segunda-feira, 25 de abril de 2011

O contraste entre materialismo e a espiritualidade

No capítulo 16 de Lucas Jesus Cristo encerra uma série de seis parábolas (pequenas histórias que ensinam verdades espirituais). Nessa história, há um mendigo chamado Lázaro e um rico religioso. É perfeitamente concebível que o pobre homem tenha sido alguém que se encontrou com o Senhor durante suas andanças e cuja vida e morte Ele usou para fazer uma ilustração que continua atual ainda em nossos dias.

Leitura do texto: Lucas, 16:19-31.

"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."

Jesus relata sobre duas personalidades, Uma pessoa que representa a classe economicamente bem sucedida e o outro que representa a situação de miséria extrema. O rico naturalmente membro da burguesia, pois segundo o texto se vestia de púrpura e linho finíssimo. Uma pessoa habituada a servir banquetes e participar de orgias cotidianamente em sua própria casa. E só quem tem muito dinheiro consegue fazer esse tipo de extravagância.

A mansão do rico naturalmente tinha um muro alto, de maneira a oferecer proteção contra os visitantes indesejados; e o acesso à rua era por meio de um portão de ferro vigiado por um esquema de segurança. Era nesse portão que os amigos de Lázaro o deixavam, talvez acreditando que ele pudesse conseguir as migalhas que da mesa do rico. Aquilo que sobrava na mesa era jogado para os animais e o mendigo dividia o resto de comida com eles.

Lázaro era um homem doente, faminto e com poucas chances de sobrevivência. Seu corpo estava muito debilitado e coberto por chagas (feridas). Para piorar a situação ele dividia o espaço com os cães, esses animais também famintos lambiam as suas feridas. Deveria ser uma cena chocante. Lázaro corria o risco se ser devorado pelos animais.

Não resistindo à dor, os ferimentos, Lázaro desfalece. E segundo relato de Jesus, ele foi para o “seio de Abraão” (uma expressão hebraica que significa: Paraíso). Lázaro era um homem temente a Deus e, quando deixou as tribulações deste mundo, entrou imediatamente no reino glorioso dos redimidos.

Em seguida, Jesus afirma que o rico também morreu e que foi sepultado. Não há dúvida de que aquele homem teve um funeral pomposo, cheios de elogios. O orador deve ter exaltado suas realizações, suas contribuições com a comunidade, seus amigos de orgias devem ter lamentado a perda... O corpo daquele burguês foi colocado em um túmulo caro e bem ornamentado, perfumado. Nenhum gasto foi poupado e o funeral foi realmente magnífico. É bem provável que pessoas foram pagas para chorar. Enquanto que Lázaro talvez tenha sido enterrado em qualquer lugar como indigente.

Curiosamente o rico também era religioso, os princípios de Deus não lhe eram estranhos. Ele conhecia a verdade, porém não praticava. Tanto que ele cita “Pai Abraão” termo comum para os judeus, ele sabia da existência dos profetas. E pela descrição de Jesus, jamais deu atenção a palavra de Deus. No entanto, após a morte foi para um lugar de tormenta, e em meio às labaredas de fogo olha para o alto e ver Lázaro distante sendo consolado por Abraão, o pai da fé.

O rico conhecia bem o pobre Lázaro e tinha conhecimento da fé de Abraão. Ou seja, os dois eram “irmãos na fé judaica”. Porém, um rico e o outro pobre. A Lei de Moisés mandava que os ricos socorressem os pobres em suas necessidades. Obviamente, o rico falhara completamente na sua responsabilidade, enquanto vivia e tinha dinheiro para socorrer o necessitado.

Acostumado a vida de farras e orgias, agora tem que encarar as conseqüências dos seus atos. No abismo faltavam os amigos da farra, faltava um gole d’água que ele havia negado a um pobre; faltavam os seus subordinados para ele dar ordens. As labaredas de fogo o queimavam e não havia um gole de vodka, nem champanhe, nem vinho; nem mesmo um gole d’água daquela que saia do esgoto de sua mansão e molhava o traseiro do pobre quando este estava no seu portão. "Onde está o meu dinheiro? Onde estão os meus amigos, os meus empregados? E de repente Deus dá a ele a oportunidade de ver Lázaro do outro lado – “No seio de Abraão”.

Para o rico não nem deram a chance de primeiro ir ao Purgatório? Não, porque purgatório não existe. É um engano. O rico desceu ao inferno.

No desespero do homem em chamas, ele grita: “Pai Abraão: Tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama."

Que palavras fortes, mas assim é o relato de Jesus e Ele afirma que o inferno é um lugar de tormentos para aqueles que rejeitam a voz do Espírito Santo enquanto aqui vivem. Você pode ser um excelente religioso, contribuir para evangelização, ir à igreja, mas se negligenciar a voz do Espírito Santo e os conselhos divinos quanto ao tratamento aos órfãos, as viúvas, os pobres... Você está sujeito ao fogo do inferno.

Ninguém quer ouvir uma má notícia dessas! Creio que a forma como você ler pode até assustar e você interpretar como uma afronta ao seu credo religioso até aqui. Porém, não posso remediar, tenho que me ater à verdade do texto. Leia a resposta de Abraão ao rico: "Filho, lembre-se que você teve muitos bens na sua vida; mas Lázaro só teve males; agora, porém, aqui ele está consolado; e você, em tormentos. E além de tudo, há um grande abismo nos separando e Lázaro não pode ir até você, nem você pode vir até nós." Por que ninguém me falou isso antes? Alguém falou, mas você não deu ouvido. As orgias, as festas, a farra elas não me deixam agente ouvir e nem ver a necessidade dos outros. E Deus nos abençoa para abençoar quem precisa.

Pena que muitas pessoas só reconhecem a voz de Deus quando não há mais tempo; só ver o pobre quando ele não pode mais ajudar. Nem mesmo um apelo veemente surte efeito. Leia como clama esse homem: "Então envia Lázaro aos meus cinco irmãos, porque não quero que venham para este lugar de tormentos”. Mas como, não tem jeito meu filho! Seus irmãos têm os profetas, tem a Bíblia. E atualmente em várias traduções. E o coitado então retruca: "Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam." Uma idéia que contraria os princípios de Deus. Quem já foi não volta mais. E aqueles afirmam ter visto aparições de alguém. São demônios, que conheciam as pessoas, se transformam nelas e aparecem como se fosse tais pessoas para enganar e confundir os viventes. A palavra de Deus na sua totalidade não dá respaldo para esse tipo de crendice como afirmam algumas religiões. Também não existe na Bíblia qualquer referencia ao purgatório.

Abraão dá uma última resposta ao homem em tormenta: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."

Se você não dá ouvido a voz dos homens de Deus e não acredita na Bíblia, a inspiração divina, vai acreditar em mortos? Se tais voltassem apregoar as Boas Novas você fugiria deles. Ninguém está interessado em ouvir assombração.

O personagem descrito por Jesus não foi para o inferno por ser rico, nem tão pouco por ser religioso. Ele foi para o inferno por se negar a praticar os ensinos da Escritura sagrada. A riqueza é saudável; e Deus abençoa as pessoas com riquezas para que elas socorram os necessitados. “Bem aventurado o que socorre o necessitado”. “Pobre sempre existirá em vosso meio, mas bem aventurado é aquele que estende a mão ao pobre”. Jesus disse “Sempre que deres pelo menos um copo de água a um dos pequeninos irmãos é a mim que o fazeis”.

Jesus naquele dia dirá: “Vinde benditos de meu pai para o reino que vos estar preparado desde a fundação do mundo, porque tive fome e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; estava nu e me vestiste; estava preso e foste me visitar”. Mas a outros dirá: “Apartai-vos de mim malditos para o fogo que preparado para o diabo e seus anjos: Porque tive fome e não me deste de comer, tiver sede e não me deste de beber, estava nu e não me vestistes, estive preso e não fostes me visitar; era forasteiro e não me acolhestes”.

Quanta gente vai se surpreender quando Jesus voltar. Queridos a fé sem obras é morta. Lamentavelmente muitos que conhecem a palavra, vão à igreja e até contribuem com a obra de Deus, mas continuam egoístas, presunçosos, avarentos... Omissos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus.

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