quinta-feira, 29 de março de 2012

Isto fiz por ti, o que fazes tu por mim?

Um dos maiores estadistas de todos os tempos e a pessoa que fez o máximo para avançar a causa das Missões durante o curso do século 18 foi um nobre alemão, o Conde Nicolau Ludwing Von Zinzendorf, que teve poderosa influência sobre o cristianismo primitivo, a qual, em muitos respeitos, igualou ou superou a de seus amigos cristãos, John Wesley e George Whitefield.

Ele introduziu a evangelização e fundou a igreja Morávia e compôs inúmeros hinos, mas acima de tudo inaugurou um movimento missionário mundial que preparou caminho para Willian Carey e o “Grande Século” das missões que se seguiria.

Nasceu em 1700 em meio à riqueza e nobreza. Ele ansiava entrar no ministério cristão, todavia parecia-lhe inconcebível quebrar as tradições familiares da nobreza. A decisão aconteceu em 1719, quando um incidente durante uma viagem pela Europa mudou o curso de sua vida. Enquanto visitava uma galeria de arte viu um quadro (Ecce Homo de Domecino Feti) que mostrava Cristo suportando a coroa de espinhos, com a seguinte inscrição:

“Isto fiz por ti, o que fazes tu por mim?”

Desse momento em diante, Zinzendorf soube que jamais poderia ser feliz vivendo como nobre. Qualquer que fosse o preço, ele buscaria uma vida de serviço para o Salvador que tanto sofreu para resgatá-lo.

Como estadista missionário, passou trinta e três anos como supervisor de uma rede mundial de missionários que esperavam liderança de sua parte. Seus métodos eram simples e práticos, suportando a prova do tempo. Todos seus missionários eram leigos, treinados para evangelistas e não teólogos. Como leigos, com sustento próprio, esperava-se que trabalhassem junto aos prováveis convertidos, dando testemunho de sua fé por palavras e exemplo de vida – sempre procurando identificarem-se como iguais e não superiores.

 A tarefa deles era apenas de evangelização, evitando estritamente qualquer envolvimento em questões políticas ou econômicas locais. Sua mensagem era o amor de Cristo – uma mensagem evangélica muito simples e entendida por todos e sob a liderança do conde, a igreja dos morávios colocara grande ênfase à pregação da morte de Cristo.

A contribuição de Zinzendorf no terreno das missões é a melhor vista na vida dos homens e mulheres que aceitaram seu desafio de abandonar tudo por causa do Evangelho. A única motivação deles, não era a fama, a glória humana, o enriquecimento à custa da obra de Deus, mas sim o amor sacrificial de Cristo pelo mundo, e foi essa a mensagem que levaram até os confins da terra.

Que Deus levante novos “morávios” e grandes estadistas missionários neste século presente, para recuperar a genuína visão missionária e anunciar a mensagem da Cruz aos bilhões que ainda faltam serem evangelizados.
Fonte: basemissionaria

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