domingo, 30 de dezembro de 2012

Sou fraco, mas meu Deus é forte.


Pr. Lúcio Freire
Isaías, 40:29-31.
1.    DEUS ESCOLHE, ELE CUIDA
O agir de Deus, o cuidado de Deus sobre os seus, não limita a opinião alheia, a nossa fraqueza, medo... Nem tampouco retém a sua mão em detrimento a força do inimigo.
“Ele fortalece os fracos e multiplica as forças daquele que não tem nenhum vigor”. Isaias, 40:29.
“... da fraqueza dos tiraram forças”. Hebreus, 11:34b 
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. Hebreus 11:1.
Homens e mulheres no passado venceram, tiveram experiências gloriosas, porque creram nas promessas do Senhor.
Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. 2 Coríntios 12:10
Quando nos sentimos fracos, sem condições, sem alternativa, num beco sem saída, Deus entra com providencia. “DEUS PROVERÁ”. 
2.    DEUS USA O LOUVOR DOS PEQUENINOS PARA DERROTAR O INIMIGO. 
“Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários para fazeres calar o inimigo e vingador.” Salmo 8:2.
Deus está dizendo a você, silencie diante do seu inimigo ou adversário, mas adore, creia em Deus, pois ela tem prazer de derrotar satanás através de você. Se o diabo ou seus aliados pensam que vão derrotar você, por você ser fraco, pequeno... Deus terá prazer de derrotar o inimigo diante de você. PORQUE ELE É DEUS. 
3.    Nesse novo ano transforme suas fraquezas em vitória
1)     Pare de achar que é autossuficiente, troque sua força pela força divina. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, Isaías, 40:31.
2)     Aproxime-se de Deus em oração, em comunhão através da palavra.
“Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o Senhor, sim o Senhor é a minha força e o meu cântico; e se tornou a minha salvação”. Isaías, 12:2.

FELIZ ANO NOVO

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Deus tem planos para sua vida

Quando Davi encarregou seu filho Salomão de construir o templo, entregou-lhe planos precisos e exatos. Até está escrito: "Deu Davi a Salomão, seu filho... a planta de tudo quanto tinha em mente" (1 Cr 28.11-12a). 
Deus tem um plano para cada um de nós. Os Salmos dizem que Ele manifestou Seus caminhos a Moisés, que teve condições de captar os planos de Deus, de entendê-los e de colocá-los em prática, porque havia cursado a escola do Altíssimo e permanecido nela.
Um construtor que está num terreno e olha para o projeto de construção consegue imaginar a obra que ainda não existe. Essa é sua experiência constante, ele tem prática em ler plantas e em imaginar as obras prontas. 
Infelizmente muitos crentes não fazem isso. Ao invés de procurar saber o que Deus quer, eles se exercitam em preparar os seus próprios planos. Você planeja a construção da sua casa? A compra de um novo automóvel? Planeja sua carreira? O futuro dos seus filhos? Sua aposentadoria? Nada disso é errado. Mas os problemas começam quando essas coisas dominam os nossos pensamentos. O que deveríamos fazer é treinar a nossa mente constantemente a fim de aguçá-la para entender e saber os propósitos de Deus. A passividade no discipulado de Jesus leva à resignação; então não conseguimos mais reconhecer o plano de Deus. 
O discipulado de Jesus pode ser definido como uma contínua permanência na escola de Deus. O Deus vivo sempre nos dará novas tarefas de casa para que cresçamos e aprendamos o que significa ser mensageiros de Cristo. 
Paulo escreve: "Exercita-te, pessoalmente, na piedade" (1 Tm 4.7b). E a Epístola aos Hebreus fala dos "...adultos ...aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas..." (Hb 5.14). Para que possamos dar lugar aos propósitos de Deus em nossos corações, é necessário que nos exercitemos constantemente e com perseverança na disciplina espiritual. Jesus Cristo, o Davi celestial, quer conduzir-nos justamente a este ponto. Isto se manifesta claramente nas instruções do rei Davi a seu filho Salomão: "...conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária! ...sê forte e faze a obra" (1 Cr 28.9-10). Se deixarmos todo o espaço de nossos corações à disposição dos nossos próprios planos, o Deus vivo não poderá desenvolver Seu plano em nós pelo Seu Espírito. Deus está disposto a gravar Seus propósitos em nosso coração pelo Seu Espírito. Mas Ele necessita de espaço para isso, do maior espaço possível – e sem reservas.
 
Nossos próprios planos, que se reflete em nossa alma ou em nosso estado emocional, com frequência são um empecilho para um andar alegre a frutífero na presença do Senhor. Agora o novo ano está diante de nós com todas as suas possibilidades. Qual é o plano de Deus? Quanto mais estivermos cheios do Seu Espírito, tanto mais o Seu plano formar-se-á em nós e por meio de nós, como no caso de Davi, em quem o plano de Deus "estava nele pelo Espírito". Ou para dizê-lo com as palavras de Paulo: "...escrita... pelo Espírito do Deus vivente... em tábuas de carne, isto é, nos corações" (2 Co 3.3). Lembremo-nos sempre disso! (Peter Malgo - http://www.beth-shalom.com.br)

No ano novo tudo vai ser diferente?

"No novo ano tudo vai ser diferente! Vou deixar meus maus hábitos!" Você também tomou resoluções desse tipo, usando a mudança de ano como data para uma virada em sua vida? 
A cada novo ano, muitas pessoas tomam resoluções radicais para suas vidas. A mudança de ano vem acompanhada de uma certa aura de transformação, levando-nos a crer que nessa data será mais fácil romper com maus hábitos e superar fraquezas de caráter. 
O que sobra de todos esses bons propósitos? O que resta das decisões tomadas em datas aparentemente significativas? Talvez alguns se lembrem que no dia 9/9/99 foram realizados muitos casamentos em diversas partes do mundo. E agora certamente os primeiros desses matrimônios já estão desfeitos. Harmonia rompida e promessas de fidelidade não cumpridas levaram ao fracasso. 
Pedro garantiu certa vez a seu Mestre: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei" (Mt 26.35) – mas ele falhou vergonhosamente. Será que o comportamento desse discípulo não espelha nossos próprios propósitos vãos? Será que também nós não falhamos repetidamente? Paulo escreve: "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7.19). Muitos de nós procuram desculpar e minimizar suas falhas, dizendo: "Paulo também era assim..." Mas ele, nessa passagem, procura apenas demonstrar a luta entre o bem e o mal dentro de cada um de nós. Em outras passagens fica muito claro que ele estava empenhado com todas as suas forças em viver uma vida vitoriosa. Paulo prosseguia em direção ao objetivo, em direção a Cristo: "...prossigo para o alvo..." (Fp 3.14). 
No caso de Daniel, a chave para sua vida vitoriosa estava muito bem definida. Ele também chegou ao ponto em que tomou uma resolução: "Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Dn 1.8). Daniel conseguiu colocar sua resolução em prática porque, mesmo sob ameaça de morte, em nenhuma circunstância deixou de orar três vezes por dia ao seu Deus: "três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer" (Dn 6.10b). Esse hábito era algo natural para ele. Mas é justamente nesse ponto que todos os nossos bons propósitos falham. Estamos dispostos, temos o firme propósito de deixar de lado maus hábitos e velhos defeitos. Dizemos a nós mesmos: "A partir de 1º de janeiro vai ser para valer!" Mas falharemos vergonhosamente mais uma vez se apenas deixarmos os maus costumes de lado, sem nos habituarmos a levar uma vida realmente voltada para Deus.
 
Como está nossa relação com Deus? Tornou-se hábito para nós ler Sua Palavra, orar e servi-lO? Acerca de Jesus está escrito: "E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação" (Lc 22.39-40). É nesse sentido que desejo a todos um ano muito abençoado, um ano em que nossos hábitos e costumes nos levem para mais perto de nosso Senhor e Mestre. "Orai, para que não entreis em tentação!" (Peter Malgo - http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Perdoar é lembrar sem sentir dor

 
"O perdão é uma necessidade fundamental da vida." 

A Bíblia diz que Deus perdoa os nossos pecados e deles não mais se lembra. Diz ainda, que devemos perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. O que significa perdoar e não mais se lembrar? Significa, porventura, amnésia? Absolutamente não! Deus não tem amnésia. Deus sabe tudo e jamais fato algum é apagado da sua memória. Mas, então, o que a Bíblia quer dizer que Deus perdoa e esquece? Significa que Deus nunca mais cobra outra vez aquilo que ele perdoou. Deus nunca mais lança em nosso rosto aquilo que confessamos e abandonamos. Assim, também, quando a Bíblia diz que devemos perdoar como Deus e esquecer, não significa que os fatos que nos machucaram serão apagados da nossa memória. Isso é impossível e nem mesmo depende de nós. As coisas vêm à nossa memória querendo nós ou não. Perdoar e esquecer significa lembrar sem sentir dor; significa nunca mais cobrar da pessoa perdoada a mesma dívida. 

O perdão é uma necessidade fundamental da vida. É impossível ter uma vida saudável emocional, física e espiritualmente sem o exercício do perdão. Quem não perdoa não pode orar. Quem não perdoa não pode trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa não pode ser perdoado. Quem não perdoa adoece fisicamente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos e flageladores da consciência. O perdão é até mesmo uma questão de bom senso. Quando guardamos mágoa de alguém, acabamos nos tornando prisioneiros dessa pessoa. Ela nos escraviza e nos mantém em cativeiro. Quando nutrimos mágoa de alguém, esse alguém nos perturba continuamente. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se vamos sair de férias, essa pessoa pega carona conosco. Perdoar é a única maneira de quebrar essas correntes e ficarmos livres. 

O perdão deve ser ilimitado. Jesus nos ensina a perdoar até setenta vezes sete. Essa cifra não é literal. Ela aponta setenta vezes o número sete, o número da perfeição. O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa. Jesus deixou esse fato claro na sua parábola do credor incompassivo. Aquele servo que recebeu um perdão de dez mil talentos não perdoou seu conservo de uma pequena dívida de cem denários. Dez mil talentos é seiscentas mil vezes mais que cem denários. Aquele que havia recebido um perdão seiscentas mil vezes maior negou-se a perdoar alguém que lhe devia uma dívida seiscentas mil vezes menor. O rei, então, lhe entregou aos verdugos até que ele “pagasse” a dívida impagável. Um homem precisaria trabalhar cento e cinquenta mil anos para adquirir dez mil talentos recebendo o salário de um denário por dia. A nossa dívida com Deus é impagável. Por isso, o perdão de Deus é ilimitado. E Jesus foi enfático em afirmar que se não perdoarmos, não seremos perdoados: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.35).

O perdão é o caminho da cura das feridas. É a ponte de reconciliação das relações quebradas. O perdão é o remédio divino para os relacionamentos enfermos. O perdão é o bálsamo do céu para aqueles que andam machucados e feridos pela mágoa. Hoje é tempo de perdoar. Hoje é tempo de pedir perdão. Hoje é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena, maiúscula e abundante.

Os três jardins mais importantes da história

"A história da humanidade começa num jardim, o Jardim do Éden." Lá nossos primeiros pais viveram na inocência, comendo gostosamente de todos os frutos das árvores, exceto o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, desfrutando de plena e íntima comunhão com Deus. Naquele jardim não havia dor nem tristeza. Tudo era belo e encantador. O pecado, porém, entrou no mundo por meio de Adão. Ele desobedeceu a Deus e toda a raça humana caiu em pecado. Adão foi expulso do Jardim e viu a terra produzir espinhos, viu sua mulher dar à luz com dores e viu o trabalho até então deleitoso tornar-se penoso. O Jardim do Éden foi perdido e a raça humana mergulhou numa história de rebelião, tristeza e morte. O pecado de Adão o separou da natureza, de si mesmo, do próximo e de Deus. O pecado trouxe transtornos na natureza, nos relacionamentos humanos bem como na relação com Deus. A partir da entrada do pecado no mundo, a história está marcada por lágrimas, doença, sofrimento e morte. 

A história da humanidade terminará num outro jardim, o Jardim da Cidade Celeste. O jardim perdido será restaurado. Lá não entrará nenhuma maldição. Lá o pecado não penetrará por suas portas. Lá as lágrimas serão enxugadas. Lá o sofrimento, a doença e a morte não entrarão. Nesse Jardim não haverá noite, pois o Cordeiro de Deus é a sua lâmpada. Nesse jardim, o Rio da Vida vai fluir a partir do Trono de Deus. Nesse jardim, os que foram expulsos por causa do pecado, e agora, estão lavados pelo sangue do Cordeiro e vestidos de vestiduras brancas entoarão um novo cântico àquele que está assentado no trono. Nesse Jardim reconquistado teremos um novo corpo, cheio de glória, como o corpo da glória de Deus. Nesse jardim viveremos e reinaremos com Cristo pelos séculos eternos. Nada nem ninguém poderá nos separar uns dos outros nem nos afastar da presença daquele que e eterna. Nesse jardim serviremos nos deu vida abundante e eterna. Nesse jardim serviremos daquele que no se deu vida abundante e eterna. Nesse jardim serviremos gostosamente Àquele que nos criou, nos remiu e nos glorificou. Nesse jardim as belezas mais esplêndidas da terra serão figuras opacas diante do seu exuberante esplendor.

A história da humanidade revela que entre esses dois jardins, o Jardim do Éden e o Jardim Restaurado há o jardim da agonia, o Jardim do Getsêmani. É pela desolação, pelo sofrimento e sacrifício vicário de Cristo, pela indescritível angústia no Getsêmani, que o “o rio da Vida límpido como cristal” corre nesse Jardim restaurado. Sem o Getsêmani não haveria a Nova Jerusalém. A impenetrável e misteriosa agonia de trevas do jardim das angústias está na origem da aurora de uma esperança eterna. O apóstolo Paulo diz: “Sendo nós inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho” (Rm 5.10). No Jardim do Getsêmani Jesus enfrentou solidão. Ali ele ficou sozinho quando travou a mais titânica batalha do universo. Ali ele suou sangue quando resoluta e voluntariamente se entregou por nós. No Getsêmani, a antiga serpente, que enganou Eva no Jardim do Éden teve sua cabeça esmagada. Ali, Jesus aceitou de bom grado o cálice amargo, de se fazer pecado e maldição por nós, morrendo a dolorosa e maldita morte de cruz em nosso lugar. Ele não levou em conta a ignomínia da cruz por saber da alegria que lhe estava proposta, a alegria de nos salvar e nos reconduzir de volta ao Jardim de Deus, o Jardim restaurado da Jerusalém Celeste. A Bíblia diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pela sua morte Cristo trouxe vida, pelo seu sacrifício ele trouxe redenção. Agora, por meio do seu sangue temos livre acesso à presença do Pai e quando da sua vinda, entraremos no Jardim Restaurado de Deus, onde estaremos para sempre com ele!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Grande alegria para todo o povo


“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
Muitas vezes do sofrimento brota a alegria, como por ocasião do nascimento de um bebê. O milagre do Natal também foi assim. Havia chegado o ano da salvação quando o milagre divino do nascimento de Jesus adentrou nosso tempo vindo das esferas supra-temporais. Deus se compadeceu de nosso sofrimento e da miséria do pecado das pessoas que criara, e lhes enviou o Salvador. Aconteceu aquilo que Deus havia planejado, exatamente de acordo com Seu plano perfeito. Gálatas 4.4 diz: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Deus já havia mandado Isaías profetizar esse grande evento, fazendo-o falar como se o Natal já tivesse acontecido: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram” (Is 61.1-2). Esse acontecimento supremo da história da humanidade e do Plano de Salvação, o nascimento do Salvador Jesus, teve conseqüências tão transformadoras que, desde então, começou uma nova contagem de tempo para o mundo. Quem pode derrubar essa realidade? Todos têm de aceitar que a vinda de Jesus foi revolucionária. Outra data igualmente importante para a humanidade será o dia de Sua volta a este mundo. 
Filho de Deus e Filho do Homem 
Jesus não força a entrada do nosso coração, mas espera ser convidado para entrar: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).
O Filho de Deus, em sua pré-existência Deus e Criador do mundo, entrou na estreita estrada de mão-única de nossa vida e deseja renovar e transformá-la radicalmente. Mas para isso precisamos abrir a porta de nosso coração para que possa entrar, uma vez que Ele não vem como ladrão arrombando-a. Ele não força a entrada, mas espera ser convidado para entrar: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”, como está escrito em Apocalipse 3.20. O apóstolo Paulo descreve a seu filho na fé, Timóteo, o mistério da vinda de Jesus como Filho do Homem da seguinte maneira: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” (1 Tm 3.16). Segundo o sábio desígnio de Deus, para nossa salvação o Senhor Jesus deveria tornar-se homem e cumprir a mais difícil de todas as tarefas. Jesus aceitou o plano de Deus, concordou com os desígnios divinos e entregou Sua vida em sacrifício de resgate por nós. Somente Ele, que não tinha pecado, podia assumir essa incumbência. Em 1 Pedro 2.24 está escrito: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” Pessoa alguma consegue imaginar o que custou para nosso amado Senhor Jesus Cristo assumir e suportar esses cruéis sofrimentos e a morte por nós. Mas o eterno Filho de Deus se dispôs a deixar Sua glória celestial para assumir a forma humana e morrer por nós pecadores como cordeiro de sacrifício! Essa é a amarga realidade – mas também a realidade salvadora, que não deve nem pode ser calada no Natal. 
O que César Augusto jamais sonhou 
Para que o Natal viesse a se realizar, Deus tomou providências no céu e na terra, providências que incluíam até o imperador romano. O poderoso César Augusto pode ter se iludido com a idéia de que a primeira contagem e o recenseamento da população de Canaã, juntamente com seus súditos, tenha sido fruto de sua própria sabedoria. Mas na realidade isso não foi nada mais que a execução do sábio plano divino. Entre os judeus Deus encontrou José e Maria, um casal que era temente ao Senhor e que humildemente permitiu ser guiado pela mão divina. Em Nazaré, José jamais teria tido a idéia de viajar com sua esposa grávida até a distante cidade de Belém. O que ele iria fazer ali, num lugar tão pequeno e afastado? No máximo, visitar seus parentes.
José, descendente do rei judeu Davi, vivia em Nazaré como modesto carpinteiro (tecton em grego, alguém que trabalha em edificações), em fraqueza humana mas com o caráter de um tsadiq, um justo. Deus se agradava dele, e José permitiu que anjos divinos o conduzissem através das maiores complicações, fazendo-o superar grandes obstáculos.
Maria, uma jovem judia íntegra e sincera foi eleita pela soberana vontade do Senhor para ser a mãe de Jesus. Deus “contemplou na humildade da sua serva” (Lc 1.48). O Senhor realizou através dela o maravilhoso milagre da concepção virginal. Isso já havia sido predito 700 anos antes pelo profeta Isaías: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14). O mundo se escandaliza e não aceita esse grande acontecimento como sendo real. Mas se derrubamos essa verdade, a Verdade toda cai por terra! Como poderia Deus, que criou todo o universo e as leis da natureza, ser incapaz de suspendê-las para cumprir Seus desígnios? Ele, a quem todos os elementos da natureza estão sujeitos, não precisa nos perguntar se pode fazer alguma coisa ou não. Ao realizar milagres e atos sobrenaturais, Deus está testando nossa fé e nossa disposição de confiar nEle de todo o coração. 
Ruela em Nazaré, cidade onde viviam José e Maria.
Caso as Sagradas Escrituras contivessem uma única inverdade, ela seria inverossímil como um todo e não poderia mais ser chamada de Palavra de Deus. A própria Escritura explica que, no caso dessa gravidez, a natureza não esteve em ação mas foi o Espírito Santo que agiu: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.35,37). Já em Gênesis está escrito: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14). 
Se Maria soubesse 
Jamais, de forma alguma, Maria foi aquilo que a igreja católica, com seus dogmas, fez de sua pessoa. Maria foi estilizada e elevada à posição de “deusa” a quem as pessoas dirigem suas orações. Ao fazer isso, estão roubando a honra do único Deus verdadeiro e do Salvador Jesus Cristo! O papa João Paulo II faz aumentar ainda mais essa devoção a Maria. Como sentimos compaixão desse povo enganado! Maria ficaria extremamente chocada se soubesse o que fizeram dela. Guardemo-nos dessa superstição mariana!
A própia Maria louva o Senhor com humildade de coração: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva...” (Lc 1.46-47). Maria! Como deixaríamos de honrar sua memória? Mas nada além disso! Deus a considerou digna de ser a mãe do Messias mas depois de Jesus ela teve outros filhos, cujos nomes são citados pela Bíblia (Mt 13.55-56). 
Da manjedoura para a cruz 
Em pensamento acompanhemos o jovem casal, Maria e José, em sua longa e penosa jornada até Belém. Pois lá – e em nenhum outro lugar do mundo! – deveria nascer o Salvador da humanidade como uma criança judia. Deus o predisse ao profeta Miquéias 700 anos antes: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
Belém-Efrata, um pequeno lugarejo situado entre vinhedos e olivais, é a cidade judaica onde nasceu o rei Davi. Exatamente ali nasceu também o Messias, o futuro Rei dos reis. Belém significa casa do pão e Efrata quer dizer frutífero. Belém, pequena cidade! Como esse lugar é precioso para nós! Como nos faz feliz a época do Natal! Mas para o Messias, para o Rei e Senhor, não se achou um abrigo ou um lugar de acordo com sua importância.
Estrebaria e manjedoura não têm relação alguma com romantismo e meiguice, pois testemunham amarga pobreza. Porém, Deus o quis assim. O Senhor planejou que Seu Filho não tivesse um palácio à disposição. Sua vida sobre a terra foi, desde o primeiro momento, caracterizada por pobreza e privação. O caminho de Jesus nesta terra começou em uma manjedoura e terminou na cruz do Calvário.
Como o único sacrifício determinado por Deus, Ele trouxe expiação para nossos pecados através de Seu sangue. No madeiro maldito Ele trouxe salvação para nós pecadores. Isaías o profetizou muito tempo antes: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).
Dessa forma Deus nos presenteou Seu Filho Jesus no Natal – e o que fizemos de Seu aniversário? Uma festa de consumo e luxo! Será que pensamos em Seu nascimento quando estamos sentados à mesa da ceia do Natal, rodeados de familiares e amigos ou na hora em que abrimos nossos presentes?
Belém! Aqui, neste lugar, o céu se abriu e os anjos trouxeram as boas-novas a um grupo de humildes e amedrontados pastores que guardavam suas ovelhas durante a noite. A mesma mensagem que encheu seus corações de alegria é anunciada a cada um de nós ainda hoje: “E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.9-14). 
Será que pensamos no nascimento de Jesus quando estamos sentados à mesa da ceia de Natal rodeados de familiares e amigos ou quando abrimos nossos presentes? 
Agora Ele havia chegado! A prometida luz, a brilhante estrela da manhã, da qual os profetas falaram: “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Is 9.2). Em cumprimento de profecias do Antigo Testamento, Jesus falou a Seu povo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 8.12; 12.46). Ele fala hoje a você e a mim! Quem permitir que a luz da graça de Deus, que é Jesus, ilumine sua vida, participará do Seu reino de paz e alegria. 
O berço do cristianismo ontem e hoje 
Belém! Lugar de feliz memória, berço do cristianismo! Como nosso coração se comove quando pensamos na vinda do Messias a esse lugar tão singelo. Mas hoje? É um lugar de miséria e desconsolo, dominado pelo islã. O poder do mal tenta apagar a luz do Evangelho. Tudo o que lembra a história judaica está sendo destruído e aniquilado com brutal violência em Belém. 
Onde nasceu o Filho de Deus, hoje se ouve gritar “Alá akbar!” No Corão, na Sura 9.30, está escrito: “...os cristãos dizem: ‘O Messias é o filho de Deus.’ Essas são suas asserções. Erram como erravam os descrentes antes deles. Que Deus (Alá) os combata!”. Será que o Corão de fato triunfará sobre a eterna Palavra de Deus? Por que Jesus permite que o lugar de Seu nascimento seja profanado? Será que pessoas que se dizem cristãs fizeram de Belém um santuário, venerando um lugar ao invés de honrar o próprio Senhor em obediência de fé? Será que estamos dando mais honra ao que foi criado do que ao próprio Criador? 
Deus não deixa que Lhe roubem Sua glória 
Jesus odiava e censurava toda a hipocrisia e as cerimônias meramente exteriores. Hoje não é diferente. Ele procura por corações sinceros, que produzam gestos de amor movidos pelo Espírito. Colossenses 1.10 nos conclama: “a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”. Todos os gestos apenas exteriores são uma abominação para Deus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos” (Mt 23.27-29).
De que adianta ajoelhar-se no local onde Jesus nasceu? O que trazem as peregrinações para a Terra Santa se a imundícia dentro do coração não é reconhecida e muito menos tirada? De que servem as pomposas festas de Natal se a impureza e a desobediência continuam a crescer desordenadamente em nosso coração? Se desejamos que Deus se agrade de nossa vida, precisamos andar humildemente pelo caminho estreito, seguindo os passos de Jesus em nosso viver e em nosso querer. Jesus entra onde encontra corações receptivos. Pessoas de coração aberto para Deus têm a promessa de O verem face a face.
Jesus não quer apenas ser convidado de honra em uma festa; Ele deseja ser o Senhor de nossa vida e reinar em nossos corações! Por isso, preparar a obrigatória festa em dezembro não resolve nosso problema interior mais profundo. Só a entrada de Jesus em nosso próprio coração nos traz aquilo que tanto ansiamos e esperamos.
O “menino Jesus” vai voltar! 
O Natal deste ano poderá ser um Natal muito feliz, apesar das dificuldades e problemas, para todos os que experimentaram o perdão dos pecados através do sangue de Cristo.
Em todos os Natais, quando celebramos o nascimento de Jesus, não fiquemos apenas pensando no pequeno e indefeso bebê na manjedoura. Jesus é o Senhor, o Rei de todos os reis, que em breve voltará triunfante. É para esse acontecimento grandioso que devemos direcionar nossa atenção.
Onde ainda impera a escuridão do pecado, a luz da Sua graça pode iluminar cada recanto. Ele mesmo diz em João 8.12: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. Hoje, mais do que nunca, Jesus envia pessoas que levam mundo afora a clara luz do Evangelho, mensageiras da paz àqueles que vivem angustiados por seus pecados ainda não perdoados. O poder das trevas se levanta e tenta impedir que a luz avance e que o plano de paz divino se concretize em muitos corações. Mas Jesus é o Vencedor! Coloquemo-nos do Seu lado! O que Isaías ouviu Deus dizer a respeito de Seu Filho Jesus irá se cumprir integralmente: “Pouco é seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Is 49.6). Logo, Zacarias 2.10 é válido também para nós e podemos nos alegrar juntamente com Israel: “Canta e exulta, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o Senhor”. Nossa alegria será plena quando virmos Israel se alegrando conosco pela volta de Jesus.
O Natal deste ano poderá ser um Natal muito feliz, apesar das dificuldades e problemas, para todos os que experimentaram o perdão dos pecados através do sangue de Cristo. Em Jesus, desejo a você um Natal de genuína alegria, com as bênçãos de Deus! (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br)

Emanuel

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14).
Isaías 7.14 foi anunciado em circunstâncias muito estranhas. Essa declaração não foi dada a um rei que amava o Senhor e seguia a lei, mas ao mau rei Acaz, que havia levado o povo de Judá a práticas idólatras. Por isso, Isaías 8.19 adverte o povo governado por Acaz: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”.
Em 2 Reis 23.12 lemos sobre as más ações do rei Acaz, mais tarde destruídas pelo rei Josias: “Também o rei derribou os altares que estavam sobre a sala de Acaz, sobre o terraço, altares que foram feitos pelos reis de Judá, como também os altares que fizera Manassés nos dois átrios da Casa do Senhor; e, esmigalhados, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom”. Ainda assim, Acaz recebeu uma poderosa revelação, que ele deveria ter pedido ao Senhor como um sinal: “E continuou o Senhor a falar com Acaz, dizendo: Pede ao Senhor, teu Deus, um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas” (Is 7.10-11). Mais uma vez vemos aqui a misericórdia e a graça de Deus: apesar de tudo, Acaz recebeu uma chance. Mas o coração de Acaz estava endurecido e seu entendimento, toldado. Ele não compreendeu o propósito de Deus para o povo de Judá e Israel, nem via a terrível escuridão que pairava sobre todo o mundo gentílico. Em outras palavras: ele não se importava. Por isso respondeu: “Não o pedirei, nem tentarei ao Senhor” (v.12).
Não obstante, Deus proclamou a sua profecia: “Então, disse o profeta: Ouvi, agora, ó casa de Davi: acaso, não vos basta fatigardes os homens, mas ainda fatigais também ao meu Deus? Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (v.13-14). Emanuel significa “Deus conosco” ou “Conosco está Deus”. Para o rei Acaz e o povo de Israel, essa era uma clara lembrança da promessa de Deus a Moisés: “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18.18). Essa profecia havia sido dada mais de 700 anos atrás, antes que Isaías anunciasse mais detalhes sobre o Messias e destacasse o milagre do nascimento virginal.
As palavras de Isaías cumpriram-se 742 anos depois: “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt 1.20-23).
Lemos novamente o nome Emanuel, e ainda assim José teve que dar-lhe o “nome de Jesus”. Qual era a diferença? Mateus 1.20-23 é simplesmente uma revelação mais precisa. Jesus é a tradução grega da palavra hebraica Yeshua, que significa “Javé salva”. Ela expressa a salvação pessoal com base na Nova Aliança. O profeta Jeremias anunciou essa Nova Aliança mais de 600 anos antes do nascimento de Cristo: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jr 31.31).
A profecia de Isaías sobre o vindouro Messias Emanuel foi dada numa época de grande decadência moral, em que Israel estava ameaçado de ser destruído por seus inimigos. Isaías anunciou o fim do reino de Israel: “Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será destruído e deixará de ser povo” (Is 7.8). A nação de Efraim desaparecerá. Efraim representa o reino das dez tribos, Israel, como mostra o versículo seguinte: “A capital de Efraim será Samaria” (v.9). Samaria era a capital do reino das dez tribos.
À profecia sobre o Messias vindouro seguiu-se o motivo pelo qual Efraim (ou Israel) havia sido condenado: porque “Efraim se separou de Judá” (v.17). Lembramos da profecia de Jacó em seu leito de morte: “Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti. Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” (Gn 49.8-10).
Muitas vezes usamos o termo “judeu” de forma errada, aplicando-o a todas as doze tribos de Israel antes de Judá ter sido conduzido ao cativeiro babilônico. Mas a palavra “judeu” só se aplicava àqueles que tinham sido integrados à tribo de Judá.
A Escritura deixa claro que a identidade das doze tribos de Israel estava centralizada unicamente em Judá, o que significava que todos os israelitas deveriam se tornar judeus. Muitas vezes usamos o termo “judeu” de forma errada, aplicando-o a todas as doze tribos de Israel antes de Judá ter sido conduzido ao cativeiro babilônico. Mas a palavra “judeu” só se aplicava àqueles que tinham sido integrados à tribo de Judá. Isto é reforçado em 2 Crônicas 15.9: “Congregou todo o Judá e Benjamim e também os de Efraim, Manassés e Simeão que moravam no seu meio, porque muitos de Israel desertaram para ele, vendo que o Senhor, seu Deus, era com ele”.
Mas o juízo também foi anunciado para Judá: “Em vista de este povo ter desprezado as águas de Siloé, que correm brandamente, e se estar derretendo de medo diante de Rezim e do filho de Remalias, eis que o Senhor fará vir sobre eles as águas do Eufrates, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; águas que encherão o leito dos rios e transbordarão por todas as suas ribanceiras. Penetrarão em Judá, inundando-o, e, passando por ele, chegarão até ao pescoço; as alas estendidas do seu exército cobrirão a largura da tua terra, ó Emanuel” (Is 8.6-8). Isso soa como se Isaías tivesse interrompido sua mensagem de juízo ao exclamar “Emanuel!”.
Somente a presença do Deus vivo entre nós pode nos livrar do terrível juízo que um dia virá sobre este mundo. Isto é uma boa notícia para todos que crêem em Jesus Cristo, pois Ele prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). Isso vale para quem crê em Emanuel. Ele nunca nos abandonará. Louvado seja Deus, Cristo, Emanuel: Deus conosco!
Isaías não deixou de dar uma descrição detalhada de Emanuel: “Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos” (Is 8.14-15). Esta profecia fascinante revela, por um lado, que Ele será um santuário para Israel e que, por outro lado, será também “pedra de tropeço e rocha de ofensa”. No Novo Testamento lemos sobre o cumprimento: “Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido” (Rm 9.33).
Um ponto importante é o fato de Isaías mencionar “as duas casas de Israel”, o que se refere a Judá e ao reino das dez tribos, Israel. Mesmo que Israel, o reino das dez tribos, tenha deixado de existir como nação independente, todos os que se ligaram à tribo de Judá mantiveram sua própria identidade. Vemos isso em Apocalipse 7.
O Messias de Israel, santuário e pedra de tropeço, aparecerá ao povo que anda em trevas: “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Is 9.2). É surpreendente que esse trecho fale do povo escolhido Israel, o povo sobre o qual Moisés disse: “Porque sois povo santo ao Senhor, vosso Deus, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio” (Dt 14.2). Se esse povo está em trevas, quão profundas devem ser as trevas que nós, como gentios, enfrentamos!
Aparentemente hoje em dia a Igreja de Jesus está acostumada a não pensar em quão absoluta é a perdição do homem. Podemos ter orgulho das coisas que possuímos e conseguimos, mas todas elas também estão em trevas, mais do que podemos imaginar. Efésios 2.12 descreve nossa situação desesperada: “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”. Mas fico muito contente com a esperança transmitida pelo versículo seguinte: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo” (v.13). O Messias não veio somente para Israel, mas para todo o mundo: “Para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O maior perigo para o mundo de hoje decorre do seu desconhecimento a respeito da sua posição diante do Deus de Israel. Se os políticos e grandes homens deste mundo tivessem a mais leve noção da sua perdição como pessoas e como nações, certamente se arrependeriam em panos de saco e cinzas. Mas o orgulho impede a grande maioria da humanidade de chegar ao abençoado reconhecimento de serem pecadores, perdidos para toda eternidade e sujeitos a Satanás e seus truques maliciosos – sem qualquer chance de libertar-se por suas próprias forças. Mas há uma saída, a saber, por meio dAquele que diz: “Eu sou o caminho”.
O orgulho impede a grande maioria da humanidade de chegar ao abençoado reconhecimento de serem pecadores, perdidos para toda eternidade e sujeitos a Satanás e seus truques maliciosos – sem qualquer chance de libertar-se por suas próprias forças.
Se você ainda não permitiu que Jesus Cristo tomasse o seu ego orgulhoso, egoísta e arrogante para transformá-lo pelo poder do Espírito Santo, então você está correndo grande perigo. Sem Jesus, sem Emanuel, você deve contar com uma condenação eterna e terrível. Que o Senhor lhe conceda luz para encontrar a saída das assustadoras trevas do vale da sombra da morte para a Sua maravilhosa luz!
O profeta Isaías então continuou a anunciar juízo, opressão, guerra, sangue e fogo, até que de repente disse: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). Esse é o menino anunciado em Isaías 7.14: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel”. Esse é Aquele que anunciou depois da Sua ressurreição: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18).
Hoje ainda não temos a manifestação visível do poder de Cristo na terra. Não é Ele que governa o mundo; esse posto é de Satanás, o príncipe das trevas e senhor deste mundo – como a Escritura deixa claro. Ainda assim Satanás não consegue anular a autoridade de Jesus Cristo. Suas possibilidades e seu tempo são limitados.
Quando lemos que “...o governo está sobre seus ombros”, sabemos que isso acontecerá com certeza. É inquestionável: a realização desta profecia é apenas uma questão de tempo terreno. Não há dúvida de que aqui Isaías fala de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus. E considere também as outras descrições do Seu nome: “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Esse é Emanuel!
Maravilhoso Conselheiro: no Salmo 119.129-130 lemos: “Admiráveis são os teus testemunhos... A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples”. O “Maravilhoso” é idêntico ao Verbo de Deus encarnado, apresentado por João nos primeiros versículos do seu Evangelho: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.1-3,14).
Isaías 40 mostra a sabedoria do Senhor, e no versículo 14 lemos: “Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho de entendimento?”. Mais tarde, no Novo Testamento, Paulo descreve o “Maravilhoso Conselheiro”: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.33-36). Nosso Senhor Jesus Cristo é o princípio de todas as coisas. Ele também é iniciador e consumador da nossa fé, ele é o “Maravilhoso Conselheiro” em pessoa!
Deus Forte: Salmo 50.1 mostra o forte e poderoso Deus como o Criador, que trouxe todas as coisas à vida. Isaías também menciona o Deus forte em conexão com o futuro de Israel, com o momento em que acontecerá a conversão nacional desse povo: “Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó” (Is 20.21). Quando Jacó se dirigiu a José ao abençoar seus doze filhos, ele disse: “O seu arco, porém, permanece firme, e os seus braços são feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó, sim, pelo Pastor e pela Pedra de Israel” (Gn 49.24). O Poderoso de Jacó é Emanuel, Deus conosco – Jesus Cristo.
Pai da Eternidade: Quando Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30), Ele demonstrou que Seu nome também é “Pai da Eternidade”. Isaías 63.16 diz: “Mas tu és nosso Pai... tu, ó Senhor, és nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade”.
Príncipe da Paz: Em todas as épocas, as pessoas ansiaram e buscaram por paz para a humanida de. Todas as nações descrevem a si mesmas como amantes da paz ou pacíficas. Mas quando olhamos mais de perto, descobrimos que essa descrição está muito longe da realidade. Uma nação pode até se considerar pacífica, mas isso não significa que os outros concordem. Estes talvez a vejam como uma nação brutal. Em outras palavras: a paz que o homem anuncia não é a paz de Deus. Há um problema em todo e qualquer acordo ou anúncio de paz. Todos eles tratam de inúmeros problemas e variantes, mas nenhum trata do único problema que realmente importa: o pecado! Não pode haver paz na terra enquanto o problema do pecado não tiver sido resolvido. A Bíblia diz que a nossa justiça é como trapo de imundícia (Is 64.5).
Não devemos nunca falar de paz de forma leviana, pois ela tem um alto preço; não é o preço dos soldados que lutam com armas de guerra, mas o preço pago pelo Filho de Deus, que deu Sua vida e Seu sangue na cruz do Gólgota.
A paz descrita na Bíblia é diferente. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus Cristo enfatizou a diferença clara entre a paz que Ele nos dá e a paz oferecida pelo mundo. Simplesmente não há paz na terra; nunca houve nem nunca haverá paz enquanto o pecado não for removido. É exatamente o que Jesus fez. Nosso Príncipe da Paz é o único que salva do pecado, pois Ele pagou o preço: “O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1.4).
O mundo nunca produzirá paz, pois sua natureza é pervertida, má e pecaminosa. Por isso, o anseio do mundo pela paz é um sonho impossível de se tornar realidade. A personificação da verdadeira paz é: “Ele (Jesus Cristo) é a nossa paz” (Ef 2.14).
Não devemos nunca falar de paz de forma leviana, pois ela tem um alto preço; não é o preço dos soldados que lutam com armas de guerra, mas o preço pago pelo Filho de Deus, que deu Sua vida e Seu sangue na cruz do Gólgota. Nele está o único caminho que pode trazer paz ao mundo, e o cumprimento daquilo que os pastores ouviram nos campos em Lucas 2.10,14: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo... Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”. Ainda não há “paz na terra”, não há “boa vontade de Deus entre os homens” – mas ela virá!
Em Isaías 9.7 o profeta testifica o que Emanuel, a criança chamada de “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” fará um dia: “Para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”! (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A eternidade existe, mas tem duas opções.


Texto: Lucas 3:15-18
Introdução: João Batista pregava o arrependimento dos pecados e a preparação para a vinda de Cristo. Alguns ouviram a sua grande pregação e pensavam que ele fosse o Cristo. Ele define o registro nestes versos. Além disso, ele lembra-lhes que o Messias não virá simplesmente como um gênio de uma lâmpada para conceder-lhes o seu maior desejo, mas ele virá para batizar. Ele quer batizar com o Espírito Santo e com fogo. Para aqueles que se arrependessem, ele vos batizará com o Espírito Santo, e aqueles que se recusam, ele batizaria com fogo. Observe no verso 17 que o seu ventilador está em sua mão. Ele está pronto para atiçar as chamas do fogo para aqueles que não querem recebê-lo. A mensagem do Messias e seu propósito era realmente simples: reunir os salvos como o trigo no celeiro e amaldiçoar os ímpios ao fogo eterno. É a simples questão de céu ou inferno. Estas são as duas únicas opções que Cristo nos deu para a eternidade. Todo pregador do Evangelho tem pregado a mesma verdade. A vida tem muitas decisões, a eternidade tem apenas duas. A um destes dois destinos eternos a alma está ligada. Ninguém fica aqui para sempre, você terá que escolher por si mesmo. 


I Você deve fazer sua escolha.

Ninguém pode tomar essa decisão por você. Filipenses 2:12 afirma que você deve “…efetuai a vossa salvação com temor e tremor;…” sob nenhuma ilusão de que você trabalha para ser salvo, mas você vai ter que trabalhar isso com Deus para si mesmo. Ninguém pode fazer a sua oração, o seu arrependimento, confessar seus pecados, ou confiar em Jesus para você. VOCÊ DEVE FAZER SUA ESCOLHA:
A. Entre dois mestres: O Senhor ou Satanás. Não podeis servir a ambos. Mateus 6:24
B. Entre duas vidas: A vida cristã ou a vida pecaminosa. Tiago 3:11-12 ”Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce” Não há realmente nada como um cristão mundano … Essas pessoas estão perdidas! Mateus 7:17-20“Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”
C. Entre dois caminhos: O caminho largo e o caminho estreito. Mateus 7:13-14 “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram”
D. Entre duas mortes: A morte do justo ou a morte do ímpio. Salmo 116:15 “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”. Ezequiel 33:11: ” não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva”. 
E. Entre dois destinos: O céu ou o inferno.


II. Nossa escolha abrange três reinos.


A. O reino da vida: Este é um camarim para a eternidade.
B. O reino da morte: Este é um encontro que você vai ter e é melhor estar preparado.
C. O reino da eternidade: Seja céu ou o inferno, será para sempre!


III. Sua escolha irá determinar o destino da alma.


A questão é o que você vai fazer com Jesus é o que determina o seu lugar de descanso eterno.
A. Ele não é determinado por riquezas. Você não pode comprar o seu caminho para o céu! As riquezas são irrelevantes ao pé da cruz e no juízo!
B. Ele não é determinado pela educação. Muitos sábios do mundo são tolos em assuntos eternos! Mas o caminho da salvação é simples. Isaias 35:8 “E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, até mesmo os loucos, nele não errarão”.
C. Ele não é determinado pela religião. Mateus 7:22-23 “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”  Batistas que nunca foram salvos vão para o mesmo inferno que os mórmons não salvos, muçulmanos, budistas, ou macumbeiros irão!
D. Ele não é determinado pela posição social. Você pode estar no topo do mundo e passar para sempre no fundo do poço do inferno! Existe apenas um nível no Calvário.
E. Seu destino eterno é determinado por aquilo que você faz com Jesus. Isto decide o seu destino eterno.
João 3:18 “Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” I João 5:12 “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” Se você recebeu Jesus em seu coração pela fé, você está predestinado ao céu. Se você não recebeu, não há mais nada que irá salvar sua alma.
Conclusão: Eternidade existe, mas tem duas opções, e a única maneira de decidir sobre elas é responder: “O que você vai fazer com Jesus?”.

por: Pr. Aldenir Araújo

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Porque os mansos são felizes

1.      Esta bem-aventurança está na contramão dos valores do mundo – O mundo rejeita os valores do Reino de Deus. A humanidade pensa em termos de força, de poderio militar, bélico, econômico, político. Quanto mais agressivo, mais forte. Esse é o pensamento do mundo. Jesus, porém, diz que não são os fortes e os arrogantes que são felizes; nem são eles que vão herdar a terra, mas os mansos. Ser cristão é ser totalmente diferente. Somos uma nova criatura. Temos um novo nome, uma nova vida, uma nova mente, um novo Reino.
 
2.      O pregador frustra as expectativas do seu povo – Os judeus subjugados pelos romanos desde 63 a.C., esperavam um Messias político, guerreiro, que implantasse seu Reino pela força. Havia quatro grupos em Israel: 1) Os fariseus – eram os religiosos conservadores; eles queriam um Messias milagroso; 2) Os saduceus – eram os liberais; eles queriam um Messias materialista; 3) Os essênios – eram os místicos que viviam nas cavernas de Qumran, perto do Mar Morto; eles queriam um Messias monástico; 4) Os zelotes – eram os ativistas que queriam se insurgir contra Roma; eles queriam um Messias militar. Os próprios apóstolos pensaram num Reino político (At 1:6). Mas Jesus veio com outra proposta e o povo disse: Não queremos esse Messias. Fora com ele. Crucifica-o. 
I.                    O QUE NÃO SIGNIFICA SER MANSO  
1. Ser manso não é um atributo natural
A mansidão não é apenas uma boa índole, uma pessoa educada socialmente. Não apenas algo externo, convencional, mas uma atitude interna, uma obra da graça no coração, fruto do Espírito. Spurgeon dizia que “ser manso não é virtude, é graça”. Ninguém é naturalmente manso. Só aqueles que reconhecem que nada merecem diante de Deus e choram pelos seus próprios pecados, podem ser mansos diante de Deus e dos homens. 
2. Ser manso não é ser mole ou ficar impassivo diante dos problemas
Ser manso não é ser tímido, covarde, medroso, fraco, indolente. As pessoas mansas foram profundamente vigorosas e enérgicas. Elas tiveram coragem para se posicionar com firmeza contra o erro. Elas enfrentaram açoites, prisões e a própria morte por seus posicionamentos. Os mártires foram pessoas mansas.
Jesus era manso e humilde de coração, mas ele usou o chicote para expulsar os vendilhões do templo e teve coragem para morrer numa cruz, em nosso lugar. 
3. Ser manso não significa manter a paz a qualquer preço
Ser manso não é ser conivente, ficar em cima do muro, tentar agradar a gregos e troianos, ser neutro, viver sem cor, sem sal, sem sabor, sem opinião própria. Ser manso não é ser passivo, indeciso. 
4. Ser manso não é apenas controle emocional externo
Há pessoas que conseguem manter a calma, o domínio próprio diante de situações adversas, mas não conseguem abrandar as chamas da alma. São como um vulcão que estão sempre em ebulição por dentro. Elas não explodem, mas vivem cheias de fogo por dentro. Elas são apenas aparentemente calmas. Elas mantém as aparências diante dos homens, mas não são calmas aos olhos de Deus. Elas não falam mal, mas desejam mal. Elas não fazem o mal, mas alegram-se intimamente com o fracasso dos seus inimigos. 
II.                  O QUE SIGNIFICA SER MANSO 
1. Uma pessoa mansa é submissa à vontade de Deus
Uma pessoa mansa não se rebela contra Deus, nem murmura. Ela aceita a vontade Deus de bom grado. Ela diz como Jó: “temos recebido o bem de Deus, porventura, não receberíamos também o mal?”.
Uma pessoa mansa é como Paulo, sabe viver contente em toda e qualquer situação. Ela dá sempre dando graças a Deus, sabendo que todas as coisas cooperam para o seu bem. 
2. Uma pessoa mansa está debaixo do controle de Deus
O manso é aquele que foi domesticado. A palavra manso era empregada para descrever um animal domesticado. Um potro selvagem causa uma destruição. Um potro domado é útil. Uma brisa suave refresca e alivia. Um furacão mata. O manso morreu para si mesmo. Ele foi domesticado pelo Espírito. A mansidão é fruto do Espírito. Ele está sob autoridade e sob o controle. Ele obedece as rédeas.
O manso é aquele que tem a força sob controle. Ele tem domínio próprio. Mais forte é o que domina o seu espírito do que aquele que conquista uma cidade. 
O manso é aquele que não reinvindica os seus próprios direitos. Jesus, sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus.
O manso é aquele que está disposto a sofrer o dano. Como Paulo escreveu aos coríntios, numa demanda entre irmãos, ele está pronto a sofrer o dano em vez de buscar levar vantagem.
 
3.      Uma pessoa mansa reconhece diante dos homens aquilo que ela reconhece diante de Deus
Não temos nenhuma dificuldade de fazermos uma oração de confissão e dizer: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, porque eu sou um mísero pecador!”. Nós admitimos isso. Confessamos isso. Mas se alguém vier nos chamar de pecador, nós logo rechaçamos. Não admitimos ser diante dos homens aquilo que admitimos ser diante de Deus. Não aceitamos que os homens nos tratem da mesma maneira que admitimos ser para Deus.
O manso é aquele que não luta para defender sua própria honra. Aquele que já está no chão não tem medo da queda.
Ilustração: uma mulher mandou uma carta ao irmão André fazendo-lhe pesadas acusações. Ele chorou e pediu a Deus graça. Então, sentou e escreveu uma carta: Minha irmã, eu concordo com você. Eu sou muito pior do que você descreveu. Se você me conhecesse como Deus me conhece, certamente você teria sido muito mais forte nas suas acusações. 
4. Uma pessoa mansa suporta injúrias
Uma pessoa mansa não é facilmente provocada. Um espírito manso não se inflama facilmente. Davi dá o seu testemunho: “Armam ciladas contra mim os que tramam tirar-me a vida; os que me procuram fazer o mal dizem cousas perniciosas e imaginam engano todo o dia. Mas eu, como surdo, não ouço e, qual mudo, não abro a boca” (Sl 38:12,13).
Há algumas coisas que se opõem à mansidão:
a) Precipitação – Uma pessoa precipitada, que fala antes de pensar, que age antes de refletir, que se destempera facilmente e perde o controle emocional não é uma pessoa mansa. Basílio comparava a ira à embriaguez e Jerônimo dizia que há mais pessoas embriagadas de paixão iracunda do que de vinho. A ira descontrolada suspende o uso da razão. Muitas pessoas são frias na expressão da sua fé, mas vivem em estado de ebulição quando se trata da ira.
b) Maldade – Uma pessoa mansa não faz o mal, não fala mal nem deseja o mal. A Bíblia diz que aquele que odeia o seu irmão é assassino (1 Jo 3:15) e quem o chamar de tolo está sujeito ao fogo do inferno (Mt 5:22).
c) Vingança – A Bíblia proíbe a vingança: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”. A vingança é uma usurpação de uma ação exclusiva de Deus.
d) Falar mal – A Bíblia nos ordena a não falar mal uns dos outros. O pecado que mais Deus odeia é da língua que semeia contenda entre os irmãos. Tiago 3 diz a língua tem o poder de dirigir (freio e leme), o poder de destruir (fogo e veneno). Muitas pessoas não tiram a vida do próximo, mas destroem sua reputação com a língua. A língua torna-se um mundo de iniquidade, indomável e incoerente.
5. Uma pessoa mansa perdoa as injúrias
Jesus disse: “E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11:25). Não adianta orar sem perdoar. Nós lembramos mais as injúrias do que as benevolências.
Ilustração: Certa mulher foi visitada pelo seu pastor no leito da morte: “Você está pronta a perdoar o seu inimigo? Ela respondeu: Eu não vou perdoá-lo, ainda sabendo que por isso, estou indo para o inferno.”
Jesus é o nosso modelo de homem manso. “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entrega-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2:23).
Como deve ser o perdão?
a) Real – Deus não mostra o seu perdão para nós e guarda o nosso pecado para si. Ele apaga os nossos pecados como a névoa e os lança no mar e deles nunca mais se lembra. Deus perdoa e esquece. Deus perdoa e não cobra mais. Deus perdoa e nunca mais lança o nosso pecado em nosso rosto. É assim que devemos perdoar, como Deus perdoa, de todo o coração.
b) Pleno – Deus perdoa todos os nossos pecados. “Ele perdoa todas as nossas iniquidades” (Sl 103:3). Se você é manso, você perdoa todas as injúrias. Uma pessoa que não é mansa, perdoa algumas ofensas, mas retém outras. Isso é apenas um meio perdão, isso não é completo perdão. Se Deus fizesse isso com você, como você estaria agora?
c) Constante – A Bíblia diz que Deus é rico em perdoar (Is 55:7). Até quantas vezes devemos perdoar? Até sete vezes? Não, até setenta vezes sete. Não há cristianismo sem perdão. Se você não perdoa você não pode adorar, ofertar, orar, ser perdoado. Se você não perdoa você não tem paz, fica doente, dominado, atormentado. Se você não perdoa o seu irmão, não é apenas a ele que você está ferindo, mas está ferindo também a Deus. Quem vive sem mansidão, morre sem misericórdia. 
6. Uma pessoa mansa recompensa o mal com o bem
Amar os inimigos, fazer o bem a eles e orar por eles é a marca de uma pessoa mansa (Mt 5:44). A Bíblia diz que se o nosso inimigo tiver fome, demos dar ele de comer (Rm 12:20). O apóstolo Pedro diz: “não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança” (1 Pe 3:9).
Pagar o mal com o mal é agir como um selvagem. Pagar o bem com o mal é agir como um demônio. Mas pagar o mal com o bem é agir como um cristão, como uma pessoa mansa.
Davi dá o seu testemunho: “Pagam-me o mal pelo bem, o que é desolação para a minha alma. Quanto a mim, porém, estando eles enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito” (Sl 35:12-13). 
III.                RAZÕES PARA SERMOS MANSOS 
1. Nós devemos ser mansos porque Jesus, o nosso supremo modelo foi manso
Jesus é o homem perfeito. E ele foi manso e humilde de coração. Quando ele era ultrajado, não revidava com ultraje. As palavras de seus inimigos foram mais amargas do que o fel que lhe deram na cruz, mas as palavras de Cristo foram mais doces do que o mel, foram palavras de perdão e salvação.
Ele orou e chorou pelos seus inimigos. Ele perdoou os seus inimigos e nos convida: “Aprendei de mim, porque sou manso” (Mt 11:29).
Cristo não nos exorta a aprender com ele a fazer milagres, a abrir os olhos aos cegos, a levantar os mortos, mas ele nos exorta a aprendermos com ele a sermos mansos. Se nós não imitarmos sua vida, não seremos salvos pela sua morte.
2. Nós devemos ser mansos porque os servos de Deus do passado também foram mansos
a) Abraão – Abraão abriu mão dos seus direitos e deu a Ló a oportunidade de escolher primeiro. Uma pessoa mansa abre mão, não briga pelos seus próprios direitos.
b) Moisés – Números 12:3 diz que Moisés foi o homem mais manso da terra. Quantas injúrias ele sofreu! Quando o povo de Israel murmurava contra ele, em vez de se irar contra o povo, ele caia de joelhos em oração pelo povo (Ex 15:24,25). As águas de mara não foram tão amargas como o espírito do povo, mas Moisés reage não com amargura, mas com oração.
c) Davi – Saul perseguia loucamente a Davi, e este, algumas vezes, teve a vida de Saul em suas mãos, mas ele não se vingou (1 Sm 26:7,12,23). Simei amaldiçoou Davi e este não permitiu que sua vida fosse tirada (2 Sm 16:11). Um homem manso não defende sua própria causa, sua própria reputação.
3. A mansidão é o caminho para derreter e conquistar o coração dos próprios inimigos
A palavra dura suscita a ira, mas a resposta branda (mansa), desvia o furor (Pv 15:1).
A brandura de Davi com Saul, derreteu seu coração mais do que a bravura de Davi (1 Sm 24:16,17).
A mansidão é como ajuntar brasas vivas na cabeça do seu inimigo. A ira faz um amigo tornar-se inimigo, mas a mansidão, faz um inimigo tornar-se amigo. 
IV. QUAL É O RESULTADO DA MANSIDÃO 
1. Uma profunda e gloriosa felicidade
Jesus diz que os mansos são felizes, bem-aventurados. A palavra Macarios era usada pelos gregos para descrever a felicidade dos deuses. É uma felicidade plena, completa, independente das circunstâncias, baseada num relacionamento íntimo e permanente com o Deus vivo.
2. A herança da terra no tempo
Mesmo sendo estrangeiro na terra (Hb 11:37), os mansos são aqueles que herdam a terra. Eles comem o melhor dessa terra. O ímpio tem a posse temporal da terra, mas o manso usufrue as benesses da terra.
Nesse sentido, os mansos já são herdeiros da terra, na vida presente. Ele é uma pessoa satisfeita. Sente-se contente. Ele nada tem, mas possui tudo. Paulo diz: “entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6:10). Paulo diz: “Eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Eu tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:11-13).
O manso é cidadão do céu. O manso é filho de Deus. O manso é herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Do Senhor é a terra e a sua plenitude. Tudo que pertence ao Pai, pertence ao filho (1 Co 3:21-23). Os mansos são os verdadeiros herdeiros de tudo o que é do Pai. Receberemos a herança original de domínio sobre a terra que Deus deu a Adão. É a reconquista do paraíso.
Eles conquistam a terra não pelas armas, não pela força, mas por herança. O manso herda as bênçãos da terra. O ímpio pode ter abundância de dinheiro, mas o manso tem abundância de paz (Sl 37:11). O ímpio não tem o que parece ter. Ele tem propriedades, terras, mas não pode levar nada, não herda nada. Mas o manso, mesmo desprovido agora, tem a herança, a posse eterna de tudo o que é do Pai.
3. A herança da nova terra e do novo céu na eternidade
O manso desfrutará da terra restaurada, redimida do seu cativeiro. Ele habitará no novo céu e na nova terra (Ap 21:2-3). Ele reinará com Cristo sobre a terra.
O manso não apenas herda a terra, mas também o céu. O manso tem a terra apenas como a sua casa de inverno, mas tem no céu uma mansão permanente, eterna, casa feita não por mãos, eterna no céu.
Rev. Hernandes Dias Lopes