domingo, 14 de fevereiro de 2010

PREFIRO OS PRINCIPIOS DE DEUS


A origem do carnaval é um assunto controverso. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dois mil anos antes de Cristo. Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas. Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã. Hiram Araújo, em seu livro “Carnaval”, relata que a origem das festas carnavalescas não tem como ser precisamente estabelecida, mas que está relacionada aos cultos agrários, às festas egípcias e, mais tarde ao culto a Dionísio, ritual que acontecia na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C.

Uma coisa, porém é comum a todos: o carnaval tem sua história, como todas as grandes festas, ligada a fenômenos astronômicos ou da natureza. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.

A palavra carnaval também apresenta diversas versões e não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que o termo carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma que era um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos, dentre eles, a carne.

Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de currus navalis, expressão anterior ao Cristianismo, que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma.

O Carnaval é uma festa anual que promove desfiles suntuosos e arrebata multidões para as ruas percorrerem as principais avenidas atrás de um carro de som (trio elétrico) ou dentro de um clube, extravasando suas emoções e suas paixões carnais, promovendo comilanças, extravagâncias, sensualidade, erotismo, exibicionismo e culto ao corpo, liberalidade sexual (orgias = sexo desenfreado, sem compromisso, sem culpa e sem pudor), uso desenfreado de álcool e demais drogas (cocaína, êxtase, LSD, maconha, lança-perfume, crack, heroína, anfetaminas, alucinógenos, estimulantes, etc) e excessos em geral, além de muita violência e imoralidade.

Em suma, é um ato de total entrega, de transe e êxtase, de liberação de todas as tensões reprimidas e da envolvência absoluta entre o real e o fantástico.

Na opinião de qualquer pessoa que tenha um pouco de senso da moral, de princípios cristãos vai entender que o carnaval como um desempenho de transgressão e inversão do sistema de signos urbanos, desfaz o código cotidiano de relacionamento do sujeito com família e a sociedade onde vive. Na imagem da cidade do carnaval é determinante a sintaxe da obscenidade, da orgia, da perversão simbólica.

O carnaval além de ser uma festa que contamina toda uma cidade, é uma forma de apropriação urbana que altera sensivelmente a imagem, a ordem e os valores que regem e faz o estilo de vida dos outros dias do ano, fazendo da cidade o lugar de uma orgia coletiva. Se a cidade é o centro das operações mercadológicas do capitalismo, durante o ritual carnavalesco, ela é reorganizada, por um urbanismo perverso, para permitir a comercialização, consumismo e o desperdício do erótico, da libido, da violência, materialismo, supérfluo, luxúria e vaidade. A cidade é percorrida pelo lúdico, pela sedução e até pela apelação direta ao sexo livre, como registra as campanhas dos preservativos. Uma estranha cidade portátil é construída dentro da antiga, tendo as barracas de bebidas alcoólicas como principal serviço urbano. Uma multidão consumidora e espetacular e um território fantasmagórico se erguem, subvertendo momentaneamente a aparente racionalidade urbana. Neste audacioso ritual de libertinagem, patrocinado pelo poder e pelo "bom senso" de uma sociedade indiscretamente moralista, a cidade é o palco da sedução e de total entrega, sem pudor, aos prazeres da carne.

Com surgimento do cristianismo, a Igreja Católica transformou alguns desses rituais pagãos em homenagens aos santos, conferindo a eles um caráter sagrado de acordo com os princípios da referida igreja. Vários elementos das antigas festas pagãs foram preservados.

Quando o cristianismo chegou já encontrou as festas, ditas orgiásticas, no uso dos povos. Por seus caracteres libertinos e pecaminosos foram a princípio condenados pela Igreja Católica. Teólogos, doutores e Papas da Igreja Católica, como São Clemente de Alexandria (escritor e doutor da Igreja - 150 - 213 d.C.) TERTULIANO (teólogo romano - Cartago - 155 - 266 d.C., grande pensador polemista dos primeiros séculos da Igreja, combateu tenazmente o relaxamento dos costumes); SÃO CIPRIANO (Bispo e mártir. Padre da Igreja Latina, Cartago, iniciado no século III. Foi decapitado por ocasião das perseguições de Valério); Inocêncio II (Papa-Roma: 1130-1140), entre outros, foram contra o Carnaval.

Foi na Idade Média que a folia se expandiu numa verdadeira orgia, num delírio total e loucuras coletivas. Um pandemônio! Na Itália da Renascença era uma festa de arte; na França, uma festa mística, extravagante e irônica, como a debochada festa dos loucos, diante da Catedral de Notre-Dame, em Paris. Enquanto isso, na Espanha eram realizadas Batalhas de Flores.

Há referências a comemorações na França, com vinho e sexo; na Itália, como é o caso de Nápoles, os cortejos costumavam levar um enorme falo (órgão sexual masculino) pelas ruas da cidade.

A igreja evangélica fundamentada na Bíblia, onde contém os princípios estabelecidos por Deus para o seu povo, prega total abstinência dos desejos carnais. E eu prefiro permanecer observando os princípios de Deus.

Fique na paz e aproveite o feriado para refletir sobre a vontade de Deus para a sua vida.

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