O efeito da benignidade
“Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua
benignidade dura para sempre”. Salmo 136:1.
O ser humano dificilmente vai entender os mistérios de
Deus. As qualidades do Soberano vão muito além da nossa imaginação.
Deus nos fez a sua imagem e semelhança no caráter e
personalidade, ou seja, fomos criados com as mesmas qualidades do Pai Eterno. Porém,
Deus deu ao ser humano a opção escolha e o poder decisão. Para mim essa é uma
das maiores atitudes de benignidade divina. Deus criar homem do pó da terra,
assoprar nele o espírito de vida e ainda deixá-lo livre para escolher e decidir
o que quer. E tem mais, Deus jamais invade a privacidade de alguém.
A benignidade é amor em ação. Ser benigno significa ter
compaixão em fazer o bem e ser prestimoso; um interesse afetuoso no bem-estar
de outrem. Benigno é a qualidade de bom, independentemente de quem seja a
pessoa. Se for má ou boa, se agrada ou não; se é branco ou negro, religioso ou
incrédulo, mas sempre dedica a ele compaixão e préstimo.
Já bondade pode ser um ato ou uma ação ou atitude boa.
Que ao mesmo tempo pode se tornar má ou agir de maneira compassiva ou
prestimosa com quem o agrada. Atitude típica do ser humano sem Deus.
A benignidade é perceptível nos atos de Deus e de seu
filho Jesus Cristo. Por exemplo, Deus demonstrou ser benigno quando enviou o
seu único filho para salvar o homem, apesar do pecado humano, Jesus Cristo veio
para libertar, curar e salvar a humanidade. Deus manifestou-se benigno quando alimentou
as multidões famintas e através de seu filho curou as suas doenças.
Manifestou-se benigno também quando ressuscitou o filho da viúva de Naim, entre
tantos milagres. Jesus não acusava, não censurava, mas agia de maneira a
promover o bem estar das pessoas que o buscavam, independente de quem eram. Observe
sua atitude com a mulher flagrada em adultério. Seus acusadores, baseados numa
lei judaica, colocaram Jesus a prova. E ele aparentemente indiferente, afirmou:
“Quem não tiver pecado que lhe atire a primeira pedra”. O SER HUMANO NÃO
ENTENDE ISSO ATÉ QUE passe por uma experiência real de transformação pessoal.
Acompanhando o noticiário nacional um depoimento revelou
mais uma vez a benignidade divina. O ex-senador Demóstenes Torres afirmou que “reencontrou
Deus” devido a “CPI do Cachoeira”. E eu não duvido disso.
Em seu depoimento ao Conselho de Ética do Senado, na
terça-feira, 29/05, o ex-senador disse que as acusações de corrupção contra ele
o fizeram “reencontrar Deus”. Demóstenes é acusado de envolvimento no esquema
de corrupção investigado pela CPI do Cachoeira, e afirmou estar vivendo seu
“pior momento”. Deprimido, sofrendo muito. E segundo ele, sua conduta até então
ignorava a Deus: “Eu só pude chegar aqui hoje porque quero dizer aos senhores
que redescobri Deus. Parece um fato pequeno, mas acho que minha atuação era
pautada mais pelos homens do que por Deus. Se eu cheguei aqui, foi porque
readquiri a fé. Graças a Deus posso estar aqui para conversar com as senhoras e
os senhores”, afirmou.
Você duvida? Eu não. Porque Deus é benigno, compassivo e
misericordioso. Você e eu podemos não aceitar, mas Deus é assim e se não fosse,
todos já teríamos sido “consumidos” pelos problemas da vida. Demóstenes Torres
pode ter roubado, extorquido, se aproveitado do cargo para se beneficiar...
Estava livre e tinha poder para tudo isso. Mas esse desvio de comportamento
levou-o ao abismo.
Quantos homens e mulheres não ocorrem o mesmo, em grandes
ou pequenas proporções? Ele era senador; mas independente da posição social,
estamos sujeitos aos mesmos desvios de comportamento. “Não justo, nem um
sequer”. A livre escolha e o poder de decisão rouba de nós a intimidade com
Deus e a oportunidade faz o ladrão, o adultério...
No entanto, é importante deixar claro que uma pessoa quando
descobre ou redescobre a Deus, age como Zaqueu, chefe dos cobradores de
impostos, narrado em Lucas, 19. Aquele homem quando se deparou com a
benignidade de Jesus imediatamente... “levantando-se Zaqueu, disse ao
Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se
nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado”. Ou seja,
estou disposto a reconhecer meu erro e devolver tudo o que roubei. Esse tipo de
atitude deveria ocorrer na vida de todos aqueles que se depara com a
benignidade divina. Quem reencontra Deus e redescobre o seu infinito amor
reconhece seus erros e experimenta a conversão, ou seja, mudança de vida. Se
realmente o ex-senador redescobriu Deus, o impacto desse encontro poderá ser
visível em breve, não em palavras, mas em ação.
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