O apóstolo Paulo, que nos deu as características mais
descritivas dos “últimos dias”, chamou-os de “tempos difíceis” –
particularmente ao descrever os costumes da humanidade durante os últimos dias
da Igreja um pouco antes do retorno de Cristo (2 Tm 3). Ele usou termos como “egoístas,
avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio
de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos
dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder...” (2 Tm 3.2-5).Poderíamos passar semanas apenas
ilustrando tais comportamentos olhando as páginas de qualquer jornal, desde o
caderno dos esportes até o das celebridades.
No entanto, este é somente um dos sinais visíveis do fim.
Nosso Senhor, em Sua maravilhosa profecia sobre os últimos dias, ilustrou estes
dias começando com uma guerra mundial iniciada por nações que entraram em
conflito, no qual se envolveram os reinos do mundo (Mt 24.1-8 e Lc 21.7-36).
Creio que isso começou com o que os historiadores chamam de “I Guerra Mundial”,
de 1914 a 1918, quando o arquiduque da Áustria foi assassinado por um sérvio, e
outras nações do mundo entraram no conflito até que todos os países estavam
oficialmente envolvidos ou enviando mercenários para lutar em um dos lados. Em
ambas as passagens, nosso Senhor disse que a guerra seria apenas uma parte dos
sinais, pois aconteceriam também “grandes terremotos, epidemias e fome em
vários lugares (ou seja, ao mesmo tempo), coisas espantosas e também
grandes sinais do céu” (Lc 21.11). Estas coisas começaram a ocorrer quase
um século atrás e têm transformado a face do nosso mundo. Na I Guerra Mundial,
um dos destaques dos EUA foi um atirador de elite do Kentucky que se distinguiu
nos campos de batalha da Europa. Apenas meio século mais tarde, eles
desenvolveram a bomba atômica, que matou quase 150.000 pessoas em um único dia.
Ela acabou forçando o Japão, que havia declarado guerra contra a América, a se
render e assim finalizar a terrível II Guerra Mundial.
“haverá homens que
desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo;
pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.26).
Mas os sinais do fim não se encerraram. Os grandes
líderes do mundo, no afã de ter “paz mundial”, fundaram as Nações Unidas.
Muitos deles nem imaginavam que estavam montando o palco para o Anticristo e
seu sistema governamental mundial. Esse sistema irá reger o mundo durante os
sete anos de tribulação que Daniel, o grande profeta hebreu, predisse para o
tempo que antecede a Gloriosa Aparição de Cristo para estabelecer Seu Reino
Milenar que introduzirá verdadeira paz mundial.
Com toda a probabilidade, os comunistas secretos dentre
os grandes planejadores mundiais (como Alger Hiss e outros que prepararam a
Carta da ONU, que sempre favoreceu os comunistas e socialistas) redigiram um
documento que suga os recursos financeiros dos Estados Unidos [para a
manutenção da entidade mundial]. Os EUA são a única nação que tem sido capaz de
preservar ao menos certo período de paz. Em minha opinião, a ONU só fez uma
coisa boa: o breve cumprimento de uma profecia bíblica em 1948, quando aceitou
oficialmente o pequeno Estado de Israel como uma nação estabelecida. No
entanto, isso também aconteceu em “tempos difíceis” ou “turbulentos”, como foi
predito nas profecias. O que poderia ter sido uma grande bênção para o mundo
tornou-se, em vez disso, um tempo de sofrimento para milhões – exceto para
aqueles que fazem parte da manipulação do adversário nos acontecimentos
mundiais. Isso comprova mais uma vez que sem Deus o homem é incapaz de produzir
“justiça social”, a respeito da qual ouvimos tanto hoje em dia. Sem Deus, o
homem não pode fazer nada!
Na última metade do século passado ocorreram muitos dos sinais
a que nosso Senhor se referiu em ambas as afirmações feitas no Monte das
Oliveiras nos momentos finais de Seu ministério (Mt 24 e Lc 21). Eu chamo esses
sinais de astrológicos, pois envolvem “sinais no sol, na lua e nas
estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do
bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela
expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão
abalados” (Lc 21.25-26).
Não é de se admirar que tenha aumentado o número de
leigos que perguntam: “Estamos muito pertos da vinda do Senhor?”, ou: “São
estes os sinais dos últimos dias?”, e assim por diante. De fato, nos últimos
dois meses, em algumas de nossas conferências proféticas, tenho ouvido mais dessas
perguntas do que a pergunta que se fazia anteriormente: “O atual presidente dos
EUA é o Anticristo?”. E sempre, como tenho escrito, respondia com um NÃO,
porque ele não tem a nacionalidade correta! Daniel predisse que o Anticristo
será um romano (Dn 9.26-27).
Há um princípio que a maioria dos eruditos em profecia
realça no Sermão de Jesus no Monte das Oliveiras após a conclusão da primeira
etapa de sinais: I Guerra Mundial, fomes, epidemias e terremotos em vários
lugares ao mesmo tempo. Ele disse: “porém tudo isto [as quatro partes
do primeiro sinal] é o princípio das dores” (Mt 24.8). Jesus utilizou
uma expressão hebraica familiar comparando esses sinais com uma mulher no
princípio das dores do parto. Quando uma mulher sente as primeiras dores do
iminente nascimento de sua criança, ela não vai correndo para a maternidade. Em
vez disso, ela espera pelas dores que ainda virão. Em um primeiro momento, elas
geralmente são esporádicas, porém, quanto mais próximo do nascimento, as dores
se tornam mais frequentes e mais intensas. Os médicos dizem às suas pacientes
que se as dores ocorrerem em um intervalo de três minutos durante mais ou menos
dez minutos elas devem ir imediatamente para a maternidade.
“Vigiai, pois, a
todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de
suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36).
Assim será com os sinais do “fim” ou a vinda de Cristo. A
primeira dor de parto é apenas a primeira dor. Depois, haverá outras dores ou
sinais e eles aumentarão em freqüência e intensidade. É o que vemos hoje. Não
vi o primeiro sinal em 1914-18, pois nasci doze anos mais tarde. Mas li sobre
aquelas quatro partes daquele primeiro sinal e sobre a primeira tentativa de
formar um governo mundial no ano seguinte: a criação da Liga das Nações e a
revolução bolchevique que transformou a Rússia numa superpotência, como
Ezequiel predisse nos capítulos 38-39. Temos visto como o Estado de Israel foi
criado em 1948 e tem sido um lugar “turbulento” até os dias atuais, e como os
filhos árabes de Ismael, os vizinhos de Israel, têm sido seus inimigos
implacáveis, jurando que alcançarão sua destruição.
Esses eventos impressionantes são miraculosos, mostrando
claramente como a profecia bíblica é, de fato, confiável. A Rússia não era nada
no cenário mundial até que os comunistas bolcheviques assumiram o controle;
hoje a Rússia é a primeira ou segunda nação mais perigosa no mundo. E, pela
primeira vez, ela é aliada dos filhos de Ismael, compartilhando um ódio mútuo
pelo povo escolhido que por milagre tornou-se uma nação. Pois nenhum povo na
história conseguiu sobreviver fora de sua terra natal por mais de 300 anos,
exceto Israel. Esse povo foi espalhado ao redor do mundo por mais de 1900 anos
e deveria ter desaparecido. Contudo, ele resistiu a perseguições cruéis e
tentativas de extinção, e acabou voltando à sua terra no século passado, como
Deus havia dito. Agora são quase 6 milhões na terra que Deus lhes prometeu como
lembrete perpétuo de como Ele mantém Sua Palavra.
Conclusão
Então, o que aprendemos disso tudo? Muito simples: que
Jesus está voltando para arrebatar Sua Igreja e isso pode acontecer muito em
breve. As Suas palavras não poderiam ser mais oportunas: “Passará o céu e
a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos,
para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências
da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia
não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos
os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando,
para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé
na presença do Filho do Homem” (Lc 21.33-36).
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