"John Piper definiu jejum como fome de Deus."
Nossa maior necessidade não são das bênçãos de Deus, mas
do Deus das bênçãos. Nossa alma tem fome e sede de Deus. Deus colocou a
eternidade em nosso coração. Só o Deus eterno pode dar pleno significado à
nossa vida e satisfazer a nossa alma. Ambos, comer e jejuar devem ser feitos
para a glória de Deus (1 Co 10:31). O comer lembra-nos os dons de Deus, o
jejuar lembra-nos o Deus doador. Jejum é privar-nos do pão da terra, para
alimentar-nos com o pão do céu. Quando nós comemos, nós testamos o emblema do
alimento celestial, o Pão da Vida. E quando nós jejuamos, nós dizemos, “Eu amo
a realidade acima do emblema.”
O maior inimigo da fome de Deus não é veneno, mas uma torta de maça. Muitas
vezes, o que nos priva da fome de Deus não é o veneno do mal, mas os simples
prazeres da terra (Lc 8:14; Mc 4:19). “Os prazeres desta vida” e “os desejos
por outras coisas” – não são necessariamente coisas más em si mesmas. Não são
vícios. São dons de Deus. Essas coisas podem ser a nossa refeição básica,
leitura, viagens, negócios, televisão, Internet, compras, exercícios, esportes,
e casamento. Todas essas coisas boas em si mesmas podem ser mortais substitutos
de Deus para a nossa alma. Coisas boas podem fazer grandes estragos em nossa
vida espiritual. Bois, campos e casamento podem manter você fora do Reino dos
céus (Lc 14:17-20). Nada deve se interpor no caminho do verdadeiro discipulado,
nem coisas más, nem coisas boas, nem alimento, nem qualquer outra coisa.
Nosso amor por Deus é provado não apenas por palavras, mas sobretudo, pelo
sacrifício. Realmente temos fome por Deus? Sentimos saudade de Deus? Ou temos
começado a estar contentes apenas com os seus dons? Richard Foster diz que mais
do que qualquer outra disciplina, o jejum revela as coisas que nos controlam. O
jejum revela a medida do domínio do alimento, da televisão, do computador, ou
qualquer outra coisa sobre nós, que sempre e sempre está aplacando a nossa fome
de Deus.
Quanto mais profundamente nós andamos com Cristo, mais fome de Cristo nós
sentimos, mais saudade do céu nós sentimos, mais desejo da plenitude de Deus
nós temos. Quanto mais jejuamos, mais sentimos o sabor do pão céu, mais
desejamos o domínio do céu sobre a nossa vida na terra, mais desejamos que o
Reino de Deus seja estabelecido em nosso coração. Se nós não estamos sentindo
intenso desejo da manifestação da glória de Deus em nossa vida, não é porque
nós já temos bebido o suficiente das fontes de Deus, mas porque estamos nos
alimentando apenas das mesas do mundo. É tempo de jejuar! O jejum é o maná do céu
para a nossa alma. Através dele humilhamo-nos diante do trono do Deus vivo.
Através dele voltamo-nos de coração para o Senhor. Através dele somos
fortalecidos com poder. Através dele podemos ver a restauração e o
despertamento da nossa igreja. Através dele participamos dos banquetes de Deus
e saboreamos as doces iguarias do céu!
Fonte: Hernandes Dias Lopes
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