“A gente não deve se arrepender de nada do que fez”. Uma frase que leva milhões de pessoas a esconder o que de fato está no coração. Quanta gente sofrendo por não admitir os seus erros e na tentativa de escondê-lo se torna amarga e muitas vezes cruel.
Para nossa sorte, Deus usa pessoas para nos despertar e abrir o coração, a fim de que haja paz interior. Ouvindo uma música da cantora e compositora Fernanda Brum, despertei para algo que a igreja evangélica brasileira necessita urgentemente. Observe a letra da música:
Me arrependo Por ter manchado o Teu altar
Eu me arrependo Por ter Envergonhado o Teu nome
Me arrependo Por impedir o Teu fluir E por negociar a Tua unção
Me sinto tão arrependido Vem lavar os meus vestidos Restaurar a minha honra de ser servo
A letra dessa música nos leva a uma atitude conclamada pelo profeta Joel no período pós exílio babilônico.
Joel, 2:12-16: "... Agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene; congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo".
Joel, 2:12-16: "... Agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene; congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo".
A nação de Israel, tinha saído do cativeiro e estava vivendo o tempo de reconstrução nacional. Deus não somente havia os livrado do cativeiro babilônico, mas estava abençoando-os para reconstruir suas vidas na terra que o Senhor prometeu abençoa-los. Mas o povo de Israel tinha dificuldade de obedecer a Deus. Eles não conseguiam permanecer muito tempo servindo a Deus. E tinham uma forte tendência à idolatria. Ao longo da história do povo de Israel, por diversas vezes Deus os repreende por meio de Moisés e dos profetas. E pouquíssimas vezes o povo se arrependeu e voltou-se para o Senhor. Era costume do povo, ao demonstrar arrependimento, rasgavam as vestes e se cobriam com pano de saco como sinal de humilhação. Alguns exageravam caiam com rosto em terra. Um ritual comum para o povo de Deus no passado.
No livro de Joel, Deus vê a situação do povo e repreende-os. Joel, a principio descreve a destruição da terra de Judá devido ao ataque de demônios metaforicamente apresentados no livro de Joel pela figura de gafanhotos. (Cortador, migrador, devorador e destruidor). A única maneira do povo restaurar completamente os seus bens e viver feliz na terra da promessa, seria através do arrependimento verdadeiro.
O profeta levanta a voz e conclama o povo a voltar para Deus através do arrependimento verdadeiro. Joel apresenta uma alternativa que vai além do ritual na tentativa de alcançar misericórdia. Embora profeta, ele não determina a benção, pelo contrário, “arrependam-se e quem sabe Deus terá misericórdia de vocês”. E esse arrependimento não significa rasgar as roupas luxuosas, vestir-se de pano de saco, por o rosto no pó... Não, isso era um ritual superficial, muitas vezes apenas aparente para impressionar os outros. Mas o profeta conclama “rasgai o coração quem sabe Deus terá misericórdia”. O povo precisava de mais uma chance para ver a glória de Deus, de mais uma chance para restaurar o que perdeu, precisava de mais uma chance para ser feliz na terra que mana leite e mel. (Na terra da fartura e felicidade).
O pecado seja ele qual for é repugnante para Deus; e permanecer no pecado anula o sacrifício de Jesus na cruz pelos nossos pecados. O pecado praticado por pessoa ou nação traz conseqüências. Deus jamais vai compactuar com o pecado. E todo ato pecaminoso tem o seu preço. E somente com arrependimento verdadeiro, Deus poderá mudar de idéia. E creio que ele muda porque é Deus amoroso, misericordioso, não deseja e nem tampouco quer o mal para você e para mim. Nós estávamos nos planos de Deus, antes mesmo da criação do universo. Quem seria seu pai, sua mãe, a data do seu nascimento estava agenda do Senhor Deus, antes da fundação do mundo. E eu não aceito que esse Deus, que tem planos para a minha vida milhões de anos antes de eu nascer, queira o meu mal. Mas como disse o profeta Isaías: “A mão do Senhor não está encolhida, nem seus ouvidos surdos para que não possa ouvir. Mas as vossas iniqüidades vos separam do vosso Deus”. (Isaías, 59:1-2) Deus nos deu o poder de escolher e decidir o que queremos. O problema está nas escolhas e decisões que tomamos. Disso depende a nossa vida e o nosso futuro.
Eis a necessidade de conversão. Ou seja, mudança de vida, mudança de rumo. E essa mudança necessita de arrependimento verdadeiro. Não apenas de ritual. Pessoas vão a Igreja, confidenciam para um sacerdote suas traquinagens, recebem uma pequena penitencia e continuam com o pecado. Temporariamente aliviados por que seguiram o ritual da tradição. Outros vão a igreja evangélica e fazem uma oração superficial “me perdoa dos meus pecados”, generalizando-os, sem citar o nome deles, saem dali e não procuram as pessoas que os mesmos ofenderam, que maltrataram, que caluniaram, que enganaram, que roubaram, que mentiram... Deus não aceita apenas o ritual, Deus está em busca de pessoas que tem prazer no arrependimento. Pessoas que estão dispostas a rasgar o coração. Quer um exemplo: Zaqueu. Quando ele se arrependeu: “Senhor se fraudei alguém, quero devolver quatro vezes mais”. Zaqueu admitia o seu erro e estava disposto a corrigir. Quer outro exemplo? A mulher adúltera, coitada, foi exposta pelos fanáticos, não abriu a boca para entregar o fanático que adulterou com ela; não deu explicações do porque caiu no erro. Poderia ter culpado o marido de ser uma pessoa ausente... Ela simplesmente esperou a reação do salvador. “Ninguém te condenou? Eu tampouco te condeno, vai e não peques mais”.
Quando ouço a música “Me arrependo” de Fernanda Brum sou levado a um arrependimento verdadeiro: “Me arrependo de por ter manchado o teu altar”; Isso é profundo. Quantas pessoas deveriam fazer essa oração. Pastores, líderes, cantores... A síndrome de Lúcifer tem contaminado muitos pastores e líderes que não abrem mão de ser estrelas, de pecados ocultos. Pecados que mancham o altar do Senhor, mas para atrair a multidão constroem palcos ao invés de altar, apenas para shows. Perdoa-nos Senhor!
Me corta o coração, ver músicos louvando a Deus, cantando hinos tremendos de adoração, mas não abandonam a prática do adultério, a mentira, o engano... O Altar está manchado. E a adoração não consegue sair da atmosfera de alcance do som.
“Arrependo-me por ter envergonhado o teu nome” Quanto mau testemunho, quanto escândalo, quanta contenda, quanta rebeldia, quanta fofoca, falsidade no seio da igreja evangélica brasileira... Queridos Deus quer levantar um povo santo... Deus quer restaurar a sua e minha família... Deus quer destruir as barreiras que nos impedem de viver feliz nesta terra. Deus tem promessas para o Brasil Mas precisamos de arrependimento verdadeiro, conversão sincera. Mudar de religião, de placa de igreja, não resolve. Temos que mudar o coração... A maneira de viver. Nossas atitudes dão legalidade ao inimigo para impedir o avanço do reino de Deus.
“Me arrependo de impedir o teu fluir e negociar a tua unção”. Que tremendo! Quão maravilhoso seria se pudéssemos abrir o coração agora em arrependimento verdadeiro.
Estamos vivendo o tempo do fluir do Espírito Santo. Ele está sendo derramado conforme a promessa do Senhor à Joel, porém, o povo de Deus, com o pecado, impede o fluir do Espírito Santo. E muitas vezes nossos templos estão cheios de gente fracassada, desesperada, faminta... Porém vazias de Deus. E nossa condição, nossa ligação com o mundo impede as pessoas e até nós mesmos de ver a glória de Deus se manifestar.
Quantos profetas receberam o dom sobrenatural e agora negociam a unção de Deus. Pregam o que o rebanho quer ouvir, temem corrigir o erro, porque isso pode afastar “os irmãos”; anunciam profecias que agradam o pecador; bajulam o ímpio tentando benefício; fazem barganhas em nome do Deus verdadeiro e passam à impressão de que o Senhor está aprovando tudo o que fazemos.
Fernanda Brum conclui: “Me sinto arrependido, vem lavar os meus vestidos restaurar a minha honra de ser servo”. Estamos dispostos a fazer esta confissão? Ou vamos continuar no ritual da tradição superficial?
“... Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar. Pois agora escolhi e consagrei esta casa, para que nela esteja o meu nome para sempre; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração perpetuamente. II Crônicas, 7:14-16.
Pense nisso e recomende aos seus amigos.
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