terça-feira, 19 de junho de 2012

O apóstolo Paulo, que nos deu as características mais descritivas dos “últimos dias”, chamou-os de “tempos difíceis” – particularmente ao descrever os costumes da humanidade durante os últimos dias da Igreja um pouco antes do retorno de Cristo (2 Tm 3). Ele usou termos como “egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder...” (2 Tm 3.2-5).Poderíamos passar semanas apenas ilustrando tais comportamentos olhando as páginas de qualquer jornal, desde o caderno dos esportes até o das celebridades.

No entanto, este é somente um dos sinais visíveis do fim. Nosso Senhor, em Sua maravilhosa profecia sobre os últimos dias, ilustrou estes dias começando com uma guerra mundial iniciada por nações que entraram em conflito, no qual se envolveram os reinos do mundo (Mt 24.1-8 e Lc 21.7-36). Creio que isso começou com o que os historiadores chamam de “I Guerra Mundial”, de 1914 a 1918, quando o arquiduque da Áustria foi assassinado por um sérvio, e outras nações do mundo entraram no conflito até que todos os países estavam oficialmente envolvidos ou enviando mercenários para lutar em um dos lados. Em ambas as passagens, nosso Senhor disse que a guerra seria apenas uma parte dos sinais, pois aconteceriam também “grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares (ou seja, ao mesmo tempo), coisas espantosas e também grandes sinais do céu” (Lc 21.11). Estas coisas começaram a ocorrer quase um século atrás e têm transformado a face do nosso mundo. Na I Guerra Mundial, um dos destaques dos EUA foi um atirador de elite do Kentucky que se distinguiu nos campos de batalha da Europa. Apenas meio século mais tarde, eles desenvolveram a bomba atômica, que matou quase 150.000 pessoas em um único dia. Ela acabou forçando o Japão, que havia declarado guerra contra a América, a se render e assim finalizar a terrível II Guerra Mundial.

haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.26).

Mas os sinais do fim não se encerraram. Os grandes líderes do mundo, no afã de ter “paz mundial”, fundaram as Nações Unidas. Muitos deles nem imaginavam que estavam montando o palco para o Anticristo e seu sistema governamental mundial. Esse sistema irá reger o mundo durante os sete anos de tribulação que Daniel, o grande profeta hebreu, predisse para o tempo que antecede a Gloriosa Aparição de Cristo para estabelecer Seu Reino Milenar que introduzirá verdadeira paz mundial.

Com toda a probabilidade, os comunistas secretos dentre os grandes planejadores mundiais (como Alger Hiss e outros que prepararam a Carta da ONU, que sempre favoreceu os comunistas e socialistas) redigiram um documento que suga os recursos financeiros dos Estados Unidos [para a manutenção da entidade mundial]. Os EUA são a única nação que tem sido capaz de preservar ao menos certo período de paz. Em minha opinião, a ONU só fez uma coisa boa: o breve cumprimento de uma profecia bíblica em 1948, quando aceitou oficialmente o pequeno Estado de Israel como uma nação estabelecida. No entanto, isso também aconteceu em “tempos difíceis” ou “turbulentos”, como foi predito nas profecias. O que poderia ter sido uma grande bênção para o mundo tornou-se, em vez disso, um tempo de sofrimento para milhões – exceto para aqueles que fazem parte da manipulação do adversário nos acontecimentos mundiais. Isso comprova mais uma vez que sem Deus o homem é incapaz de produzir “justiça social”, a respeito da qual ouvimos tanto hoje em dia. Sem Deus, o homem não pode fazer nada!

Na última metade do século passado ocorreram muitos dos sinais a que nosso Senhor se referiu em ambas as afirmações feitas no Monte das Oliveiras nos momentos finais de Seu ministério (Mt 24 e Lc 21). Eu chamo esses sinais de astrológicos, pois envolvem “sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lc 21.25-26).

Não é de se admirar que tenha aumentado o número de leigos que perguntam: “Estamos muito pertos da vinda do Senhor?”, ou: “São estes os sinais dos últimos dias?”, e assim por diante. De fato, nos últimos dois meses, em algumas de nossas conferências proféticas, tenho ouvido mais dessas perguntas do que a pergunta que se fazia anteriormente: “O atual presidente dos EUA é o Anticristo?”. E sempre, como tenho escrito, respondia com um NÃO, porque ele não tem a nacionalidade correta! Daniel predisse que o Anticristo será um romano (Dn 9.26-27).

Há um princípio que a maioria dos eruditos em profecia realça no Sermão de Jesus no Monte das Oliveiras após a conclusão da primeira etapa de sinais: I Guerra Mundial, fomes, epidemias e terremotos em vários lugares ao mesmo tempo. Ele disse: “porém tudo isto [as quatro partes do primeiro sinal] é o princípio das dores” (Mt 24.8). Jesus utilizou uma expressão hebraica familiar comparando esses sinais com uma mulher no princípio das dores do parto. Quando uma mulher sente as primeiras dores do iminente nascimento de sua criança, ela não vai correndo para a maternidade. Em vez disso, ela espera pelas dores que ainda virão. Em um primeiro momento, elas geralmente são esporádicas, porém, quanto mais próximo do nascimento, as dores se tornam mais frequentes e mais intensas. Os médicos dizem às suas pacientes que se as dores ocorrerem em um intervalo de três minutos durante mais ou menos dez minutos elas devem ir imediatamente para a maternidade.

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36).

Assim será com os sinais do “fim” ou a vinda de Cristo. A primeira dor de parto é apenas a primeira dor. Depois, haverá outras dores ou sinais e eles aumentarão em freqüência e intensidade. É o que vemos hoje. Não vi o primeiro sinal em 1914-18, pois nasci doze anos mais tarde. Mas li sobre aquelas quatro partes daquele primeiro sinal e sobre a primeira tentativa de formar um governo mundial no ano seguinte: a criação da Liga das Nações e a revolução bolchevique que transformou a Rússia numa superpotência, como Ezequiel predisse nos capítulos 38-39. Temos visto como o Estado de Israel foi criado em 1948 e tem sido um lugar “turbulento” até os dias atuais, e como os filhos árabes de Ismael, os vizinhos de Israel, têm sido seus inimigos implacáveis, jurando que alcançarão sua destruição.

Esses eventos impressionantes são miraculosos, mostrando claramente como a profecia bíblica é, de fato, confiável. A Rússia não era nada no cenário mundial até que os comunistas bolcheviques assumiram o controle; hoje a Rússia é a primeira ou segunda nação mais perigosa no mundo. E, pela primeira vez, ela é aliada dos filhos de Ismael, compartilhando um ódio mútuo pelo povo escolhido que por milagre tornou-se uma nação. Pois nenhum povo na história conseguiu sobreviver fora de sua terra natal por mais de 300 anos, exceto Israel. Esse povo foi espalhado ao redor do mundo por mais de 1900 anos e deveria ter desaparecido. Contudo, ele resistiu a perseguições cruéis e tentativas de extinção, e acabou voltando à sua terra no século passado, como Deus havia dito. Agora são quase 6 milhões na terra que Deus lhes prometeu como lembrete perpétuo de como Ele mantém Sua Palavra.

Conclusão

Então, o que aprendemos disso tudo? Muito simples: que Jesus está voltando para arrebatar Sua Igreja e isso pode acontecer muito em breve. As Suas palavras não poderiam ser mais oportunas: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.33-36).

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