quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dê flores durante a vida porque no túmulo elas chegam tarde demais

Quando estava no Seminário Boa Terra, em Curitiba, além do curso de teologia ministerial, tivemos a oportunidade de fazer um curso de teatro e claro, participar de várias peças teatrais. Uma dessas peças marcou a vida de muitas pessoas que nos assistiram no dia das mães de 1977.

“Dê flores durante a vida porque no túmulo elas chegam tarde demais”. A peça conta a história de uma viúva mãe de três filhos, um homem e duas mulheres. O pai de família morrera enquanto os filhos ainda eram pequenos e a mãe, com muito esforço criou-os, apesar de humilde, pobre, mas garantiu o alimento e a realização profissional dos filhos. Para isso, enfrentou madrugadas frias para trabalhar na roça, com o crescimento dos filhos, abandonou a zona rural e seguiu para a cidade, a fim de garantir a formação profissional dos filhos. Sem profissão definida, a pobre viúva trabalhou como faxineira, cozinheira lavadeira. Seu corpo ficou marcado na luta pela sobrevivência digna e a formação dos filhos. Apesar da sua simplicidade e pureza de coração, aquela mãe ensinou princípios de conduta que seus filhos jamais esqueceram; e esses princípios contribuíram para alcançar seus objetivos e bons relacionamentos.
Os filhos cresceram, alcançaram excelentes profissões e casaram-se. A filha mais velha seguiu o marido para uma cidade distante a 1.000 km, o filho, mudou-se com sua esposa para uma cidade vizinha; e a filha mais nova, conseguiu emprego numa empresa multinacional e foi morar em outro país.
A mãe ficara sozinha num simples casebre adquirido com a venda do lote na zona rural. A mulher guerreira, agora estava com idade avançada e sem forças para trabalhar e conseguir alimento diário. Ela sobrevivia de doações das “irmãs” da igreja que semanalmente a visitavam. Vez por outra aquela pobre viúva era conduzida pelos vizinhos aos hospitais. Os filhos depois de formados e casados raramente apareciam na casa da mãe. E quando iam, passavam alguns minutos e se quer lhe davam um beijo de despedida. Segundo uma vizinha, por várias vezes viu o filho na cidade, mas o mesmo não ia ver a mãe.

Já muito debilitada e sem forças para caminhar, as irmãs da igreja se revezavam para dá-lhe assistência. Por vários meses alguém comunicava os filhos sobre a enfermidade da mãe e imploravam para que viessem visitá-la. Um dia, a triste notícia: “A mãe de vocês faleceu venham pelo menos para o enterro”.
Depois aguardar algumas horas chegaram os filhos e netos para acompanhar o velório e enterro da mãe. Muitas lágrimas, muitas palavras de arrependimento. Porém nada daquilo podia ser conforto para a pobre mãe abandonada.

Na cerimônia fúnebre todos atentos acompanharam silenciosamente as palavras do pastor. E depois de colocar o caixão na sepultura e jogar a terra sobre o túmulo. O filho chorando amargamente depositou um lindo buquê de rosas sobre o túmulo da mãe. Naquele momento uma senhora conhecida da família alertou: “Dê flores durante a vida porque no túmulo elas chegam tarde demais” e acrescentou: “Meus filhos, quantas vezes a mãe de vocês perguntava onde vocês estavam; como estavam. Como ela gostaria de passar uns dias com os filhos e os netos; como gostaria de ter notícias de vocês... E todos os dias orava por vocês”.

Com você e eu será que é diferente? Quantos pais que lutaram. Deram anos de suas vidas para criar os filhos, ensinar, encaminhar para vida, uma profissão e hoje estão abandonados? Deles que a única alternativa foi encaminhar para um asilo.
Cuide bem de seus pais enquanto eles vivem, considere o que eles fizeram por você.
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”. Efésios, 6:1-3.

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