"O casamento tem suas leis e princípios" Ele
tem sua lógica e embora não seja um relacionamento regido por ciências exatas,
tem muita coisa semelhante com a matemática. Encontramos no casamento as quatro
equações da matemática.
Em primeiro lugar, iniciemos com a subtração. O casamento começa com a
subtração. É quando o homem deixa seu pai e sua mãe para unir-se à sua mulher.
A soma no casamento começa com uma subtração. Primeiro se deixa para depois se
unir. Os pais precisam liberar os filhos para que eles verdadeiramente batam
asas do ninho e comecem uma nova jornada na vida. Os pais podem e devem
aconselhar os filhos, mas não interferir na vida deles depois de casados. Os
filhos precisam cortar o cordão umbilical dos pais a fim de que não fiquem
dependentes emocional e financeiramente depois do casamento. Unir-se sem antes
deixar pai e mãe é uma conspiração contra o propósito de Deus para o casamento.
O casamento precisa ter legalidade antes de união física. Ele é um contrato social
antes de ser uma união conjugal. A primeira equação no casamento é a subtração,
o deixar pai e mãe.
Em segundo lugar, prossigamos com a adição. O homem depois que deixa pai e mãe
deve unir-se à sua mulher. Essa união é indivisível e indissolúvel. É uma união
de sonhos, alvos, propósitos bem como uma união física. No casamento o homem e
a mulher se tornam uma só carne. Na criação Deus de um fez dois, mas no
casamento Deus de dois fez um. O casamento é uma adição misteriosa, pois dois
seres tão diferentes se amalgamam num relacionamento místico e estreito a tal
ponto do apóstolo Paulo afirmar que aquele que ama a sua esposa a si mesmo se
ama, pois ninguém jamais odiou a sua própria carne. O casamento é adição
constante de amor, afeto e respeito. No casamento quando você adiciona, você
recebe de volta multiplicadamente seja o bem ou o mal. É o princípio da
semeadura. O que você planta você colhe. Colhe a mesma semente que plantou e em
maior quantidade.
Em terceiro lugar, continuemos com a multiplicação. Um casamento que passou
pela subtração e adição é completo em si mesmo, porém, Deus ainda nos dá a
graça de empregarmos a multiplicação. Através dos filhos o casal não apenas
enche sua aljava, mas também multiplica seus sonhos. Os pais vêem a perpetuação
de sua semente, do seu nome, de seus sonhos através dos filhos. Eles são
herança de Deus e flechas nas mãos do guerreiro. Eles são como rebentos da
oliveira que continuam dando frutos quando o tronco já está tombando. O
casamento abre os horizontes da esperança para o mundo, pois ao mesmo tempo em
que uns estão encerrando a carreira, outros estão começando; enquanto uns estão
descendo a ladeira da vida, outros estão subindo sua colina, cheios de
esperança.
Em quarto lugar, terminemos com a divisão. No casamento não acumulamos, mas
repartimos. Não queremos tudo para nós, mas dividimos o que temos com alegria.
No casamento devemos investir mais do que cobrar; dar mais do que receber;
repartir mais do que reter. No casamento não existe espaço para o egoísmo centralizador.
O amor não é centrado no eu, mas no outro. O amor não visa seus próprios
interesses, mas busca a realização da pessoa amada. Quem ama dá. Quem ama
reparte. Quem ama divide o que tem. Na matemática quando dividimos o que temos,
ficamos com um saldo menor; mas, no casamento, quanto mais repartimos maior é o
nosso saldo. Quanto mais investimos nos outros, mais recebemos. Na matemática
do casamento é preciso deixar para se unir. É preciso unir para multiplicar. É
preciso dividir para continuar crescendo.
Fonte: Hernandes Dias Lopes
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