dar glória a Deus na igreja, mas não aprendem a falar a verdade no trabalho.
4. A experiência do pastor Ariovaldo com o cantor (N.N.) nos Estados Unidos.

V. AQUELES QUE SE COBREM COM UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DAQUELES QUE ESTÃO DESPROVIDOS DE PODER QUANDO PRECISAM SE DEFENDER

1. O jovem precisou se defender quando foi atacado. Precisou usar as mãos. Mas eram suas mãos que faziam com que o lençol aderisse ao seu corpo. Ao liberar as mãos, o lençol caiu. Ficou vulnerável, exposto, desprotegido, nu. O inimigo agarrou o lençol, a única coisa que lhe cobria. Ficou nu. Fugiu nu. Que vergonha! Ficamos em situação delicada quando o inimigo nos ataca e agarra nossa máscara. É a única coisa que nos protegia.

2. Pedro também usava um lençol. Não o lençol que cobria o seu corpo, mas que cobria a sua alma. Ele prometera a Jesus ir com ele à prisão e até à morte. Julga-se mais fiel e mais corajoso que os demais discípulos. Sua valentia transforma-se em consumada covardia. Agora está seguindo Jesus de longe, e negando a Jesus na casa do sumo sacerdote. Os inimigos arrancaram a máscara de Pedro e revelaram toda a sua fraqueza.

3. As máscaras não são seguras. Elas podem cair nas horas mais impróprias. Vestir-se com um lençol é um perigo. Ele pode ser arrancado pelos próprios inimigos. Ninguém consegue manter uma máscara afivelada o tempo todo. Ninguém pode vestir-se com um lençol sem ser exposto à vergonha na hora da batalha.

VI. AQUELES QUE SE COBREM COM UM LENÇOL SÃO UM SÍMBOLO DAQUELES QUE PARTICIPAM DA GLÓRIA DE DEUS, MAS NÃO CONSEGUEM MANIFESTÁ-LA EM SUAS VIDAS

1. Poucos tiveram a chance que aquele jovem teve. Ele viu Jesus. Ele viu a glória do Filho Unigênito de Deus. Aquele foi um momento decisivo na vida de Jesus. Foi sua entrega, sua renúncia, sua glória. Ele viu Jesus curando a orelha decepada do soldado Malco. Ele viu Jesus enfrentando a soldadesca romana e as autoridades judaicas com serenidade. Mas aquele jovem apesar de ver a glória de Jesus, fugiu nu, sem manifestar a glória de Deus em sua vida.

2. A glória de Deus na Antiga Dispensação encheu o tabernáculo, o templo. Mas depois que o véu do templo foi rasgado, o Espírito Santo e a glória de Deus enchem não um templo, não uma casa, mas pessoas. Outro dia, uma pessoa veio me contar empolgada que os crentes da sua igreja estavam indo para uma mata ver os gravetos pegando fogo. No cenáculo o fogo não estava nos bancos, no chão, ou em outros objetos do ambiente. O fogo estava sobre os crentes. Eles estavam incendiados pela glória de Deus. Dali por diante, eles começaram a espalhar o fogo de Deus pelo mundo. Hoje as pessoas querem ver a glória de Deus se manifestando, estando correndo atrás de um espetáculo religioso, mas não manifestam em suas vidas a glória de Deus.
3. A turma do lençol está apagada porque só quer ver a glória de Deus. Só quer ver espetáculo, mas não reflete a glória de Deus na vida, na conduta. A busca do entretenimento, do espetáculo entrou no campo religioso. As pessoas hoje transformam culto em show, adoração em espetáculo. Elas querem o brilho, não o preço do discipulado.

VII. QUAIS SÃO AS VESTIMENTAS ESPIRITUAIS APROPRIADAS PARA UM SEGUIDOR DE CRISTO?

1. Vestes de louvor (Is 61:3) – Usar vestes de louvor não é apenas caminhar pela vida cantando, mas viver de forma que Deus seja glorificado em nossa vida. Em vez de viver sob o manto da tristeza e do espírito angustiado, exalte ao Senhor, glorifique o seu nome em toda circunstância.

2. Vestes de salvação (Is 61:10) – Você não pode apenas aparentar um seguidor de Cristo. Ver a caravana passar não significa que você está passando com ela. Assistir o espetáculo não significada que você faz parte do enredo. Estar presente no meio da multidão, não significa que você é um discípulo. Não se contente apenas em ser um expectador do Reino, seja um súdito do Reino. Certifique-se de que você já tem as vestes da salvação, pois quem não as tiver será lançado fora no dia do Senhor.

3. Vestiduras brancas (Ap 7; 19) – As vestes brancas dos remidos fala da justiça de Cristo imputada a nós. Nossa justiça aos olhos de Deus não passa de trapos de imundícia. Mas Cristo tira os nossos farrapos imundos e nos veste com a sua justiça. Deus olha para nós e vê toda a justiça do seu Filho nos cobrindo. Por isso não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.

CONCLUSÃO
1. “Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha” (Ap 16:15).

2. “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda” (1 Jo 2:28).Pr. Fonte: Pr.Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um banquete no deserto


“Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido” 1ª Timóteo 4:6

Nesse século de modernidade e grandes avanços tecnológicos, que a princípio deveriam nos socorrer quanto ao dilema da falta de tempo, percebemos que estamos ainda piores. Estamos com a agenda cada vez mais cheia, e a correria do cotidiano tem sido extenuante... Vivemos em uma sociedade altamente competitiva e globalizada, onde o objetivo principal passou a ser dinheiro, consumo, prestígio e poder, a custa da sujeição à ditadura do tempo (1ª Coríntios 7:31). O esgotamento das pessoas é visível. 

Com esse estilo de vida estressante, viramos a geração do fast-food; e a combinação estresse e alimentação rápida nos deixam com uma bomba relógio nas mãos. A qualquer momento podemos entrar em colapso... Alguns podem até achar que é exagero, mas ao longo do tempo veremos que na maioria dos casos, o resultado será esse.

Esse estilo de vida que tem marcado esse século, não deixa imune a família da fé. Satanás tem tecido uma teia muito abrangente, e seu objetivo principal, não é necessariamente os que estão em seu domínio, mas nós, a Igreja. Infelizmente, ele tem logrado êxito em nos seduzir e em nos conduzir no mesmo caminho das nações (Efésios 2:2-3; 1ª João 2:15-17). Talvez poucos percebam a gravidade do que está acontecendo. Estamos na mesma onda do fast-food na vida secular e também em nossa vida cristã. O nosso alimento espiritual é servido nas bandejas da religião (A religião nunca foi o porta-voz de Deus na terra). O alimento servido é de má qualidade, pois são verdades adulteradas que o caracteriza como o outro evangelho e não podem dar-nos a riqueza e a substância da palavra pura, que procede da boca de Deus (Gálatas 1:6-9).

Somente sendo alimentados com a boa palavra, poderemos reagir; pisando no freio, dando meia volta e seguindo em direção contrária ao mundo. Deus nos deu um caminho e um alvo para alcançarmos. Sua Palavra e seu Espírito são o nosso combustível.

Em 1ª Timóteo 4:6 diz que a palavra do Senhor é uma nutrição, um alimento, uma comida adequada, e de fato ela é (Jeremias 15:16; Mateus 4:4). As palavras do Senhor são espírito e são vida (João 6:63); não são apenas letras pretas em papel branco, mas também é uma pessoa maravilhosa, é o verbo de Deus (João 1:1). Assim sendo, não devemos nos aproximar das escrituras com pressa, como quem tem que cumprir uma obrigação. Por conta dessa atitude leviana, temos abraçado ensinamentos enganosos e danosos. Somos levados de um lado para o outro, por todo vento de doutrina, ficando reféns dos homens e consequentemente, alheios à vontade de Deus (Efésios 4:14; 1ª Timóteo 4:1-2; 2ª Coríntios 2:17). 

Precisamos dar o devido valor à palavra de Deus. Devemos tocá-la com oração, temor, reverência e apreço. Na palavra tocamos o verbo de Deus, que é tão rico, tão profundo, tão doce e tão atraente! Devemos em alegoria, ser como os animais ruminantes, em seu estilo slow food que, calma e lentamente comem do pasto... Comem e digerem e, após um longo processo extraem o sumo vital dos pastos, tão necessário para o seu crescimento. Assim igualmente, precisamos nos ater a palavra, investindo o nosso tempo; permitindo que o Senhor nos fale, supra, ilumine, fortaleça, santifique e nos enriqueça. Então nossa vida cristã será cheia de vitalidade e expressão, para resistirmos o mal e permanecermos firmes diante do Senhor, no meio de uma geração perversa e corrupta (Samo 119:25).

Irmãos, necessitamos amar a palavra e dar a ela o seu devido valor (Salmo 119:140; Salmo 1:2-3). Não estejamos distantes e nem indiferentes. Ela é primordial, principalmente nos tempos em que vivemos. Sem ela não temos rumo (Salmo 119:105); somos um barco à deriva! Que Deus abra os nossos olhos para vermos o banquete que Ele nos tem oferecido, neste deserto que é o mundo; e que o nosso apetite corresponda às riquezas de Cristo disponíveis na Palavra, amém!
Fonte: Ultimato online

SÚPLICAS DE UM NECESSITADO


A experiência do povo de Deus, nossa própria experiência e a de outros, tanto na história bíblica como na história da igreja, nos mostram que o esfriamento da fé, o distanciamento de Deus, a queda, o fracasso, a doença e a morte estão mais próximos de nós do que podemos imaginar. Para evitar ou suportar tais acontecimentos, não há nada melhor do que o cultivo da dependência total de Deus na vida diária. 

É preciso repetir as palavras de Tiago: “Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos” (1.5, NTLH). Ora, se não tenho alegria, entusiasmo, paz, humildade, poder — tenho, em compensação, o direito de pedir abertamente a Deus. Súplicas de Um Necessitado foi escrito para encorajar esse tipo de oração.

“Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois sou pecador e tímido. Revigora constantemente o meu entusiasmo. Livra-me da indiferença, da insensibilidade, da apatia, dos braços cruzados e das pernas trôpegas. Enche-me de ânimo, de ardor, de dedicação, de paixão e de vigor.” 

“Ó Deus, livra-me da apatia religiosa e do fanatismo religioso. De nenhuma fé em milagres e da busca frenética por milagres. Da negação do Diabo e da idéia fixa de Diabo. Da ausência de ambição e da ambição desmedida. Da falta de alvos e da multidão de alvos. Da ênfase demasiada na teologia do livre-arbítrio e da ênfase demasiada na teologia da soberania divina. Torna-me moderado em todas as coisas.”

É Carnaval. Mas por que mesmo estamos felizes?


Sorrisos abundantes. Celebração de corpos, da fantasia sem regras e da cultura brasileira. Mas por que mesmo estamos felizes? 
 

Glamourizar a alegria não garante nada. E o Carnaval pode ser apenas poeira levantada num país em que gostamos de “levantar poeira”, mas nem sempre com a clareza do que significa “dar a volta por cima”.
 

Se os brincantes nos dizem que faz parte da própria natureza da festa não levá-la a sério, não deveríamos, no mínimo, desconfiar de quem a defende seriamente? Claro, sem a ingenuidade de quem acha possível esconder os problemas no armário na sexta-feira e esperar que eles virem cinzas na quarta-feira seguinte.
 

Por outro lado, a igreja cristã brasileira ainda patina na compreensão do que é cultura, e -- mais importante -- de relacioná-la com a essência do Evangelho. Esconder-se da cultura não é assumir a tarefa bíblica de discernir com sabedoria as luzes e sombras da sociedade.
 

Vale lembrar que Deus também nos deu, lá no Jardim do Éden, o mandato de produzir cultura. Como bem lembra Guilherme de Carvalho em Fé Cristã e Cultura Contemporânea, “a tarefa de cultivar, isto é, produzir cultura, implica observar, aprender e desenvolver técnicas para lidar com a natureza. Não é preciso muito esforço para compreender a complexidade dessa tarefa. (...) Parece claro que Deus encarregou o homem de manifestar a sua imagem por meio do trabalho criativo, ou seja, por meio da cultura”. 
 

É óbvio que para tal tarefa não pode faltar o ingrediente da criatividade, porque se somos imagem e semelhança de um Deus Criador, carregamos a alegre centelha criativa que dura bem mais do que quatro dias.
Fonte: ultimato online

Desabafo é o ralo por onde se escoam as lágrimas


Baruque era contemporâneo do profeta Jeremias. Era seu escriba, porta-voz e amigo. Foi ele quem escreveu a primeira e a segunda edição do livro que registra tudo o que Deus disse a Jeremias a respeito de Israel e de outras nações, na época anterior à destruição de Jerusalém pela Babilônia, nos anos 600 antes de Cristo. Jeremias ditava e Baruque escrevia. Foi também Baruque quem leu o livro em voz alta, duas vezes, primeiro para o povo reunido no templo e, depois, para um seleto grupo de líderes em lugar mais reservado. Depois da privilegiada oportunidade de escrever e tornar conhecido o conteúdo do livro, Baruque teve uma crise depressiva muito forte e desabafou: “Ai de mim! O Senhor acrescentou tristeza ao meu sofrimento. Estou exausto de tanto gemer, e não encontro descanso” (Jr 45.3).

Não é difícil entender o problema emocional de Baruque. Ele teve experiências muito chocantes em seu ministério ao lado de Jeremias. Ambos esperavam, como consequência da leitura do livro, que o rei e o povo se convertessem de sua má conduta e, então, recebessem o perdão do Senhor. Aconteceu o contrário: quando o livro era lido pela terceira vez, agora na presença do rei Jeoaquim, em seu palácio de inverno, “cada vez que Jeudi terminava a leitura de três ou quatro colunas, o rei cortava com uma faquinha aquele pedaço do rolo e jogava no fogo [...] até que o rolo inteirinho virou cinzas” (Jr 36.23-24, NTLH). 

Além do mais, Baruque chorava porque corria risco de vida, porque estava por dentro das iniquidades praticadas pelo povo, porque tinha conhecimento do juízo de Deus prestes a se abater sobre o povo e porque ele próprio estava ao alcance das desgraças que se sucederiam, mesmo não participando da corrupção generalizada.

Baruque não era o único a se queixar de exaustão. Alguns de seus contemporâneos faziam o mesmo: “Estamos exaustos e não temos como descansar” (Lm 5.5). A exaustão emocional dói mais que a exaustão física, e a exaustão espiritual dói ainda mais. Baruque agiu como os outros agiram: derramou a sua alma perante o Senhor. O desabafo sincero é o ralo por onde se escoam as lágrimas.

O consolo de Deus é estranho, mas funciona. A cura que ele opera não é superficial. Deus não apenas oferece o lenço para o sofredor enxugar as lágrimas, como também ensina a pessoa a lidar com os problemas da vida. Baruque queria ser uma exceção. Como muitos crentes de hoje, sob a alegação de que são “filhos do Rei”, o escriba queria ir para uma sala VIP, queria uma espécie de salvo-conduto, esconder-se dentro de uma redoma onde pudesse se proteger da famosa tríade (guerra, fome e peste) que estava assolando a nação e encontrar água e comida à vontade e por muito tempo. Todavia, Deus lhe perguntou: “Será que você está querendo ser tratado de modo diferente?” (Jr 45.5, NTLH). 

A mágica de Deus nem sempre é retirar o espinho na carne no momento em que nós o desejamos, mas tornar mais abundante e mais suficiente a sua graça (2 Co 12.7-10). Naquele momento histórico, era necessário “arrancar, despedaçar, arruinar e destruir” a nação pecadora (Jr 1.10). Posteriormente, porém, depois da humilhação e da quebra da cerviz dura, Deus estaria disposto a reverter o quadro, reedificar o que havia derrubado e replantar o que havia sido arrancado (Jr 31.4, 28, 40). Baruque não teria uma redoma para se proteger, mas Deus o deixaria escapar com vida onde quer que ele fosse, em meio às ameaças e às desgraças da guerra, da fome e da peste (Jr 45.5).

Fonte: Revista Ulttimato

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O grande e piedoso eu!?


"O orgulho, especialmente o orgulho na “piedade” é o maior impedimento ao nosso bom relacionamento com Deus."

Lucas 14.1-11

Num sábado, Jesus entrou na casa de certo líder fariseu para tomar uma refeição. E as pessoas que estavam ali olhavam para Jesus com muita atenção. Um homem, com as pernas e os braços inchados, chegou perto dele. E Jesus perguntou aos mestres da Lei e aos fariseus: — A nossa Lei permite curar no sábado ou não? Mas eles não responderam nada. Então Jesus pegou o homem, curou-o e o mandou embora. Aí disse: — Se um filho ou um boi de algum de vocês cair num poço, será que você não vai tirá-lo logo de lá, mesmo que isso aconteça num sábado? E eles não puderam responder. Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação: — Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: “Dê esse lugar para este aqui.” Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: “Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor.” E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.

No Evangelho de Lucas, há muitas refeições. Isto já nos diz algo sobre como poderemos conceber a vida cristã: algo do cotidiano, que todos fazem, algo que fazemos juntos, algo com uma dimensão de gostoso, nutritivo, mas onde também pode haver atrito e disputa pela “melhor” parte. Tudo isto faz parte da caminhada da fé. E na passagem acima encontramos uma parábola (vv.7-11; ou “comparação”, dita em v.7) e como todas as parábolas tem significado além do óbvio. O “óbvio”, por sinal, já é uma boa “lição” de boa etiqueta: não se procura o melhor lugar para sentar quando chega a uma casa como convidado, mas deixa-se que o hospedeiro o honre, conforme queira. Mas há mais…

Dentro do contexto maior, este significado não é difícil discernir. Pois era, como ainda é hoje, fácil achar que a boa formação e posição social posiciona alguém melhor aos olhos de Deus. É fácil imaginar que alguém seja, aos olhos de Deus, superior ao pobre ou àqueles que não tiveram oportunidade de estudar e “ascender” na vida social. Este perigo parece estar impregnado no nosso DNA, como no caso do líder fariseu no início da passagem acima, que procurava “julgar” a piedade de Jesus.
E além desta situação “original”, os leitores de Lucas se encontravam em outra situação, onde havia milhares de não judeus convertidos e incluídos na igreja sem se converterem antes ao judaísmo (isto é, sem se circuncidarem ou sem observarem o sábado e as leis alimentícias), coisa muito difícil para o judeu ortodox, de engolir.

O orgulho, especialmente o orgulho na “piedade” é o maior impedimento ao nosso bom relacionamento com Deus. O orgulho ofusca a generosidade de Deus, a sua graça e o seu favor. Jesus gastou boa parte do seu ministério procurando quebrar o orgulho religioso que impede a nossa aproximação humilde da presença de Deus. E a prática da humildade começa com o recebimento na nossa presença, na nossa mesa e nas nossas festas, dos excluidos e marginalizados.
Fonte: sepal.org