quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

É Carnaval. Mas por que mesmo estamos felizes?


Sorrisos abundantes. Celebração de corpos, da fantasia sem regras e da cultura brasileira. Mas por que mesmo estamos felizes? 
 

Glamourizar a alegria não garante nada. E o Carnaval pode ser apenas poeira levantada num país em que gostamos de “levantar poeira”, mas nem sempre com a clareza do que significa “dar a volta por cima”.
 

Se os brincantes nos dizem que faz parte da própria natureza da festa não levá-la a sério, não deveríamos, no mínimo, desconfiar de quem a defende seriamente? Claro, sem a ingenuidade de quem acha possível esconder os problemas no armário na sexta-feira e esperar que eles virem cinzas na quarta-feira seguinte.
 

Por outro lado, a igreja cristã brasileira ainda patina na compreensão do que é cultura, e -- mais importante -- de relacioná-la com a essência do Evangelho. Esconder-se da cultura não é assumir a tarefa bíblica de discernir com sabedoria as luzes e sombras da sociedade.
 

Vale lembrar que Deus também nos deu, lá no Jardim do Éden, o mandato de produzir cultura. Como bem lembra Guilherme de Carvalho em Fé Cristã e Cultura Contemporânea, “a tarefa de cultivar, isto é, produzir cultura, implica observar, aprender e desenvolver técnicas para lidar com a natureza. Não é preciso muito esforço para compreender a complexidade dessa tarefa. (...) Parece claro que Deus encarregou o homem de manifestar a sua imagem por meio do trabalho criativo, ou seja, por meio da cultura”. 
 

É óbvio que para tal tarefa não pode faltar o ingrediente da criatividade, porque se somos imagem e semelhança de um Deus Criador, carregamos a alegre centelha criativa que dura bem mais do que quatro dias.
Fonte: ultimato online

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