"No novo ano tudo vai ser diferente! Vou deixar meus
maus hábitos!" Você também tomou resoluções desse tipo, usando a mudança
de ano como data para uma virada em sua vida?
A cada novo ano, muitas pessoas tomam resoluções radicais
para suas vidas. A mudança de ano vem acompanhada de uma certa aura de
transformação, levando-nos a crer que nessa data será mais fácil romper com
maus hábitos e superar fraquezas de caráter.
O que sobra de todos esses bons propósitos? O que resta
das decisões tomadas em datas aparentemente significativas? Talvez alguns se
lembrem que no dia 9/9/99 foram realizados muitos casamentos em diversas partes
do mundo. E agora certamente os primeiros desses matrimônios já estão
desfeitos. Harmonia rompida e promessas de fidelidade não cumpridas levaram ao
fracasso.
Pedro garantiu certa vez a seu Mestre: "Ainda que me
seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei" (Mt 26.35) –
mas ele falhou vergonhosamente. Será que o comportamento desse discípulo não
espelha nossos próprios propósitos vãos? Será que também nós não falhamos
repetidamente? Paulo escreve: "Porque não faço o bem que prefiro, mas o
mal que não quero, esse faço" (Rm 7.19). Muitos de nós procuram desculpar
e minimizar suas falhas, dizendo: "Paulo também era assim..." Mas
ele, nessa passagem, procura apenas demonstrar a luta entre o bem e o mal
dentro de cada um de nós. Em outras passagens fica muito claro que ele estava
empenhado com todas as suas forças em viver uma vida vitoriosa. Paulo
prosseguia em direção ao objetivo, em direção a Cristo: "...prossigo para
o alvo..." (Fp 3.14).
No caso de Daniel, a chave para sua vida vitoriosa estava
muito bem definida. Ele também chegou ao ponto em que tomou uma resolução: "Resolveu
Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o
vinho que ele bebia" (Dn 1.8). Daniel conseguiu colocar sua resolução em
prática porque, mesmo sob ameaça de morte, em nenhuma circunstância deixou de
orar três vezes por dia ao seu Deus: "três vezes por dia, se punha de
joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer"
(Dn 6.10b). Esse hábito era algo natural para ele. Mas é justamente nesse ponto
que todos os nossos bons propósitos falham. Estamos dispostos, temos o firme
propósito de deixar de lado maus hábitos e velhos defeitos. Dizemos a nós
mesmos: "A partir de 1º de janeiro vai ser para valer!" Mas
falharemos vergonhosamente mais uma vez se apenas deixarmos os maus costumes de
lado, sem nos habituarmos a levar uma vida realmente voltada para Deus.
Como está nossa
relação com Deus? Tornou-se hábito para nós ler Sua Palavra, orar e servi-lO?
Acerca de Jesus está escrito: "E, saindo, foi, como de costume, para o
monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar
escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação" (Lc
22.39-40). É nesse sentido que desejo a todos um ano muito abençoado, um ano em
que nossos hábitos e costumes nos levem para mais perto de nosso Senhor e
Mestre. "Orai, para que não entreis em tentação!" (Peter Malgo - http://www.chamada.com.br)
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