"A história da humanidade começa num jardim, o
Jardim do Éden." Lá nossos primeiros pais viveram na inocência, comendo
gostosamente de todos os frutos das árvores, exceto o fruto da árvore da
ciência do bem e do mal, desfrutando de plena e íntima comunhão com Deus.
Naquele jardim não havia dor nem tristeza. Tudo era belo e encantador. O
pecado, porém, entrou no mundo por meio de Adão. Ele desobedeceu a Deus e toda
a raça humana caiu em pecado. Adão foi expulso do Jardim e viu a terra produzir
espinhos, viu sua mulher dar à luz com dores e viu o trabalho até então
deleitoso tornar-se penoso. O Jardim do Éden foi perdido e a raça humana
mergulhou numa história de rebelião, tristeza e morte. O pecado de Adão o
separou da natureza, de si mesmo, do próximo e de Deus. O pecado trouxe
transtornos na natureza, nos relacionamentos humanos bem como na relação com
Deus. A partir da entrada do pecado no mundo, a história está marcada por lágrimas,
doença, sofrimento e morte.
A história da humanidade terminará num outro jardim, o
Jardim da Cidade Celeste. O jardim perdido será restaurado. Lá não entrará
nenhuma maldição. Lá o pecado não penetrará por suas portas. Lá as lágrimas
serão enxugadas. Lá o sofrimento, a doença e a morte não entrarão. Nesse Jardim
não haverá noite, pois o Cordeiro de Deus é a sua lâmpada. Nesse jardim, o Rio
da Vida vai fluir a partir do Trono de Deus. Nesse jardim, os que foram
expulsos por causa do pecado, e agora, estão lavados pelo sangue do Cordeiro e
vestidos de vestiduras brancas entoarão um novo cântico àquele que está
assentado no trono. Nesse Jardim reconquistado teremos um novo corpo, cheio de
glória, como o corpo da glória de Deus. Nesse jardim viveremos e reinaremos com
Cristo pelos séculos eternos. Nada nem ninguém poderá nos separar uns dos
outros nem nos afastar da presença daquele que e eterna. Nesse jardim
serviremos nos deu vida abundante e eterna. Nesse jardim serviremos daquele que
no se deu vida abundante e eterna. Nesse jardim serviremos gostosamente Àquele que
nos criou, nos remiu e nos glorificou. Nesse jardim as belezas mais esplêndidas
da terra serão figuras opacas diante do seu exuberante esplendor.
A história da humanidade revela que entre esses dois
jardins, o Jardim do Éden e o Jardim Restaurado há o jardim da agonia, o Jardim
do Getsêmani. É pela desolação, pelo sofrimento e sacrifício vicário de Cristo,
pela indescritível angústia no Getsêmani, que o “o rio da Vida límpido como
cristal” corre nesse Jardim restaurado. Sem o Getsêmani não haveria a Nova
Jerusalém. A impenetrável e misteriosa agonia de trevas do jardim das angústias
está na origem da aurora de uma esperança eterna. O apóstolo Paulo diz: “Sendo
nós inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho” (Rm 5.10).
No Jardim do Getsêmani Jesus enfrentou solidão. Ali ele ficou sozinho quando
travou a mais titânica batalha do universo. Ali ele suou sangue quando resoluta
e voluntariamente se entregou por nós. No Getsêmani, a antiga serpente, que
enganou Eva no Jardim do Éden teve sua cabeça esmagada. Ali, Jesus aceitou de
bom grado o cálice amargo, de se fazer pecado e maldição por nós, morrendo a
dolorosa e maldita morte de cruz em nosso lugar. Ele não levou em conta a ignomínia
da cruz por saber da alegria que lhe estava proposta, a alegria de nos salvar e
nos reconduzir de volta ao Jardim de Deus, o Jardim restaurado da Jerusalém
Celeste. A Bíblia diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pela sua
morte Cristo trouxe vida, pelo seu sacrifício ele trouxe redenção. Agora, por
meio do seu sangue temos livre acesso à presença do Pai e quando da sua vinda,
entraremos no Jardim Restaurado de Deus, onde estaremos para sempre com ele!
Fonte: Hernandes Dias Lopes
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