sábado, 24 de novembro de 2012

Teste de visão


“Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.15-23).

Leiamos novamente os versículos 17-19, com a seguinte pergunta: Consigo aprovação nesse teste?
- “...para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no conhecimento, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do vosso chamamento, qual a riqueza da glória da vossa herança e qual a suprema grandeza do vosso poder para com vocês que creem, segundo a eficácia da força do vosso poder...”

É este o texto exato de Efésios 1.17-19? Não! Os versículos corretos são:
- “17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos 19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder...”

Talvez você também já tenha observado isso, seja na vida pessoal ou na vida de outros. Eu fico admirado com isso e também assustado: há tantos cristãos que se esforçam sinceramente para mudar de modos. Eles clamam e oram por renovação espiritual, por uma profunda santificação. Pretendem viver com desprendimento e dedicação, com frequência tomam novos propósitos e se esforçam. No entanto, passam-se décadas e nada acontece de melhor, antes pode ter ficado pior. Eles continuam sendo melindrosos, acusadores e não conseguem perdoar. São constantemente dominados pela inveja e ciúmes e travam uma luta desesperada contra sua velha vida. Qual poderia ser a causa disso? Creio que há 3 razões:

1. O alvo da pessoa está correto, mas o caminho para chegar lá é o errado;
2. Contam demais com suas próprias capacidades e esperam muito pouco do Espírito Santo;
3. Se preocupam mais com o que eles precisam fazer para “se tornar” e muito pouco com o que eles têm para “ser”.
Muitos cristãos vivem de tal maneira, como se tudo dependesse primeiramente deles mesmos: sua vocação, sua herança, suas forças, poder e energia. Essas pessoas vivem em constante batalha consigo mesmas, mas elas consideram isso como batalha da fé. Que engano fatal! Não se trata, primeiramente, de nós mesmos, mas da vocação por Deus, Sua herança e a ação do poder da força que vem dEle e age na vida do crente. Paulo esclarece isso nos primeiros três capítulos da carta aos Efésios. Somente depois disso ele segue, nos outros 3 capítulos, com as exortações para aplicarmos esse conhecimento na prática. Deus não espera nada de nós se ele não tiver concedido a força para isso, anteriormente! Talvez você se sinta impotente porque está tentando agir com a própria força?

Durante a implantação da linha férrea nas proximidades de Glattal, pudemos observar como os enormes pilares metálicos eram cravados no solo, fazendo com que toda a região tremesse e vibrasse. Que tipo de organização seria essa construtora se ela, simplesmente, dissesse aos seus operários: “Cravem essas colunas, façam de qualquer jeito, mas façam!”, sem, no entanto, providenciar os equipamentos necessários? O chefe da obra, porém, providenciou o guindaste com os acessórios especiais para o estaqueamento correto das colunas. O que teria sido, se os operários não utilizassem o guindaste e cavassem um buraco com uma pá para enterrar as colunas? É desse modo que nós também agimos, muitas vezes!

A ótica espiritual

“Ótica” também é denominada como “teoria da luz”. Entre outras coisas, estuda-se a origem, a propagação e a percepção da luz. Paulo se refere à ótica espiritual, quando diz:
- “...iluminados os olhos do vosso coração...” (Ef 1.18).
- “...e esclarecer a todos a administração deste mistério...” (Ef 3.9 – NVI).
Trata-se de entender algo e receber a luz sobre isso, isto é, o entendimento do poder de Deus e suas ações redentoras. Pois, se não entendermos o que Paulo escreveu, também não teremos condições de aplicá-lo. Assim, se não conseguirmos empregá-lo, não conseguiremos avançar. Vejamos três pontos a respeito:
1. Conhecer melhor a Deus
- “...vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Ef 1.17).
- “...vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação...” (ACF).
Quanto mais profunda e íntima for a comunhão com uma pessoa, mais determinante isso será sobre o nosso pensar e nosso agir.

Alguns acham que precisamos apenas ter mais autoconhecimento. Não! Precisamos primordialmente mais conhecimento de Deus. Quanto melhor conhecermos a Deus, quanto mais nos observarmos à Sua luz tanto mais alcançamos em autoconhecimento e reconhecimento de nossos pecados. É terrível quando pessoas não têm consciência do pecado, pois isso é um sinal de que ainda não reconheceram a Deus.
Alguns acham que precisamos apenas ter mais autoconhecimento. Não! Precisamos primordialmente mais conhecimento de Deus.

Qual é o máximo e mais profundo conhecimento de Deus que podemos alcançar? É o conhecimento de Cristo. Este é, pois, o que importa. Alguém, certa vez, disse: “Não podemos estar mais próximos de Deus do que quando estamos nEle”. Deveríamos ser capazes de poder “18 ...compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18-19). Qual é a definição mais concisa de um cristão? “Em Cristo”, é a resposta. Verifiquei, na carta aos Efésios, quantas vezes aparecem as expressões, como: “em Cristo”, “nEle”, “por Jesus”, “com Cristo” e outras semelhantes: 35 vezes. Jesus é o centro e o Mediador de qualquer relacionamento com Deus, Ele é o acesso ao Pai. “Em Cristo”, “Cristo em você”, “se alguém está em Cristo...”, “os mortos em Cristo”, “os que dormiram em Cristo, etc.

2. Os olhos iluminados para o vosso chamamento

- “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação...” (Ef 1.18 – ACF).
O que é a vocação de Deus? Afinal, ela existe? Sim! A carta aos Efésios nos dá alguns pontos de referência:
2.1. Deus nos chamou à filiação; Ele quer que sejamos Seus filhos.
- “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).
Também você não deve se contentar em ser apenas uma pessoa religiosa, apenas um cristão tradicional. Deus quer ter você como Seu filho ou filha, Ele que ser seu pai.
2.2. Devemos viver para o louvor da Sua glória.
- “a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo” (Ef 1.12).
Nossa vida deve estar inteiramente à Sua disposição para o Seu louvor – este é o chamado de Deus.
2.3. Pelo chamado de Deus nos tornamos Sua propriedade.
- “13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13-14).
Um selo é um sinal de reconhecimento e de propriedade, bem como um sinal de segurança e de autenticidade. O selo, além disso, também é um penhor, um pagamento. Ninguém, nem nada consegue tirar das mãos de Deus aquilo que é Sua propriedade.
2.4. Pelo chamado de Deus a Igreja se tornou Seu corpo.
- “22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.22-23).
2.5. Somos Sua obra, feita para Ele.
- “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
2.6. Por Seu intermédio Ele transformou judeus e gentios em novas pessoas.
- “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz” (Ef 2.15).
2.7. Jesus mesmo nos reconciliou com Ele.
Agora, os antigos inimigos de Deus não são mais inimigos dEle.
- “...e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2.16).
Muitas vezes andamos tão abatidos e desanimados nesse mundo por sermos tão míopes em relação à riqueza da glória da Sua herança.

3. Os olhos iluminados para a riqueza da herança

- “...qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.18).
Muitas vezes andamos tão abatidos e desanimados nesse mundo por sermos tão míopes em relação à riqueza da glória da Sua herança. A carta aos Efésios, no entanto, nos alerta novamente para esta riqueza:
- “...a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7).
- “...a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.18).
- “...a suprema riqueza da sua graça...” (Ef 2.7).
- “Mas Deus, sendo rico em misericórdia...” (Ef 2.4).
- “...pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3.8).
- “...segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder...” (Ef 3.16).
O que vem a ser a riqueza da glória da sua herança nos santos? A herança é a transferência dos bens de uma pessoa para o seu herdeiro. Deus nos concede a participação naquilo que é Seu. Sua herança em nós! Para isso foi que Jesus morreu! Sua herança nos santos é o futuro interminável que dirige nossos olhos, muito além das coisas terrenas, para a eternidade. Isso nos dá um vislumbre sobre a nossa vocação eterna para a qual fomos chamados por Deus.

Eis a história de uma garotinha, cega de nascença. Nunca teve a oportunidade de ver as belezas desse mundo, como, por exemplo, as cores e formas que a natureza apresenta. Inúmeras vezes, com todo amor e carinho, a mamãe tentava descrever as coisas lindas do mundo para ela. Certo dia surgiu a oportunidade de realizar uma cirurgia nos olhos da garota. O procedimento foi bem sucedido. Chegou o momento de tirar as vendas dos olhos e ela, então, poderia finalmente ver sua mãe pela primeira vez. Ela correu para a janela e viu a imensa beleza do mundo. Depois de apreciar a imponente paisagem por alguns instantes, ela correu de volta para sua mãe, exclamando: “Mamãe, por que a senhora não me disse antes que isso tudo é tão maravilhoso!” A mamãe, secando suas lágrimas, respondeu: “Minha querida! Eu tentei descrever tudo, mas você não era capaz de entendê-lo!”
São poucos os cristãos que têm a visão da herança no Céu. As coisas para o corpo e as da terra são o mais importante e o principal para nós. Para a Bíblia, porém, as coisas celestiais e o futuro corpo espiritual são preponderantes. Somos abençoados “...com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Ef. 1.3 – NVI)!

4. Os olhos iluminados para a grandeza do Seu poder

- “e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.19).
O importante é a força do Seu poder em nós e não nossos esforços para Ele. A mesma observação, lemos em Efésios 6.10 em relação à nossa batalha contra “principados e potestades”:
- “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder”.
Afinal, que poder é esse com o qual Deus age em nós, age através de nós, que nos carrega e conduz para o alvo da vocação de nossa herança e que deve nortear nossa vida, diariamente? Encontramos a resposta em Efésios 1.20:
É o poder “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais”.

A força e o poder de Deus que age em nós, assim, é a “suprema grandeza do seu poder”, pois é a mesma que ressuscitou a Jesus dentre os mortos. Não é “apenas” o poder do Criador, mas é o poder da ressurreição de Jesus!
- Foi esse poder que Deus empregou para a nossa redenção;
- Através desse poder somos preservados para a vocação e para a herança;
- Através desse poder seremos glorificado no Corpo de Cristo.
- “... acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1.21-23).

Superlativos
São poucos os cristãos que têm a visão da herança no Céu.
Devido ao imenso poder da ressurreição de Jesus, Paulo o descreve empregando superlativos, na carta aos Efésios:
- “7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência” (Ef 1.7-8). [ênfase acrescentada].
- “e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.19).
Paulo não menciona “poder” nem “grande poder”, mas “suprema grandeza do seu poder”.
- “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar” (Ef 1.21 – NVI).
Não apenas “acima”, mas “muito acima”.
- “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou” (Ef 2.4).
Não apenas fala no “amor”, mas no “grande amor”.
- “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2.7).
Não apenas consta “riqueza”, mas “suprema riqueza”.
- “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3.8).
Não descreve somente como “riquezas”, mas “insondáveis riquezas”.
- “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3.20).
Não lemos apenas que é poderoso “para fazer” ou “para fazer mais” ou “para fazer muito mais”, mas “para fazer infinitamente mais”.
Somente após ter colocado tudo claramente, Paulo coloca um “Amém” e então faz algumas exortações:
- “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4.1).
Qual é a condição para ter essas experiências? Como tenho acesso a essas maravilhas? Através da fé!
- “[para saberdes] ...qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.19).
- “pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele” (Ef 3.12).
Através da fé temos acesso a esses tesouros da mudança, ao poder de Deus! Esta é a chave. Que o Senhor lhe conceda o entendimento e que você empregue isso na prática diária! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

domingo, 18 de novembro de 2012

Adultério

Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.
Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.
 
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:

Primeiro: Controle da mente

Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.
A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras 

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.

O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque

Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer - http://www.chamada.com.br)

Olha para cima, Deus está no controle

Viver é uma aventura, uma aventura perigosa." A estrada da vida está juncada de espinhos, armadilhas e minas prontas a explodirem. O inimigo nos espreita e busca uma ocasião oportuna para nos atacar. No caminho há perigos, ameaças, montes escarpados, ladeiras escorregadias, pinguelas estreitas, lagos profundos, vales escuros, desertos esbraseantes. As circunstâncias adversas, muitas vezes, conspiram contra nós; situações inesperadas nos deixam abalados; ventos contrários, surram com desmesurado rigor o barco da nossa vida. 
Somos surpreendidos por tempestades que atingem a nossa saúde, o nosso bolso, o nosso lar, a nossa paz. Somos feridos por setas pontiagudas que rasgam a nossa carne, fazem jorrar o nosso sangue e alagar o nosso leito com as nossas lágrimas. Somos, então, amassados debaixo do rolo compressor da angústia, gememos, choramos, sentimos nossas forças sendo minadas, o sorriso apagar-se do nosso rosto, o brilho fugir dos nossos olhos. O cenário parece sombrio, não enxergamos uma luz no fim do túnel, não divisamos solução à vista. O que fazer nessas horas? Para onde correr? Onde devemos buscar socorro?
Ser cristão não é ser poupado dos problemas. Cristianismo não é uma apólice de seguro contra os acidentes da viagem rumo à Canaã celestial. O sofrimento faz parte também da agenda do povo de Deus.  
Neste mundo sempre vamos ter aflições. Aqueles que andaram com Deus neste mundo não pisaram tapetes aveludados, mas cruzaram desertos inóspitos, entraram em cavernas escuras, atravessaram mares encapelados, desceram aos vales sombrios, foram jogados nas fornalhas ardentes, trancados nas prisões, empurrados para as arenas, lançados nas fogueiras. O próprio Filho de Deus, imaculado, impoluto e sem jaça, quando pisou nesta terra bebeu o cálice do sofrimento: foi perseguido, insultado, abandonado, negado, traído, esbofeteado, cuspido, pregado numa cruz. O nosso sofrimento não deve ser interpretado como ausência do amor de Deus por nós. Ele sofre conosco. Ele é compassivo. Nossa dor é a sua dor. Os nossos gemidos são os soluços de Deus. Não sofremos porque Deus está distante de nós ou nos castigando. Mesmo quando ele nos disciplina, sua motivação é o seu amor, seu propósito é a nossa santidade. O nosso sofrimento nunca é maior do que a consolação de Deus. Nosso vale nunca é tão profundo que a misericórdia de Deus não seja mais profunda. O bálsamo de Deus sempre é eficaz para curar todas as nossas feridas. A alegria de Deus é temperada com as nossas lágrimas e a paz que excede todo o entendimento jorra do trono de Deus ao nosso coração mesmo nas noites mais escuras do nosso sofrer. 
Mesmo quando sofremos, Deus está no controle das circunstâncias, para consolar-nos, levantar-nos, fortalecer-nos e usar-nos como fontes de consolação. O nosso sofrimento é pedagógico: ele nos ensina a perseverar, ele nos proporciona experiência com Deus, ele abre dentro do nosso peito uma fonte de esperança no Deus vivo. O nosso sofrimento é leve e momentâneo se comparado com as glórias que nos estão reservadas no céu; ele produzirá para nós, eterno peso de glória acima de toda comparação. Por isso, se você está sofrendo, não fique deprimido nem desanimado, mas levante a cabeça e saiba que Deus está no controle. Na jornada da vida, por mais estreito que seja o caminho, ele o segura pela sua mão, o guia com o seu conselho eterno e depois o receberá na glória!

sábado, 10 de novembro de 2012

Cuidado: você pode ter duas caras


Um abraço aqui, sorrisos, palavras agradáveis. A pessoa vira as costas e no mesmo instante se torna alvo de críticas pesadas, comentários desnecessários, apontamentos sobre a roupa, cabelo, enfim, a falsidade reina soberana.

Para a psicóloga Regiane Machado algumas pessoas gostam de ter duas caras e criam um “eu” idealizado. “Isso acontece porque acreditam que desse modo serão aceitas em determinados lugares ou por certos grupos de pessoas. Não assumem nada ou não demonstram 100% o que realmente são. E muitas vezes nem sabem quem de fato são.”

Regiane explica que essa atitude pode ser motivada por diversos fatores. “A insegurança, baixa autoestima, a falta de aceitação de si, ter traumas de outros relacionamentos, necessidade de mostrar o que de fato não é, querer agradar as pessoas e também não conhecer e valorizar o que realmente é.”

Essa falsidade pode acontecer inocentemente, ou seja, sem que a pessoa tenha consciência que está sendo falsa. “Isso é possível principalmente quando não se conhece e não sabe do que é capaz. Criou conscientemente ou inconscientemente ao longo do tempo um falso eu, por achar que não é suficientemente bom e por isso as pessoas não vão lhe aceitar ou amar, passando a demonstrar uma personalidade criada e não a real”, explica Regiane.

Parece uma “bola de neve”, mas é possível conseguir ter a consciência de que não é uma pessoa verdadeira com os outros e livrar-se da sua outra face. “Pode acontecer por vontade própria ou por circunstâncias da vida, pois a pessoa começa a se questionar quem é, como está e que rumo tomará, podendo até mesmo entrar em conflito porque não consegue se reconhecer e sente-se perdida. E para livrar-se de vez do seu lado falso é preciso buscar olhar para dentro, (re) descobrir-se, e se for preciso (re) criar um caminho que realmente condiz com gostos, vontades e personalidade. Desse modo, chegará cada vez mais perto daquilo que é, e a necessidade de não ser verdadeira ficará dia a dia mais remota”, esclarece Regiane.

Brecando a falsidade no futuro

Para que essa falta de verdade não seja cada vez mais recorrente nas gerações vindouras é preciso saber tratar as crianças nos dias atuais. “Ser o mais verdadeiro e coerente possível com palavras, emoções e ações. E quando perceber que seu filho está agindo de forma incoerente com o que é, para agradar os outros ou por qualquer motivo, aponte essa atitude dele e converse demonstrando o quão importante é ser verdadeiro e que as pessoas vão amá-lo como ele é. Dessa forma há maior possibilidade de ele ser ainda mais feliz”, ressalta Regiane.

A psicóloga enfatiza que o crescimento da falsidade é resultado da ação da sociedade e da mídia que ditam as regras de como a pessoa deve pensar, agir e sentir para ser feliz por completo. “Juntas apresentam às pessoas como devem pensar, falar, comportar-se, sentir, enfim, a maneira como devem ser. Por causa das circunstâncias vividas, tornam-se reféns da mentira, por não se verem com estas personalidades perfeitas e criam um eu falso para viver.”

Para conviver com pessoas que apresentam essas características mentirosas é necessário ter cautela. “No convívio diário existem pessoas falsas. Seja cauteloso ao lidar com elas, pois podem querer prejudicar quem está no seu caminho para conseguir aquilo que almejam. Não conte intimidades e talvez conquistas. Sendo possível e não gostando de ficar perto desses perfis, afaste-se”, finaliza Regiane.
Fonte: portalpadom

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A bênção da Humildade


A revista alemã "Focus" publicou uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu – que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais eu".
Também esta é mais uma prova de que a Palavra de Deus é confiável, pois ela diz o seguinte acerca dos "últimos dias": "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mt 24.12). Quem não cuida e não vigia, torna-se cada vez mais egoísta e nem o nota, mesmo sendo cristão. O egocentrismo, o culto ao eu se infiltra onde a Palavra de Deus é deixada de lado – e com isso é deixado de lado o relacionamento íntimo com Jesus Cristo. David H. Stern traduz essa passagem muito acertadamente da seguinte maneira: "O amor de muitas pessoas esfriará porque a Torá se afasta cada vez mais delas" (Novo Testamento judaico). Não se convive mais com a Sagrada Escritura. Mas é só através do contato com a Palavra de Deus, através do amor do Espírito Santo e da comunhão com Jesus Cristo que adquirimos a capacidade de sermos humildes.
Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.
No Evangelho de Lucas um acontecimento nos mostra como o orgulho se manifesta e quais as suas conseqüências: "Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhe uma parábola: Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, e te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas. Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.7-11).
O Senhor nota quando somos orgulhosos
"Reparando como os convidados escolhiam os primeiros lugares..." O orgulho é uma coisa que nós, como filhos de Deus, não gostamos de expor publicamente, pois sabemos que é constrangedor quando é notado.
O orgulho começa no coração. O orgulho é algo sorrateiro, que entra devagarinho em nosso coração, mudando nossa motivação e mudando a base de nosso querer e de nosso agir. Em geral não usamos de violência para chegar mais à frente. Tudo começa muito sutilmente, nos insinuamos com cuidado. Fazemos um jogo duplo com outros, colocando o olho nos melhores lugares.

O Senhor olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Não creio que as pessoas da nossa história foram derrubando cadeiras e mesas para chegarem à frente e alcançarem os melhores lugares. Provavelmente eles foram cuidadosos e educados, mas agiram com um alvo em vista, que era o de ocupar o lugar de honra. Mas o Senhor o notou! Pensemos nisso: o primeiro que descobre orgulho em nossa vida é o Senhor – e Sua reação não se fará esperar. Ele olha diretamente para dentro do coração e fala: "A soberba do teu coração te enganou..." (Ob 1.3).
Orgulho não é coisa pequena
Poderia-se dizer que o que aconteceu aqui é uma bagatela da qual nem vale a pena falar. Tentar conseguir o melhor lugar em uma mesa não é muito bonito, mas também não é tão trágico assim; certamente existe orgulho pior. Mas o fato de Jesus ter notado o acontecido e de ter comentado a respeito mostra claramente como o orgulho é terrível aos olhos de Deus. Por quê?

1- Porque o orgulho procede de um cristianismo sem cruz

Em Filipenses 2.5-8 encontramos um padrão para nossa mentalidade e para nossas intenções: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Sua humilhação consistiu em não exigir o que era direito Seu. Ao invés de insistir em Sua semelhança com Deus, Ele humilhou-se a Si mesmo. Ele, diante de cuja palavra o Universo se abala; Ele, que é adorado e exaltado por todos os anjos criados; Ele, que não é criatura mas o próprio Criador – Ele se humilhou, sim, "tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz." Essa mentalidade que Jesus Cristo possuía é esperada de nós também. E quem não tem essa mentalidade não vive com a cruz e com o Crucificado, mas é contrário à cruz de Cristo. Uma pessoa assim, no fundo, é inimiga da cruz de Cristo por continuar sendo orgulhosa.

2- Porque o orgulho tem sua origem nas mais terríveis profundezas, ou seja, no próprio diabo

Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo".
Nele nasceu o orgulho: "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades no Norte" (Is 14.13).Satanás queria ser como Deus: "...subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" (v. 14). Por isso o orgulho é tão terrível diante dos olhos de Deus e é condenado por Deus desde sua menor raiz.

3- Porque o orgulho provém da falta de temor de Deus

Em Provérbios 8.13 está escrito: "O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço." O resultado da falta de temor de Deus sempre é o desprezo do nosso próximo, com uma valorização acentuada de si mesmo. Assim, os fariseus e escribas daquela época escolheram para si os melhores lugares à mesa. Onde os outros iriam sentar era indiferente para eles.
Hoje igualmente a falta de temor de Deus cresce ao ponto de chegar a um ódio pelos outros. Pessoas orgulhosas têm dificuldades em se relacionar com os outros e estão sempre prontas para brigar. Pois o orgulhoso tenta alcançar seus próprios alvos mesmo às custas da união. Por isso somos exortados tão seriamente: "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo" (Fp 2.3).

4- Porque o orgulho sempre traz consigo a queda

Provérbios 16.18 diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." A Bíblia Viva diz: "A desgraça está um passo depois do orgulho; logo depois da vaidade vem a queda." Isso combina exatamente com o que o Senhor Jesus diz em Lucas 14.8-9: "Quando por alguém fores convidado para um casamento, não procures o primeiro lugar; para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar."Na prática, o orgulho não nos leva a sermos mais reconhecidos e importantes no Reino de Deus, mas acontece exatamente o contrário: quando somos orgulhosos, somos cada vez menos importantes para o Reino de Deus, até ao ponto de sermos totalmente desqualificados.
Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento, o que pode ser ilustrado com muito acerto com o seguinte episódio: certa vez um seminarista, muito convencido e cheio de si, falou a um servo de Deus: "Deus precisa de mim. Quero servi-lO." O servo de Deus respondeu: "Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um jumento" (comp. Mc 11.3).

Quem se considera muito importante como candidato a obreiro no Reino de Deus, facilmente pode ser degradado ao patamar de um jumento.
Muitas vezes o orgulho não produz uma ampliação nos horizontes, uma expansão no ministério para o Senhor, como os orgulhosos muitas vezes pensam e querem, mas exatamente o contrário: eles se tornam imprestáveis para o serviço cristão e se tornam pequenos no Reino de Deus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 10.18:"Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e, sim, aquele a quem o Senhor louva."
Por Jesus ter se humilhado tanto na cruz,"...Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" (Fp 2.9). E exatamente este mesmo princípio Jesus reafirmou em Lucas 14.11: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado."

5- Porque a humilhação vem, muitas vezes, por meio de outras pessoas

É disso que o Senhor fala em Lucas 14.8b-9: "...para não suceder que, havendo um convidado mais digno do que tu, vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga: Dá o lugar a este. Então irás, envergonhado, ocupar o último lugar." Mesmo que o orgulho esteja relativamente escondido e se manifeste em segredo, um dia ele aparece e a humilhação se torna do conhecimento de todos. Meio que sorrateiramente, sem chamar muita atenção, alguns convidados se assentaram nos melhores lugares. Mas quando o anfitrião mandou que eles tomassem os lugares inferiores, todos ficaram sabendo.
É curioso observar que as pessoas orgulhosas são, muitas vezes, humilhadas exatamente por aquelas pessoas que elas queriam adular e agradar. No reino de Assuero, por exemplo, um certo Hamã gozava de todos os privilégios possíveis concedidos pelo rei (Et 3.1). Mas tão logo, através de Ester, sua esposa judia, Assuero ficou sabendo dos planos e das intenções orgulhosas de Hamã (ele queria enforcar o judeu Mardoqueu, por não o bajular, e queria mandar matar todos os judeus em um dia pré-determinado), iniciou-se a queda de Hamã de uma maneira que ninguém conseguiria deter: Hamã acabou enforcado juntamente com seus filhos (Et 7.10; 9.25).

6- Porque o orgulho produz insegurança

Muitas vezes as pessoas que têm uma tendência ao orgulho se mostram muito seguras de si, mas, na verdade, elas são movidas por uma estranha insegurança. Elas não estão firmes, não sabem qual o melhor caminho para si e não são confiáveis nas coisas espirituais. E isso acontece porque elas estão em um falso caminho, e porque no fundo de seu coração sabem que podem cair de onde se encontram: "Pois todo o que se exalta será humilhado..."

7- Porque só as pessoas humildes são íntimas do Senhor

Lucas 14.10 diz: "Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar; para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima. Ser-te-á isto uma honra diante de todos os mais convivas." No início dizíamos que os orgulhosos levam uma vida que passa longe da cruz de Cristo, até contrária ao Senhor, e que os humildes, ao contrário, têm uma vida com Cristo em seu centro; essas pessoas vivem da Sua Palavra e têm a mentalidade do Senhor. Por isso, na parábola que estamos tratando, só o convidado humilde é chamado de "amigo": "Amigo, senta-te mais para cima." O Senhor não disse: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando"(Jo 15.14)?!
Só os humildes têm suas fronteiras ampliadas, só os humildes são exaltados. Por quê? Porque eles têm a mesma mentalidade que o seu Mestre. Ele disse: "Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lc 14.11).

O caminho para a verdadeira humildade

Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei.
Só através de muita oração, e não através do simples pedido: "Senhor, humilha-me!" é que chegamos à humildade; somente através de uma decisão consciente de nossa vontade, que se transforma em ação, é que chegamos à humildade verdadeira. Jesus Cristo humilhou-se a si mesmo, pois a Bíblia diz: "...a si mesmo se humilhou" (Fl 2.8). Ele disse: "...agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Sl 40.8).
Na nossa parábola, o Senhor mostra como se pratica a humildade:
– "...não procures o primeiro lugar..." (Lc 14.8);
– "...vai tomar o último lugar..." (v. 10);
– "... o que se humilha..." (v. 11).
É imprescindível assumir uma atitude como João Batista teve, quando disse, olhando para Jesus: "Convém que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.30). É por isso que João Batista era tão grande aos olhos de Deus. O Senhor testemunhou acerca dele: "Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João" (Lc 7.28). Por isso é tão necessário eleger diariamente o caminho da humildade e ficar nele: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5.6). Amém
Norbert Lieth - www.chamada.com.br

sábado, 3 de novembro de 2012

Mãe, não abra mão de seus sonhos...


"Ana tinha um sonho. Esse sonho alimentava a sua vida." Ana tinha um problema insolúvel, ela o apresentava a Deus. Ana era estéril, mas ela não abria mão de ser mãe. Ana sofria toda sorte de zombaria de sua rival Penina, mas ela não retribuía o mal com o mal. Ana não mergulhou o seu coração nas águas turvas da incredulidade, mas derramou a sua alma diante de Deus. Ana não se revoltou com o sacerdote Eli pelo seu mau juízo a seu respeito, chamando-a de bêbada, mas prontamente acolheu a sua palavra, quando ele falou como profeta de Deus.

Ana tinha conflitos. Também nós os temos. Como conjugar o amor de Deus com a doença que conspira contra a realização dos nossos sonhos? Por que Deus adia a realização dos nossos sonhos mais legítimos? Por que Deus deixou Ana estéril e cerrou a sua madre? Por que sendo ela uma mulher piedosa e amada de seu marido, não podia afagar em seu colo um mimoso rebento? Ana, porém, longe de ficar revoltada com Deus pela situação, busca a sua face em oração, derrama a sua alma diante do Senhor e chora aos pés daquele que tem todo o poder para fazer com que a mulher estéril seja alegre mãe de filhos. Ana não desiste de crer mesmo em face do diagnóstico definitivo dos homens, mesmo diante das evidências irreversíveis de sua doença incurável. Ela não abre mão de seus sonhos, mesmo que todas as circunstâncias ao seu redor lhe sejam desfavoráveis. Ana prevaleceu pela fé. Ana creu. Ana concebeu e deu à luz não apenas a um filho, mas ao maior homem da sua geração, Samuel.

Quais as razões de Deus adiar os nossos sonhos, se eles são legítimos? À luz de I Samuel 1, podemos afirmar: 1) Deus adia a realização dos nossos sonhos para que possamos buscar a sua face em oração – Mais importante que as bênçãos de Deus é o Deus das bênçãos. Os sonhos adiados, via de regra, nos levam à presença de Deus (v.10,12,15). 2) Deus adia a realização dos nossos sonhos, para que depois do sonho realizado, possamos entender que a vitória não é resultado do nosso esforço, mas da intervenção soberana da sua mão – Foi por esta razão que Samuel não foi um ídolo na vida de Ana. 3) Deus adia a realização dos nossos sonhos, para que depois do sonho realizado, possamos consagrar a ele o que ele mesmo nos deu – Ana não tem dificuldade de dedicar a Deus o seu filho Samuel, porque sabe que ele veio de Deus, é de Deus e deve ser consagrado para Deus. 4) Deus adia a realização dos nossos sonhos para que possamos entender o seu supremo propósito – Ana queria apenas ser mãe, mas Deus queria algo maior para ela. O propósito de Deus era maior que o sonho de Ana. O desígnio de Deus era que Ana fosse mãe do maior profeta daquela geração. Quando você pensa que Deus está distante, ele na verdade está trabalhando em seu favor, preparando algo melhor para você. Mais importante que realizar os seus sonhos, é viver os sonhos de Deus.

Mãe, não abra mão de seus sonhos, não abra mão de seus filhos. Mesmo que as dificuldades sejam humanamente intransponíveis, creia no Deus dos impossíveis e milagres poderão acontecer na sua vida e na vida de seus filhos para que eles sejam baluartes na sua geração.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Uma Igreja cheia, porém vazia

Grandes agrupamentos são vistos atualmente no meio evangélico, muitas pessoas que, em busca de soluções imediatas para suas vidas terrenas, correm atrás de ditos profetas ungidos, que por sua eloqüência e poder de persuasão conseguem agradar as massas em aflição, com promessas de milagres e prodígios. Essa situação me faz lembrar das seguintes palavras do Senhor Jesus: ” Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fecham a porta do Reino do Céu para os outros, mas vocês mesmos não entram, nem deixam que entrem os que estão querendo entrar.

Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações! Por isso o castigo de vocês será pior!

Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês atravessam os mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para a sua religião. E, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos.

Ai de vocês, guias cegos! Pois vocês ensinam assim: “Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou.”

Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: “Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a cumprir o que jurou.” Cegos! Qual é mais importante: a oferta ou o altar que santifica a oferta? Por isso, quando alguém jura pelo altar, está jurando pelo altar e por todas as ofertas que estão em cima dele. Quando alguém jura pelo Templo, está jurando pelo Templo e por Deus, que mora ali. E, quando alguém jura pelo céu, está jurando pelo trono de Deus e pelo próprio Deus, que está sentado nele.

Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos! Coam um mosquito, mas engolem um camelo! Mt 23.13-24.

É bem verdade que muitas igrejas estão cheias de pessoas vazias. Elas entram tristes e saem depressivas. Elas entram com dificuldades financeiras e se tornam pessoas falidas. Que grande progresso elas conseguem! Mas a Palavra de Deus nos afirma: “porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Mt 24.24. Por isso, da importância de buscarmos a verdade do Senhor Jesus no lugar certo. O lugar certo é o lugar em que a Palavra de Deus é ministrada com reverência e humildade, sempre dando honra ao Senhor Jesus e não ao homem que a prega. É o lugar em que só de entrar você sente alegria e paz.

Só isso é o suficiente para qualquer pessoa se encher do Espírito de Deus. A motivação correta deve ser de se conhecer o Deus que liberta, que cura, que santifica que abençoa a todos, ao invés de correr atrás dos milagres e prodígios, que até o diabo pode fazer!!
Assim você conhecerá a verdade e a verdade te fará uma pessoa livre !!!
Comunidade crista sos familia / Portal Padom

É inevitável que venham os escândalos

Eu acredito que esta palavra vai trazer um entendimento novo para o seu coração e o seu comportamento em relação aos pecadores será mudado.
Em Lucas 17:1-10, o nosso Senhor Jesus disse aos seus discípulos: “É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos. Acautelai-vos.

 
Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.
Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar e ela vos obedecerá.

Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo depois, comerás tu e beberás? Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, direis: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer “.
Quando lemos este texto: “é inevitável que venham escândalos”, geralmente lemos “escândalos” e imaginamos, interpretamos “pecados”.
Mas a questão “pecado” aqui não é o objetivo central do ensinamento do Mestre. O Senhor Jesus não está nos ensinando a nos comportar em face ao pecado e, sim, em face ao escândalo.
Em outros lugares nas Escrituras somos ensinados a evitar o pecado ou a tratar com o pecado e com o pecador. Mas, aqui Ele está nos ensinando a nos comportar em relação aos escândalos, pois, é inevitável que os mesmos aconteçam… mas, ai daquele ou daquela por meio de quem eles vierem.
A razão pela qual o escândalo é inevitável é porque vivemos num mundo que jaz no maligno, cheio de pessoas falhas, e essas pessoas aceitam a Jesus, se tornam nossos irmãos e irmãs em Cristo e, eventualmente cometem erros. O bom seria se os erros não acontecessem, mas, eles acontecem, por isso necessitamos saber como nos comportar diante dos erros dos outros.

A questão é que “estamos em obras”. Até a manifestação do Senhor para buscar sua igreja a obra continua e muitas coisas erradas ainda vão acontecer e nós precisamos saber como reagir quando ouvirmos a notícia de um pecado aqui, ali ou acolá.
A questão simples é: que fazer quando ficamos escandalizados por ver ou ouvir alguma coisa errada, fora dos padrões bíblicos? Nós vamos levar o escândalo adiante ou vamos praticar o que o Senhor Jesus está nos ensinando aqui neste contexto bíblico?
Levar o escândalo adiante implica em começar a contá-lo para as pessoas: “Você viu?” “ Você está sabendo da última?” “Eu fico até constrangido em falar nisso, mas, você já leu o jornal hoje?” “Menina, eu nem te conto!” e assim por diante. E desse modo o escândalo começa a ser transportado de pessoa para pessoa e isso vai enfraquecendo a fé dos pequeninos.

Mas, se ao invés disso praticarmos Lucas 17:1-10, quando ficarmos escandalizados por quaisquer motivos a nossa postura será de misericórdia e perdão para com o irmão pecador.
Antes de fazer qualquer comentário sobre alguém, é necessário conferir os fatos para se constatar a verdade, pois corre-se o risco de estar divulgando uma inverdade em forma de infâmia, o que no popular chama-se de fofoca maldosa.

Se ao levar o escândalo enfraquecemos os pequeninos eu creio que ao perdoar o pecador iremos fortalecer os pequeninos. Os pequeninos verão quão maduro nós somos no Senhor quando ao ler no jornal que o esse ou aquele irmão esta sendo investigado pela policia, ou teve outro problema de qualquer ordem, os pequeninos ficarão fortalecidos no Senhor ao ouvir você dizer: “Ele está errado. O Senhor vai tratar com ele trazendo-o de volta a santidade. Eu estou pronto a perdoá-lo tão logo ele se arrependa, etc “.
Ao ouvir esta postura bíblica de sua parte o novo convertido vai aprender a perdoar também.
Comunidade Cristã SOS Família

Princípios para uma vida abençoada

"Jesus, o mestre por excelência, no sermão do monte..." deixou claro que a verdadeira felicidade não é resultado da observância de regras religiosas engendradas pelo homem, mas uma transformação profunda do caráter operada por Deus. Em Mateus 5.1-16 Jesus expõe os princípios para uma vida abençoada:
1. Ter uma atitude correta em relação a nós mesmos – v. 3 – Ser pobre de espírito é ser humilde, é ter uma correta auto-estima (Rm 12.3), é ser honesto consigo mesmo. É conhecer-se a si mesmo e aceitar-se a si mesmo. Feliz é aquele que não busca ser maior do que os outros, que não vive buscando aplausos para si mesmo.

2. Ter uma atitude correta em relação ao pecado – v. 4 – Ser feliz é chorar pelo pecado, é sentir tristeza por entristecer a Deus. Encobrir o pecado é afastar-se do caminho da felicidade. Chorar pelo pecado é reconhecer sua hediondez, sua malignidade e fugir dele com todas as forças da alma.
3. Ter uma atitude correta em relação a Deus – v. 5,6,8 – Feliz é aquele que entregou seus direitos a Deus. Manso é aquele que não briga por seus direitos, que não luta para conduzir o seu próprio destino, mas aceita com alegria a direção de Deus. Feliz é aquele que tem fome e sede de justiça. Ele não luta por benefícios pessoais, mas por princípios absolutos que emanam da Palavra de Deus. Também, a felicidade é resultado da pureza de coração. Ser feliz é ter um coração puro, é abastecer os pensamentos, os olhos, os ouvidos, a alma com as coisas que procedem do Espírito de Deus.

4. Ter uma atitude correta em relação ao próximo – v. 7,9 – Jesus disse que feliz não é aquele que acumula e ajunta só para si, mas o que exerce misericórdia. Feliz é o que se torna instrumento da mesma misericórdia da qual foi alvo. A felicidade está no dar, no repartir, no distribuir com prodigalidade. Mas, Jesus disse também que feliz é o pacificador. Feliz é aquele que em vez de cavar abismos nos relacionamentos, torna-se um construtor de pontes. Feliz é aquele que aproxima as pessoas, que leva a reconciliação, que tem uma palavra de paz e que instrumentaliza a aproximação daqueles que viviam separados pelos muros da indiferença, do ódio ou do preconceito.
5. Ter uma atitude correta em relação ao mundo – v. 10-16 – Nossa sociedade não é amiga de Deus, nem do povo de Deus. Assim como o mundo rejeitou a Cristo, ele também nos rejeita. Qual deve ser a nossa atitude ao sermos odiados e perseguidos pelo mundo? Devemos nos alegrar! Nossa alegria é ultra circunstancial. O mundo não pode dá-la nem tirá-la. Mas, a nossa posição no mundo não pode ser apenas passiva. Somos chamados para exercer uma poderosa influência transformadora. Como o sal, devemos inibir o mal; como luz, devemos apontar o rumo a seguir. Essa ação é fruto de uma vida transformada. E uma vida transformada tem poder para viver e pregar o Evangelho transformador de Jesus Cristo.
Fonte: Hernandes Dias Lopes