sábado, 27 de julho de 2013

Evangélicos é o maior desafio do papa, diz imprensa internacional

A imprensa internacional tem destacado a visita do papa Francisco ao Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) sob dois aspectos. A primeira viagem internacional do pontífice é ao país com maior número de católicos no mundo; e também é palco da maior taxa de crescimento dos evangélicos, superando 60% na primeira década do novo século.

A revista norte-americana Newsweek destaca que “a primeira grande viagem internacional de Francisco é carregada de significado para uma igreja em tumulto”, fazendo referência aos escândalos de pedofilia e má gestão financeira, que conturbam a tumultuada Igreja Católica, que tem perdido fiéis devido à sua “liturgia desatualizada”.

E segundo a mesma publicação, o crescimento dos evangélicos enfraqueceu a Igreja Católica no país: “No Brasil, nominalmente, o maior país católico do mundo, as lutas da Igreja têm proporcionado uma abertura para igrejas evangélicas protestantes.

Citado pela revista como uma da “carta na manga” do Vaticano para estancar a perda de fiéis, padre Marcelo Rossi afirma que a Igreja Católica precisa se mexer: “Nós não podemos sentar e esperar que as pessoas venham à igreja”, diz ele. “A igreja tem trazer as pessoas de volta”.

Porém, a ideia de que a visita do papa ao Brasil possa reverter a perda de fiéis é questionada por outros veículos de imprensa. Na França, o jornal Le Monde publicou uma matéria especial sobre a viagem de Francisco para a JMJ e sua missão de reconquistar o público brasileiro.

“De um lado, ela [a Igreja Católica] não conseguiu evitar sua erosão numérica diante das igrejas evangélicas, cuja inventividade, proximidade e dinâmica de crescimento não cessam de preocupar os bispos. De outro lado, ela teve sua imagem prejudicada pelos escândalos de pedofilia e corrupção em série”, ressalta o jornal francês.

As estatísticas são apontadas como evidência do crescimento e da força das igrejas evangélicas que, “Enquanto eram apenas 6,6% da população em 1980, passaram para quase 25% da população”.

O jornal destacou ainda que, apesar da estratégia do papa em visitar lugares onde a Igreja Católica é ausente, como Guaratiba e Varginha, comunidades carentes do Rio de Janeiro, o desafio se faz maior pela falta de padres na denominação. Segundo o Le Monde, o déficit de sacerdotes chega a 20 mil no Brasil.

“Em termos de estratégia, o papa Francisco escolheu visitar duas localidades do Rio de Janeiro – Guaratiba no Oeste e a favela de Varginha na zona Norte – onde os evangélicos proliferam”. Dois lugares onde, como em tantos outros, a Igreja Romana está praticamente ausente.
Fonte de informações: GH

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Como vencer as tentações e ter uma caminhada cristã triunfante?

Com o episódio da tentação de Jesus, registrada em Lucas 4.1-11, podemos aprender algumas lições sobre como vencer as tentações.

A primeira condição para ser um vencedor é esvaziar-se de si mesmo e encher-se do Espírito Santo, da Sua presença, do Seu poder, da Sua unção. Se formos cheios do Espírito Santo, com certeza conseguiremos vencer aquilo que nos tenta.
Satanás conhece aquele que está cheio do Espírito Santo, revestido de unção. E o maior exemplo da importância deste revestimento é o próprio Jesus, que, ao ser batizado nas águas do rio Jordão, os céus se abriram, e veio sobre Ele, como uma pomba, o Espírito de Deus. Houve um revestimento especial de poder.

Se estivermos cheios do Espírito Santo, poderemos deixar que o Senhor dirija a nossa vida. Esta é a segunda condição para vencermos as tentações: não agir baseado em “achologias”, em intuição, em sentimentos. Jesus foi dirigido pelo Espírito Santo. Então, devemos deixar o Espírito Santo guiar-nos. Certamente, guiados e dirigidos por Ele, seremos levados a lugares mais altos e melhores.

Você quer vencer a tentação? Ore e jejue! Jesus venceu o inimigo com jejum. Foram 40 dias e 40 noites jejuando. Isto leva à santificação e é uma das armas mais poderosas para dominarmos nossa natureza pecaminosa, para disciplinarmos nossa vontade.
Jejuar é sair da dimensão da terra, e entrar na dimensão do céu. Jejuar não é deixar de comer para apresentar a Deus um sacrifício. É deixar de alimentar o corpo, para enfraquecer a carne, alimentar a alma com a Palavra de Deus e vivificar o espírito.

Sabemos que a nossa luta não é contra carne nem contra o sangue, mas contra os espíritos malignos (Efésios 6.10-18).

Não poderemos combater Satanás, que é espírito, com armas humanas, mas sim com armas espirituais. O jejum é uma arma com a qual podemos derrubar as fortalezas do diabo. Outra arma que você deve usar para vencer a tentação é a Palavra. Se Eva tivesse usado a espada do Espírito no jardim do Éden, com certeza ela teria vencido Satanás. A Palavra de Deus não deixa dúvidas (Gênesis 2.16,17).

Você quer vencer as tentações? Ore e vigie! Vigiar é estar atento ao jogo, é saber a origem, é estar apercebido das coisas. Vigiar é estar em uma vigília constante. Além disso, seja obediente a Deus! Jesus foi totalmente obediente ao Pai em tudo (Filipenses 2.8). Apesar de ter a mesma glória, a mesma imagem, o mesmo poder para realizar as mesmas coisas, Cristo obedeceu.
Nada é tão importante aos olhos do Senhor como obedecer à Sua vontade (Hebreus 5.8). Você pode conhecer tudo o que diz respeito à luta contra os espíritos malignos, mas, se não for obediente a Deus, se não tiver Jesus como seu Salvador e Senhor absoluto de sua vida, não vencerá tentação alguma, por menor que ela seja.

Em suma, você quer vencer as tentações? Seja cheio do Espírito Santo e deixe-o dirigir sua vida; jejue; conheça e use a Palavra de Deus; vigie e ore; fuja da aparência do mal; seja obediente ao Pai. O diabo conhece os que são obedientes ao Senhor. Ele até os tenta, mas sabe que já é um derrotado.
Fonte: Pr. Silas Malafaia

terça-feira, 16 de julho de 2013

Adoração Verdadeira

A interpretação de Daniel sobre a estátua de Nabucodonosor, seus três amigos na fornalha ardente, ele mesmo na cova dos leões ou Belsazar e o “Mene tequel” na parede. Quem não conhece essas histórias? Mas o mais notável em Daniel era a sua vida de oração...
Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele não a abandonou. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada. No fim das contas, Daniel marcou a história porque orava.

Um jovem e sua adoração verdadeira a Deus

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu explicá-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros. Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia e, portanto, ao fim de seu período de estudos de três anos (Dn 1.5). Daniel chegou à Babilônia (Dn 1.1) no ano 605 a.C. Ele ainda era muito jovem, talvez até mesmo um adolescente. Daniel viveu o exílio babilônico até a queda da Babilônia diante dos persas (539 a.C.). Ou seja, Daniel viveu lá durante cerca de 70 anos. Já nos primeiros tempos, Daniel se mostrou um intercessor eficaz (Dn 2.16-19).
Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo (Dn 2.10-11), mas Daniel recolheu-se calma e tranquilamente em sua casa. Uma vida de oração é interação com Deus e por isso dá segurança em meio à insegurança.
Daniel contou sua preocupação aos seus fiéis e confiáveis amigos (Dn 2.17-18), porque sabia do poder da oração conjunta. Nós também deveríamos ter a coragem de compartilhar mais os nossos motivos de oração com nossos irmãos no Senhor. Muitas vezes, porém, envergonhamo-nos deles, ficamos sem graça. Algumas pessoas preferem orar sozinhas a compartilhar seus assuntos com pessoas de confiança. Mas a Bíblia e a História estão cheias de exemplos de comunhões de oração e da conseqüente ação poderosa de Deus.
Daniel e seus amigos oraram juntos pedindo revelação e proteção. A comunhão de oração é uma força como a fissão nuclear; ela tem uma promessa no Novo Testamento: “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por isso, depois da comunhão de oração, o texto relata: “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (Dn 2.19).
Adoração verdadeira é oração com gratidão.

Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.

Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer. Com Daniel era bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e somente depois vinha o rei babilônico.

Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu... Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para exterminar os sábios da Babilônia; entrou e lhe disse: Não mates os sábios da Babilônia; introduze-me na presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação” (Dn 2.19,24).

Adoração verdadeira é oração regular

Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração. Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar (v.7). Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).
O que esse versículo nos mostra sobre Daniel?
Ele não se deixou demover da oração (persistência).
Ele orava tanto em comunhão quanto sozinho.
Ele tinha um local fixo para orar, no quarto superior da sua casa (veja Dn 2.17).
Ele tinha janelas abertas (direcionamento constante, comunhão ininterrupta).
Ele tinha uma direção para sua oração (Jerusalém, onde estava o altar; uma indicação para Jesus).
Ele orava regularmente, três vezes ao dia, como sempre havia feito.
E ele não descuidava do agradecimento.

Adoração verdadeira parte da Palavra

Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos” (Dn 9.2-4).
Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar. Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado. A oração de Daniel revela seu coração.
Ele reagiu imediatamente (sem tardar).
Ele não procurou homens (Dario ou Ciro), mas seu Deus onipotente.
Ele suplicava – nisto vemos sua seriedade e persistência.
Ele jejuava em pano de saco e cinzas, portanto havia arrependimento. Ele não se considerava importante demais para arrepender-se.
Ele orava a um Deus pessoal. Tinha um relacionamento pessoal com Ele.
Ele orava com grande reverência.
E ele orava com confiança, com esperança na graça e bondade do Senhor.
Daniel foi exaltado de forma maravilhosa. Por trás dos acontecimentos de Esdras 1.1-4 está a oração de Daniel. Sua oração contribuiu para uma decisão que alteraria a política mundial e para o cumprimento da profecia divina.

Adoração verdadeira é poderosa

Certa vez Daniel recebeu uma revelação sobre a Grande Tribulação (Dn 10.1). Ele entendeu a palavra, o que o levou novamente à oração: “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras” (v.2-3). Podemos orar a respeito de coisas que entendemos e a respeito de coisas que não entendemos.
Depois de ter orado e jejuado tão intensamente, Daniel recebeu a visita de um anjo: “Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim” (v.10-12).
Isto não é tremendo?
Daniel era um homem muito amado de Deus. Esta afirmação aparece três vezes no livro de Daniel (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
Ele recebeu a garantia de que foi ouvido desde o primeiro dia, apesar de a resposta só ter chegado três semanas depois (v.1; cf. Dn 9.23).
Este anjo foi especialmente enviado por causa da oração de Daniel.
Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?

Adoração verdadeira é para toda a vida

Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?
No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão” (Dn 10.1).
No terceiro ano do rei Ciro, Daniel já vivia há 70 anos na Babilônia. Provavelmente sua vida de oração começou quando ele ainda era um adolescente, e agora, com mais de 80 anos, ela ainda não diminuíra. Daniel continuava a orar intensamente.
Que o Senhor conceda e que nós desejemos ser pessoas de oração hoje, amanhã e também quando estivermos em idade avançada. Ainda mais por vivermos em uma época na qual as profecias de Daniel sobre o final dos tempos começam a se cumprir! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Deus chama o seu povo a uma audiência

O tempo dos milagres tinha passado com Elias e Eliseu. O cativeiro babilônico era apenas uma amarga lembrança dos seus antepassados. As reformas efetuadas por Neemias já estavam caindo no esquecimento. A rotina das cerimônias religiosas era continuada, mas sem entusiasmo. Era um tempo de apatia, de sonolência espiritual. Tanto a liderança como o povo estava vivendo um torpor espiritual.
A mensagem de Malaquias é atualíssima para a igreja hoje.

1. O mensageiro

O nome Malaquias significa mensageiro de Deus. Por isso, alguns estudiosos entenderam que ele Malaquias era um pseudônimo e não um nome. A LXX traduz: “angelou autou” = meu anjo.
Orígenes defendeu a tese de que ele era um anjo de Deus, trazendo uma mensagem de Deus para o povo.
Jerônimo e Calvino defenderam a tese de que Malaquias era um pseudônimo de Esdras.
Cremos, entretanto, firmados na maioria dos estudiosos, que Malaquias não é um pseudônimo, mas o nome do profeta. Ele era um personagem histórico. Obadias e Habacuque também não têm genealogia descrita.

2. O tempo

Alguns estudiosos colocam Malaquias antes de Esdras. Outros, colocam-no no período entre a ausência de Neemias e seu segundo governo em Jerusalém, visto que Malaquias trata dos mesmos problemas que Neemias enfrentou, quando de seu retorno da Pérsia: sacerdócio corrompido, retenção dos dízimos, casamento misto. Cremos, entretanto, que Malaquias profetizou logo depois do período de Neemias. No tempo de Malaquias o templo já havia sido reconstruído. O culto, entretanto, estava sendo oferecido com desleixo: tanto o sacerdócio como o povo estava em profunda letargia espiritual. O povo estava vivendo um grande ceticismo. Cremo, assim, que Malaquias vem logo depois de Neemias, e isso, por algumas razões:
a) O estado espiritual de geral decadência é incompatível com a firme liderança espiritual de Neemias. As condições descritas por Malaquias sugerem uma deterioração que surgiu depois da eliminação da influência de Esdras e Neemias. Havia frieza espiritual e culto insincero. Havia ritual, mas não vida nos cultos.
b) No tempo de Neemias a infidelidade não era generalizada nem do sacerdócio nem do povo, mas no tempo de Malaquias sim.
c) Nem Neemias faz referência a Malaquias, nem Malaquias a Neemias.
3. O estilo
No ensino de Malaquias é fundamental o conceito de aliança. Deus se chama de Pai e trata Israel como seu filho (1:6; 3:17).
Malaquias usa um estilo de confronto poderoso, como Deus se estivesse chamando o seu povo para um confronto no tribunal. Nessa audiência divina, há três expedientes:
a) Afirmação;
b) Interrogação;
c) Refutação.
Esse tipo de confronto é apresentado no livro 8 vezes (1:2; 1:6; 1:7; 2:14; 2:17; 3:7; 3:8; 3:13).
Do começo ao fim esse pequeno livro é um APELO – um apelo ao arrependimento do pecado e volta a Deus (1:6; 2:10; 3:7; 3:10; 4:4).
Malaquias pode ser considerado o mais argumentativo livro de todo o Antigo Testamento.

I.A MENSAGEM SOLENE DE DEUS – v. 1

1. A natureza da mensagem – v. 1
A mensagem de Malaquias é uma sentença, um fardo, um peso. Não é uma mensagem consoladora, mas de profundo confronto e censura. Essa mensagem era um peso:
a) Para o profeta
b) Para o povo
c) Para Deus.
A palavra “sentença” masâ, peso significa mais do que uma palavra da parte do Senhor. É algo pesado, duro, que o Senhor vai dizer. É um peso para o coração do profeta (Jr 4:19), para o coraçãol do povo e para o coração de Deus. Não é uma mensagem palatável, azeitada, fácil de ouvir.
Estamos também com sérias deficiências na nossa espiritualmente. Precisamos ouvir a masâ de Deus.
Os dois principais males de sua época eram o formalismo e o ceticismo. Vemos neles os primórdios do farisaísmo (formlaismo) e do saduceísmo (ceticismo). Como essas duas coisas ainda nos prejudicam hoje.
2. A autoridade da mensagem – v. 1
A mensagem é “uma sentença pronunciada pelo Senhor. A mensagem não é criada pelo profeta, mas apenas transmitida por ele. A mensagem vem de Deus, é do céu.
O pregador não gera a mensagem. O sermão não é palavra de homem, mas palavra de Deus.
Calvino entendia que o púlpito é o trono a partir do qual Deus governa o seu povo com sua Palavra.
3. O destino da mensagem – v. 1
Malaquias entrega uma sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel. O juízo começa pela Casa de Deus. Deus antes de julgar o mundo, julga o seu povo.
Israel alegrava-se quando Deus julgava as nações ao seu redor, mas não aceitou quando Deus trouxe julgamento sobre eles.
Quando o povo da aliança desobedece, Deus envia a vara da disciplina.
4. O instrumento da mensagem – v. 1
Há uma sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias. Deus levanta homens para pregar não o que eles querem pregar, não o que o povo quer ouvir, mas o que Deus ordena falar.
A mensagem de Deus não tem o propósito de agradar os ouvintes, mas de salvá-los.

II. O AMOR ELETIVO DE DEUS – v. 2 

1. É um amor declarado 
a) O amor de Deus por seu povo é um amor deliberado
O amor de Deus pelo povo é imutável (3:6). Era como o amor de um esposo pela esposa (2:11) ou de um pai pelo filho (1:6; 3:17).
Deus não nos amou por causa das virtudes que viu em nós (Os 11:1). A causa do amor de Deus está nele mesmo e não em nós. Deus escolheu Israel não porque era a maior ou a melhor nação. Jesus disse: “Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16).
Deus escolheu Jacó antes dele nascer. Deus não nos elegeu: 1) Porque previu que iríamos crer – A fé não é a causa da eleição, mas consequência (At 13:48); 2) Porque viu em nós boas obras – Fomos eleitos para as boas-obras e não por causa delas (Ef 2:10); 3) Porque viu em nós santidade – Deus nos escolheu para a santidade e não por causa da santidade (Ef 1:4); 4) Porque viu em nós obediência – Fomos eleitos para a obediência e não por causa da obediência (1 Pe 1:2).
b) O amor de Deus por seu povo é um amor paciente
Deus amou Jacó, mas ele foi um homem enganador: ele enganou o irmão, mentiu para o pai.
Muitas vezes o povo de Deus voltou-se contra Deus, provocou Deus a ira. Mas Deus nunca desamparou o seu povo. Tratou-o como um Pai trata o seu filho.
De igual modo, Deus é paciente conosco hoje. Mesmo que sejamos infiéis, ele permanece fiel!
c) O amor de Deus por seu povo é um amor triunfante
O amor de Deus por seu povo é um amor contínuo. Ele não disse: “eu vos amei” nem disse: “Eu vos amo”, mas disse: “Eu vos tenho amado”. O amor de Deus pelo seu povo nunca cessou. Deus ama com um amor eterno (Jr 31:3). Deus prova o seu amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós pecadores (Rm 5:8).
Israel afastou-se de Deus. Matou os profetas de Deus. Fechou o coração para Deus. Então, Deus o enviou ao cativeiro, mas Deus o tirou do cativeiro, restaurou-lhe a sorte. A graça de Deus é maior do que o nosso pecado. Israel ainda é o povo da aliança. Deus não desiste de nós. Aquele que começou a fazer boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus!
2. É um amor questionado – v. 2 
a) Insensibilidade ao amor de Deus
A raiz do pecado do povo é a insensibilidade ao amor de Deus. Isso produz dúvida, impiedade e relaxamento moral. Eles deixaram de ver a providência divina. Deixaram de ouvir a Palavra de Deus. Eles foram disciplinados, mas não viram nisso o amor do Pai, ao contrário, sentiram-se injustiçados.
O pecado sempre encontrará uma porta aberta, aonde o amor de Deus é colocado em dúvida.
b) Ingratidão ao amor de Deus
Apesar da declaração e das evidências do amor de Deus por Israel, eles ainda perguntam: “Em que nos tem amado?” A ingratidão tem os olhos fechados para a benevolência recebida. Quantas vezes, nós também, questionamos o amor de Deus. Quantas vezes, ferimos o coração de Deus, com uma atitude de rebeldia e ingratidão (Sl 78:9-17).
O povo de Israel achava certo que Deus julgasse Edom. Mas achava injusto que Deus o julgasse. É sempre mais cômodo apelar para o juízo divino contra os outros.
3. É um amor demonstrado – v. 2 
a) Pela escolha soberana
Deus escolheu Jacó. Deus escolheu Israel. “Tão somente o Senhor se afeiçoou a teus pais para os amar: a vós outros, descendentes deles, escolheu de todos os povos” Dt 10:15).
Deus escolheu-nos soberanamente. A eleição é um ato da livre graça de Deus. Ele nos escolheu antes dos tempos eternos (2 Tm 1:9). Ele nos escolheu quando não tínhamos nenhum mérito. Ele nos escolheu em Cristo.
b) Pela proteção amorosa
Deus livrou Jacó, salvou Jacó, abençoou Jacó. Formou um povo, libertou o povo, guiou o povo. Deu-lhe provisão, proteção, a lei, uma terra, uma missão.
c) Pela restauração milagrosa
Deus tirou o povo do Egito. Deus guiou o povo no deserto. Deus colocou o povo na terra da promessa. Deus lhes deu sua Palavra. Deus lhes enviou profetas. Deus os disciplinou em sua rebeldia. Deus os trouxe de volta do cativeiro. Deus os restaurou.

III. O JULGAMENTO SOLENE DE DEUS – v. 3-4

1. Esaú rejeita sua primogenitura – Gn 25:34; Hb 12:16
Esaú não dava valor às coisas espirituais. Ele preferia satisfazer seu apetite do que dar importância às coisas de Deus. Ele trocou seu direito de primogenitura por um prato dse lentilhas. Toda a história subsequente da descendência de Esaú se explica pelo sistem de valores dele.
Deus jamais predestinou Esaú a ser um réprobo. Deus jamais predestinou o pecado.
2. Esaú era impuro e profano – Hb 12:16-17
Esaú era um homem entregue à impiedade e perversão, ou seja, profano e impuro. Ele desprezava as coisas de Deus. Por isso, era capaz de chorar querendo a bênção, mas jamais se arrependeu sinceramente (Hb 12:17).
3. Os descendentes de Esaú, os edomitas seguiram seu caminho – Nm 20:14-21
Eles não deixaram Israel passar pelo seu território. Eles perseguiram o povo de Deus. Eles se colocaram na contra-mão da vontade de Deus.
4. Os descendentes de Esaú, os edomitas associaram-se com a Babilônia para matar o povo de Deus – Ob 10-14; Jl 3:19; Sl 137:7 
a) Saquearam Jerusalém junto com os caldeus (Ob 11,13).
b) Olhou com prazer a calamidade de Israel (Ob 12; Sl 137:7).
c) Pararam nas encruzilhadas para matar os que tentavam fugir (Ob 14).
d) Entregaram à Babilônia alguns que tentavam fugir (Ob 14).
5. Os descendentes de Esaú foram também saqueados pelos nabateus, árabes logo depois do cativeiro babilônico – Ob 15,18,21; Ml 1:3-4
Setenta anos depois que Jerusalém caiu nas mãos da Babilônia com ajuda dos edomitas, os nabateus, invasores do deserto varreram o território edomita, obrigando sua população a se refugiar no Neguebe, ao sul de Judá. Seu país, mais tarde conhecido como Iduméia, tinha por capital Hebrom.
O mal feito dos edomitas caiu sobre suas próprias cabeças. Ao perseguirem o povo de Deus, tocaram na menina dos olhos de Deus.
6. Os descendentes de Esaú, os edomitas, nunca foram restaurados – v. 4
A grande prova do amor de Deus por Israel é que igualmente Israel pecou. Igualmente Israel foi levado para o cativeiro. Mas Deus restaurou Israel e não restaurou Edom. Para Edom não houve restauração. Veja o contraste entre Ml 1:2 e 1:4.
Ainda que Edom queira reconstruir sua cidade à parte de Deus, Deus não o permitirá.
a) Os esforços do ímpio são dirigidos por propósitos errados (v. 4) – Os edomitas querem reconstruir sem Deus.
b) Os esforços do ímpio são conduzidos por espírito errado (v. 4) – retornaremos e reedificaremos (Babel).
c) Os esforços do ímpio estão edificados sobre um fundamento errado (v. 4) – A terra de Edom será sempre uma terra de perversidade. A ira de Deus está sempre ardendo contra eles. A providência divina tanto restaura como derruba (Ec 3:3). O juízo de Deus é terrível (desolada) e irrevogável (irado para sempre).

IV. A GRANDEZA UNIVERSAL DE DEUS – v. 5 
1. A grandeza de Deus é vista em seus graciosos atos com Israel, seu povo
a) Deus elegeu;
b) Deus protegeu;
c) Deus disciplinou;
d) Deus restaurou.
2. A grandeza de Deus é vista em seu julgamento às nações
Deus não age apenas na vida do seu povo, nem apenas na igreja. Deus não é propriedade da igreja. Ele não é uma divindade tribal. Ele é o Senhor do universo. Ele age em todo o mundo. Ele julga as nações.
A soberania de Deus não se limita ao seu povo. Se Israel olhasse mais ao seu redor, reconheceria melhor o amor de Deus, e veria como Deus fora maravilhoso com eles, em contraste com as experiências de outras nações.
Israel precisa ver e anunciar a grandeza de Deus em toda a terra.

CONCLUSÃO 

Este texto enseja-nos algumas lições práticas:
1. A sentença de Deus é deveras pesada
Precisamos escolher entre o peso de glória ou o pesa da ira.
Deus disse por intermédio de Amós: “De todas as famílias da terra somente a vós outros vos escolhi, portanto eu vos punirei por todas as vossas iniquidades” (Am 3:2).
2. O amor de Deus é deveras benigno
O amor de Deus é verdadeiro ainda quando disciplina o seu povo. O viticultor castiga a vinha, podando seus ramos para obter mais uvas.
É uma triste prova da nossa depravação que o amor de Deus é menos confessado, onde ele é mais manifesto (v. 2).
3. O soberano e eterno propósito de Deus é o único fundamento de seu favor a nós
A salvação depende do amor eletivo de Deus. O que deve nos espantar é o fato de Deus ter nos escolhido para ele!
4. O amor de Deus pelo seu povo nem sempre é correspondido
A ingratidão fere o coração de Deus, embora não apague o amor de Deus.
5. O poder do homem jamais pode reverter a sentença de Deus
É Deus quem edifica e quem derruba. Quando Deus edifica ninguém derruba; quando Deus derruba, ninguém edifica.
6. Deus será glorificado no julgamento do pecado como na recompensa da obediência

A glória de Deus é manifesta na salvação do seu povo e também na condenação dos ímpios que o rejeitam. Tanto o céu como o inferno devem manifestar a glória de Deus.
Fonte: Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Os dons espirituais, dádivas de Deus à igreja

Os dons espirituais são uma dádiva de Deus à sua igreja. Dádivas do Pai (1Co 12.6), dádivas do Filho (1Co 12.5) e dádivas do Espírito Santo (1Co 12.7). Os dons espirituais são uma capacitação especial para o desempenho de um serviço ou ministério. Não há nenhum membro do corpo de Cristo sem dons e nenhum membro do corpo possui todos os dons. Os dons espirituais não são distribuídos pela igreja, mas pelo Espírito Santo, conforme sua vontade e seus propósitos soberanos (1Co 12.11). O apóstolo Paulo usou quatro verbos-chaves que ilustram a soberania de Deus na distribuição dos dons espirituais. O Espírito Santo distribui (1Co 12.11), Deus dispõe (1Co 12.18), Deus coordena (1Co 12.24) e Deus estabelece (1Co 12.28). Do começo ao fim Deus está no controle. É Deus quem estabelece o corpo e quem coloca cada membro do corpo e distribui cada dom a cada pessoa conforme o seu propósito e soberana vontade. Do começo ao fim Deus está no controle. É isso que Paulo ensina à igreja. O propósito dos dons, portanto, não é para a exaltação de quem o exerce, mas para o serviço aos demais membros do corpo e tudo para a glória de Deus.
Quando Paulo fala da mutualidade do corpo, exorta a igreja sobre quatro questões importantes:
Em primeiro lugar, o perigo do complexo da inferioridade. Paulo escreve: "Se disser o pé: porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser" (1Co 12.15,16). Quando alguém reclama de não ter este ou aquele dom espiritual, está questionando a sabedoria de Deus. Isso é questionar a unidade do corpo. Nenhum membro da igreja deve se comparar nem se contrastar com outro membro da igreja. Você é único. Você é singular no corpo. Deus colocou você no corpo como lhe aprouve.
Em segundo lugar, o perigo do complexo de superioridade. O apóstolo Paulo afirma: "Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários" (1Co 12.21,22). A igreja de Deus não tem espaço para disputa de prestígio. A igreja não é uma feira de vaidades. Nenhum membro da igreja pode envaidecer-se pelos dons que recebeu, pois tudo que temos, recebemos de Deus e ninguém pode vangloriar-se por aquilo que recebeu (1Co 4.7).
Em terceiro lugar, a necessidade da mútua cooperação. Paulo ainda prossegue em seu argumento: "Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros" (1Co 12.25). A igreja é como uma família. Na igreja cada um está buscando meios e formas de cooperar, de ajudar, de abençoar, de enlevar, de edificar a todos. O propósito do dom é para que não haja divisão no corpo. Você não está competindo nem disputando com ninguém na igreja, mas cooperando.
Em quarto lugar, a necessidade de empatia na alegria e na tristeza. Paulo escreve: "De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam" (1 Co 12.26). A psicologia revela que é mais fácil chorar com os que choram do que se alegrar com os que se alegram. São poucas as pessoas que têm a capacidade de celebrar a vitória do outro. Precisamos aprender a ter empatia, a sofrer com os que sofrem e a nos alegrarmos com os que se alegram. Não estamos num campeonato dentro da igreja disputando quem é o mais talentoso, o mais dotado, o mais espiritual. Somos uma família, somos um corpo. Devemos celebrar as vitórias uns dos outros e chorar as tristezas uns dos outros.
Fonte: Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 7 de julho de 2013

Você prefere poder? Eu prefiro presença, por que a presença me dá poder.

Nós cristãos precisamos compreender a importância da nossa intimidade com Deus e dos seus propósitos para a nossa vida.

Na leitura de Êxodo, 33:12-15, “Disse Moisés ao Senhor: "Tu me or­denaste: “Conduza este povo”, mas não me per­mites saber quem enviarás comigo”. Disseste: “Eu o conheço pelo nome e de você tenho me agradado”. Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. Lembra-te de que esta nação é o teu povo". Respondeu o Senhor: "Eu mesmo o acompanharei e lhe darei descanso". Então Moisés lhe declarou: "Se não fores conosco, não nos envies”.

De acordo com Êxodo, 23:20-21, Deus diz a Moisés: “Eis que envio um anjo à frente de vocês para protegê-los por todo o caminho e fazê-los chegar ao lugar que preparei. Prestem atenção e ouçam o que ele diz. Não se rebelem contra ele, pois não perdoará as suas transgres­sões, pois nele está o meu nome”.

Deus prometeu enviar anjos poderosos com Moisés para conduzir o povo à terra prometida. Porém Moisés diz ao Senhor: “Não Senhor, eu não quero o teu anjo, eu quero”. “Se o Senhor não for conosco eu não vou sair daqui”.

Deus coloca a disposição de Moisés “Poder”, através de “um anjo”, ou seja, anjo poderoso. E Moisés diz: “Não, eu não quero anjo, eu prefiro a tua presença, e se o Senhor não for comigo eu não sairei daqui”. “Eu prefiro a presença do Senhor”.

O que você prefere?

Existe uma grande diferença entre a presença de Deus e a manifestação do seu poder. O poder de Deus é unção, que vem como resultado da presença. A presença de Deus produz poder. O poder é a unção que vem como resultado da presença de Deus em nossa vida. Poder e unção são a mesma coisa. Presença e glória é a mesma coisa. Ambas são manifestação de Deus.

No entanto vamos separar poder e presença para ficar mais fácil o nosso entendimento da glória de Deus.
O poder revela o que Deus faz: Eu sou, ou fui ungido para fazer algo. Deus tirou o povo do Egito pelo seu poder. – O poder de Deus faz.
A presença de Deus revela o que Deus é; a glória de Deus fala do que Deus é, a unção do que Deus faz. O poder de Deus afeta e se relaciona o meu corpo físico, afeta as circunstancias da minha vida. Eu preciso do poder, porque o poder de Deus destrói barreiras, destrói laços, destrói armadilhas e correntes; não há obstáculos para o poder de Deus na minha vida.

A Bíblia diz que o poder de Deus despedaça o jugo. Eu preciso da unção e do poder de Deus para me libertar de todas as amarras e correntes na minha vida. Tanto na minha vida espiritual, quanto na minha vida relacional, familiar, financeira, enfim, eu preciso do poder e da unção de Deus para vencer tudo isso.

Contudo a presença de Deus afeta o meu coração, meu espirito, minha essência... Ela afeta meu íntimo. O poder de Deus afeta a minha vida exterior, a presença de Deus afeta meu íntimo, causa impacto na minha vida e altera o meu comportamento. O poder de Deus ele é buscado, logo posso esquecer; eu posso ser tocado tremendamente pelo poder de Deus, mas com o passar dos dias eu posso esquecer-me de tudo o que aconteceu. Mas quando eu sou tocado pela presença de Deus eu nunca vou me esquecer.

Uma pessoa pode ser tocada tremendamente pelo poder de Deus e dentro de poucos dias se esquecer e continuar na sua vida de pecado. Existem pessoas que num encontro, retiro, ou vigília pode ser visitado por Deus, mas em seguida continuar vivendo uma vida de pecado, uma vida sem compromisso, sem santidade, como se nunca tivesse experimentado o poder de Deus.

O poder de Deus toca as circunstancias, o meu exterior. Eu posso ser tocado tremendamente pelo poder e não entrar para uma vida de santidade. Mas quando alguém é envolvido pela presença de Deus e impactado pela sua glória; essa pessoa abandona o pecado e procura viver uma vida de santidade, uma vida de integridade na presença de Deus.

A presença de Deus afeta e transforma a vida de uma pessoa; já o poder de Deus necessariamente não transforma a vida de uma pessoa. A pessoa poderá experimentar um êxtase. Um momento glorioso.
Na Bíblia há diversos exemplos: O povo de Israel, por exemplo, viu o poder de Deus se manifestando através das 10 pragas, uma visitação tremenda...  O povo viu o poder de Deus no deserto, viu o maná caindo do céu, a coluna de fogo, a nuvem, a água fluindo da rocha. Que maravilha! Eles viram o poder de Deus no deserto, mas mesmo assim continuaram rebelando-se e murmurando contra Deus, inclusive fabricaram um bezerro de ouro e o adoraram e queimaram incenso ao bezerro de ouro. Que povo rebelde! Eles saíram do Egito, o mar se abriu para eles passarem em terra seca, eles vira o exercito do Faraó ser sucumbido pelas águas do Mar Vermelho, comeram o maná no deserto, foram guiados pela nuvem, beberam da água que saiu da rocha, e mesmo assim continuaram no pecado e nas práticas do povo pagão. Esse povo se relacionou muito bem com o poder de Deus, mas não atentaram para a presença de Deus em suas vidas.

Nossas igrejas atualmente estão cheias de crentes que tem buscado o poder de Deus, que querem unção, mas tão poucos crentes estão interessados na presença de Deus, na intimidade com Deus Tão poucos irmãos querem ser afetados no íntimo a ponto de se separem do mundo e do pecado a fim viverem para Deus. Que lastima!

O poder de Deus tem nos abençoado tremendamente, tem dissipado as circunstancias ruins, mas não tem afetado os nossos corações. Ele chega ao exterior e atinge qualquer pessoa, mas não chega ao íntimo para promover transformações. Nossas atitudes continuam as mesmas, continuamos amando o mundo e as coisas que há no mundo do que a presença inefável do Pai.

Existe uma grande diferença entre experimentar o poder de Deus e a presença de Deus. Podemos experimentar o poder de Deus e não mudar as nossas vidas. Mas quando experimentamos a presença... A glória de Deus, nós somos influenciados por sua santidade. E assim há uma mudança em nossas vidas.

A maneira de viver, de trabalhar, de negociar, de lidar com as pessoas, com a família, com os problemas, muda. Porque somos impactados e influenciados pela presença de Deus em nossas vidas. A presença de Deus altera o nosso viver, altera o nosso comportamento. Só marcar presença nos cultos não nos torna melhores, muito menos homens ou mulheres de Deus.
Precisamos buscar o poder de Deus, pois ele muda as circunstancias difíceis, destrói amarras, liberta das correntes do maligno... Mas a presença de Deus muda o nosso interior e nos torna vencedores em qualquer circunstancia.

Os discípulos de Jesus viram e conviveram com o poder por três anos. Eles contemplaram o poder de Deus multiplicando pães e peixes; viram o poder de Deus transformar água em vinho; presenciaram o poder de Deus quando o cego Bartimeu começou a ver; Eles contemplaram a glória de Deus quando Lazaro saiu do tumulo depois de três dias; eles admiraram-se com a libertação de várias pessoas... Enfim, eles viram muitos milagres, fruto das manifestações do poder de Deus. Mas mesmo assim continuaram tropeçando, errando.  Somente depois que eles foram tocados pela presença de Deus, a partir dai foram transformados. Quando Espírito Santo veio e começou habitar neles, a glória de Deus se manifestou em suas vidas. A presença de Jesus era perceptível em suas vidas, devido a transformação que aconteceu no seu interior.
Eles não somente oravam por enfermos e as pessoas eram curadas; eles não somente expulsavam demônios e as pessoas eras libertas; eles não somente realizavam sinais e prodígios... As pessoas viam neles homens e mulheres de Deus porque sentiam a presença de Deus em suas vidas, e a presença de Deus em suas vidas promovia santidade. Oh! Glória.

Há cristãos que convivem maritalmente com a namorada, outros em adultério e fornicação; fazem negócios fraudulentos, compram e não pagam; prometem e não cumprem, mentem... Exercem liderança na igreja... Muitos destes são visitadas pelo poder Deus.
Pessoas que já oraram por enfermos e foram curados, já oraram por pessoas possessas e essas foram libertas, mas de repente estão em ruínas, no pecado... O que está acontecendo? Receber poder só, não basta, é preciso buscar a presença de Deus para receber poder e ser vencedor sobre o pecado.
O mundo carece de homens e mulheres de Deus que os conduza a salvador e não somente a salvação. Não podemos continuar anunciando o evangelho e ao mesmo tempo sendo escândalo e impedindo as pessoas de buscarem a presença de Deus.

Estamos tão contaminados pelo vírus do desempenho que não temos tempo para o bom relacionamento com Deus o Pai. Não estamos dispostos a intimidade, nossa preocupação é o desempenho, por isso vemos pastores e lideres tão preocupados com crescimento a todo custo, até mesmo com práticas mundanas e tolerando o pecado no meio do povo de Deus.

Estamos tão cansados com a busca de resultados que não temos forças e nem motivações para um excelente relacionamento com Deus. Os homens de Deus deveriam buscar relacionamentos, intimidade com Deus para que dele venham os resultados. Estamos fazendo justamente o contrário. Por isso as igrejas estão inchadas, as pessoas anseiam pelo poder, mas não querem a presença do DEUS VIVO.

Pense nisso!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

DEMOCRACIA: A DEUSA DA NOVA ERA





Democracia: a Deusa da Nova Era

Ao escolher o título: “Democracia: o Deus da Nova Era”, eu sabia que ele seria polêmico. Parece que estou menosprezando a democracia. Contudo essa não é, de forma alguma, a minha intenção.
Temos experimentado a democracia como o sistema político que melhor funciona no momento. Ele nos provê com certas liberdades desconhecidas até então na História. A essa altura, não há outro sistema viável comparado à democracia. Mas à medida que a investigamos pela perspectiva bíblica, descobrimos que a democracia, não importa quão boa seja, acabará por dar posse ao Anticristo.
O próprio fato de que estamos hoje experimentando uma inundação de democracia nos fornece mais motivos do que nunca para crermos que a conclusão dos tempos do fim está às portas.
A democracia está nos lábios de todos hoje em dia, especialmente desde a sensacional e inesperada queda da Cortina de Ferro. Não passa um dia sequer sem que algum relato nos telejornais fale algo acerca do progresso da democracia. Alguns a têm chamado de a liberdade última e a libertação da humanidade. Outros dizem que a democracia é o direito dado por Deus para todos sobre a terra.

A Deusa da Democracia

Na China, que ainda está debaixo de governo comunista, a democracia é considerada uma religião. Durante o levante estudantil chinês na Praça Tiananmen, foi exibida uma “Estátua da Liberdade” em papel machê. Ela foi chamada “A Deusa da Democracia”. É isso que eu quero tratar em detalhes, porque uma deusa ou um deus da democracia jamais pode ser aquele Deus da Bíblia que nós cultuamos.

Pense por um instante. Crianças instruídas no comunismo – e seus pais e avós presumivelmente comunistas –, rebelam-se contra o sistema.
Manifestantes ao redor da escultura da Deusa da Democracia na Praça Tiananmen, Beijing, 30 de maio de 1989.
Eles haviam sido bons comunistas, caso contrário não teriam tido permissão de estudar nas universidade chinesas em busca de uma instrução mais elaborada. Ainda assim vemos esses estudantes como sendo os que levantaram essa “deusa da democracia”. Será que eles estavam reconhecendo algo que nós, como nação, temos falhado em reconhecer? Eu creio que sim!
Publicamos um artigo sobre o assunto na revista Notícias de Israel (em inglês) de julho de 1989, e cito partes do artigo aqui:
A esperança por democracia e a tragédia que se seguiu foram alardeadas pela mídia em detalhes. Qual é a importância disso a partir da Palavra profética? Geograficamente, a China está diretamente ao oriente de Israel. Sua participação no cenário dos tempos finais está descrita em Apocalipse 16.12: “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol”.
Embora a China seja um país comunista, eles se separaram do comunismo soviético sob a liderança de Mao Tse Tung. Isso não chegou a ser uma surpresa para os que estudam a Bíblia, porque a China não é categorizada dentro da confederação do norte mencionada pelo profeta Ezequiel, nos capítulos 38 e 39. A China pertence à confederação dos reis do Oriente e, portanto, ao império mundial que está presentemente surgindo na Europa.
Enquanto os levantes nos países do antigo bloco soviético se basearam exclusivamente em razões materialistas e nacionalistas, o levante na China foi diferente porque ele incluiu um fervor religioso conforme claramente expresso na “Deusa da Democracia”.

Democracia em Marcha

Enquanto isso, nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o comunismo do capitalismo. Agora, mais do que nunca, à medida que testemunhamos a democracia se movendo rumo ao Oriente, ao invés do comunismo se movendo rumo ao Ocidente, como por tanto tempo tememos, considera-se que ela é a resposta absoluta a todos os problemas do mundo.
Quem poderá estar no caminho da democracia? Alguns anos atrás, o comunismo era, quem sabe, o sistema mais poderoso do mundo. Geograficamente, mais da metade do nosso planeta e cerca de 65% da sua população era governada por ele.

Nós experimentamos a queda do muro de Berlim, o símbolo que separava o Oriente do Ocidente, e o comunismo do capitalismo.

Agora, com esse perigo à liberdade capitalista não sendo mais uma ameaça real, a democracia está no palco, na frente e bem no centro. É o novo poder do mundo. Estamos nos aproximando da época em que ninguém, absolutamente ninguém, será capaz de se opor à democracia.
Aqui somos relembrados de Apocalipse 13.4: “Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”
Embora nos regozijemos com o fato de que nossos irmãos e irmãs no Senhor na Europa Oriental podem agora ter comunhão com maior liberdade, e estejamos contentes pela liberdade que eles agora têm de viajar para o Ocidente, não podemos permitir que esta alegria nos cegue para o novo perigo que se aproxima. O perigo que agora parece ser tão positivo é um mundo unido sob a democracia.
Mas quem, em sã consciência, poderia se opor a tal progresso? Qual é o problema da fraternidade universal, da unidade global, da paz e da prosperidade? Superficialmente, nada, mas aqueles que diligentemente estudarem as Escrituras saberão exatamente para onde esse desenvolvimento conduzirá.
Virtualmente desde o princípio, os homens têm esperado pela pessoa certa, com o sistema certo, que haverá de conduzir a uma paz e harmonia universais. Mas, os homens têm desejado que isso aconteça em seus próprios termos. Será que a paz e a prosperidade são realisticamente possíveis em nossos dias? Sem hesitação eu responderia “Sim!” Não apenas a paz é possível, mas essa paz poderia vir porque ela foi profetizada pelas Sagradas Escrituras. Sim, haverá paz num nível ainda não conhecido e ela inundará o mundo de tal forma que toda a oposição será eliminada.
No auge do sucesso, entretanto, ela assumirá uma identidade diferente. A máscara cairá e a sua verdadeira natureza será revelada. Ela não apenas se moverá horizontalmente, ou seja, globalmente, mas também se moverá verticalmente, porque os homens vão querer tornar-se como Deus.

A Democracia não Pode Mudar o Coração Maligno

O sucesso da democracia é baseado no intelecto humano. Mas o homem continua tão maligno quanto sempre foi: “ Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).
Sabemos o que aconteceu com os dois primeiros filhos de Adão e Eva. Houve uma discussão e um matou o outro. Desde aquela época, irmão tem guerreado contra irmão. Com absoluta certeza, podemos saber que esse tipo de conflito haverá de continuar. Guerras e rumores de guerra, discussões, insatisfação e rebelião não cessarão até Jesus voltar novamente. Apenas Ele trará a verdadeira paz.
Não devemos esquecer que os sistemas dos governos do mundo, passados ou presentes – quer ditadura, monarquia, democracia, socialismo ou comunismo –, todos prometeram uma vida pacífica e melhor. O alvo de quase todos os políticos jamais mudou – de fato, eles sempre prometeram ao povo: “Paz e prosperidade para o nosso povo, se me eleger...”
Por que, então, temos tantas guerras? A origem da guerra está localizada no ódio. Esse ódio ainda não foi eliminado. Ele ainda está profundamente arraigado no coração de cada pessoa neste mundo, menos das pessoas que foram compradas pelo sangue do Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo. Só então o indivíduo tem a paz verdadeira que excede todo entendimento, e é capaz de vencer o ódio que satura a mente humana.

Ditadura Democrática

O perigo da democracia reside no fato irônico de que ela, em última análise, não tolerará qualquer oposição. A nova democracia mundial dos últimos dias virá a ser, com efeito, uma ditadura mundial.
Encontramos as seguintes definições na parte de “Citações Populares” do Dicionário Enciclopédico Webster da Língua Inglesa:
Democracia simplesmente significa a ameaça do povo, pelo povo, para o povo.
Winston Churchill, o grande estadista britânico, confessou que:
A pior forma de governo é a democracia, mas ela é a melhor que temos.
O que tenciono destacar é que a alegria inebriante que está sendo expressa hoje, devido ao sucesso da democracia, não é, na realidade, motivo para regozijo. Em Apocalipse 16.13-14 lemos o que conduzirá ao fim: “Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso”. Os “espíritos imundos” estão operando poderosamente hoje pelo mundo todo.
Pela primeira vez na história da humanidade, tornou-se possível que um sistema mundial fosse implementado para que a profecia bíblica seja cumprida, o que clara e distintamente nos diz que o mundo todo haverá de se unir. Mas esse não é o alvo final. No fim, um mundo unido há de se preparar para a batalha contra Deus.
A olho nu isso não é visível hoje. Ninguém está falando a respeito de se lutar contra Deus. Nenhuma pessoa em sã consciência sequer chegaria a pensar nisso. Mas as Escrituras que acabamos de ler afirmam categoricamente que os atos miraculosos realizados nas nações do mundo terão um alvo específico: o ajuntamento contra o Deus Todo-Poderoso.

A Batalha do Cristão

Hoje, mais do que nunca, os cristãos precisam se certificar de que sua posição é a de espectadores olhando para o campo político, e não a de competidores com os pagãos. Nosso alvo é servir ao Senhor ressurreto e exaltado, espalhando o Evangelho libertador, e preparando-nos para a volta dEle.

Jamais os cristãos devem se degradar ao ponto de serem atraídos para as coisas que pertencem a este mundo. Nós não devemos crer que estamos no comando, e que através de nossa atitude poderemos produzir paz mundial, justiça e prosperidade.
Sabemos, com certeza absoluta, que Deus está no controle do mundo. Ele elege presidentes, primeiros-ministros, reis e outros funcionários de governo.

Nossa batalha, entretanto, é bem mais importante do que meramente controlar ou influenciar o sistema político. Já que nossa batalha claramente não é contra carne e sangue, o apóstolo Paulo afirma: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)