quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Que elementos sustentam o casamento?

Preservando o Tesouro Encontrado

'Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham, os que a edificam' Sl 127.1
Sexualidade, afeto e projetos comuns são os elementos que sustentam os casamentos...
Relacionamentos humanos precisam de elementos básicos para nascer, se desenvolver e se sustentar. Quando começamos a namorar, descobrimos que há coisas em comum, mas também diferenças. É neste momento que os vínculos de coesão entram em ação, para que a relação se mantenha. O Psicodramatista Dalmiro Bustos ensina que os três “componentes do vínculo de casal” mais fortes são: a sexualidade, o afeto e os projetos comuns. Eles formam o eixo de convergência do casamento. Há outros fatores que nem os casais, mas para uma visão geral do assunto, examinaremos à luz da Bíblia, estes três que normalmente sustentam a relação conjugal e familiar.
1 – A SEXUALIDADE Em I Co 7.1-5, Paulo mostra aos irmãos princípios para desfrutar de uma sexualidade sadia, conforme a vontade do Senhor e não conforme as impurezas da sociedade de seus dias. As características desta sexualidade são:
a) fidelidade – (v.2) “por causa da impureza, cada um tenha a sua esposa, e cada uma, o seu marido”. A sexualidade humana tende a desvirtuar-se para a impureza e promiscuidade. Corinto, como toda cidade portuária, tinha tendência à prostituição. Como resultado direto as doenças sexualmente transmissíveis. Paulo ensinar aos irmãos, que cada marido tenha contato apenas com a sua esposa e vice versa. Aliás, foi assim que Deus criou: um homem e uma mulher. Não criou um homem e duas mulheres, nem uma mulher e dois homens. Logo, para que haja uma sexualidade sadia é necessário que cada casal se relacione com fidelidade no ambiente familiar.
b) Sem barganha – (v.3,4) “O marido conceda à esposa o que lhe é devido... e a esposa, ao marido”. Sexo não é pra ser barganhado, mas desfrutado entre os dois cônjuges. Se a mulher tem desejos sexuais deve deixar isso claro ao marido e ele deve fazer tudo para realizá-los e vice-versa.
Certo casal definiu o assobio como código quando desejassem fazer sexo. O homem assobiava facilmente, mas a mulher ficava constrangida em assobiar quando tinha desejo. Então deixava o marido deitar primeiro, batia na porta do quarto e perguntava: “querido, você assobiou?”.
Fazer pressão sobre o cônjuge, só liberando sexo sob certas condições, traz conseqüências danosas sobre a relação. Não é assim que o Senhor deseja. Sexualidade sadia é sem barganha.
c) É terreno espiritual – (v.5) “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento... para que Satanás não vos tente”. Quantos homens e mulheres já caíram nesta área porque se acharam. Relegar a sexualidade achando que não é terreno espiritual é desconhecer a Escritura. Paulo é claro quando diz que Satanás pode tentar um casal que passa muito tempo sem relações sexuais. A única razão pela qual pode haver a abstenção é para oração, por tempo um limitado e de comum acordo. Fora disso, ninguém deve facilitar.
O primeiro vínculo conjugal é o da sexualidade. Mas se o casal for unido só pelo sexo, são apenas amantes.
2 – O AFETO Em I Co 13.1-8, Paulo fala do amor, elemento de fundamental no relacionamento entre duas pessoas, especialmente quando casadas. O texto discorre sobre o que não é o afeto amoroso, suas características e durabilidade.
a) Não é aparência – (v.1-3) “... se não tiver amor, nada disso me aproveitará”. Há uma clara distinção ação e motivação na vida de uma pessoa. Primeiro é preciso SER para depois FAZER. Pois é possível fazer coisas nobres com segundas intenções. Existem famílias que aparentemente vivem bem e até trocam carinho em público, mas na intimidade não possuem afeto genuíno, há carência de amor incondicional.
b) A natureza do amor (v.4-7) “O amor é...”. Por mais que se tente, não é possível definir a essência do amor, pois sua natureza é o próprio Deus e Ele é indefinível. Essa é uma tentativa de explicá-lo para saibamos que precisamos continuar amando. Esse é o amor que o Senhor espera que seja buscado por todas as famílias.
c) Durabilidade – (v.8) “O amor jamais acaba”. Amor eterno é o de Deus. O amor humano, se não for devidamente alimentado, se desfaz com o tempo. Ele é o único que continua amando quando não é amado, pois sua natureza é o amor, I Jo 4.8. Este é o desafio proposto pelo Senhor as famílias que desejam ser felizes: amar, mesmo quando não recebemos amor.
O segundo vínculo é o afetivo. Mas se um casal for unido só pelo afeto, são apenas amigos.
3 – OS PROJETOS COMUNS – Em Pv 31 encontra-se a Mulher Virtuosa, que era parceria do marido em suas atividades de casa. Ela fazia tarefas normalmente consideradas masculinas, como: trabalhar fora, trazer o mantimento para a casa, negociar e dirigir a casa. O resultado da parceria foi a honra ao marido, o amor dos filhos e um clima afetivo no lar. Aquele casal possuía um projeto de vida comum. É importante que além dos projetos individuais, que cada pessoa precisa ter, cada casal precisa de um projeto comum, que revele a unidade e os mantenha juntos. Os projetos comuns mais conhecidos são os filhos, a casa e os bens como carro e empresas familiares.
Os projetos comuns são o terceiro vínculo, mas se um casal for unido só pelos projetos comuns, são apenas sócios.
Os elementos que compõem estes vínculos são de fundamental importância para que os casais permaneçam unidos de forma sadia. Que a sexualidade seja espontânea, que o afeto seja verdadeiro e os projetos comuns sejam significativos. Que sejamos amantes, amigos e sócios “até que a morte nos separe”. Amém!
Fonte: sepal.org.br

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