terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Uma visão das entranhas...


A visão humana é superficial. Nosso olhar enxerga somente o aparente. Mês com o melhor microscópio já fabricado no mundo, não conseguimos enxergar as entranhas de alguém. Além de superficial, nossa visão é tendenciosa.

Muito raramente encontramos pessoas capazes de olhar para alguém e deslumbrar sobre seus pensamentos e atitudes. Do outro lado, existem aqueles, que basta um olhar para expressar o que sente ou que pensa. Somente Jesus consegue com um olhar, penetrar no íntimo de uma pessoa e enxergar além da superficialidade. 

No texto de Lucas 22:61 e 62 Jesus fixou o olhar em Pedro, sem nada dizer, porém seu olhar fez Pedro lembrar-se de suas palavras: “Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E saindo Pedro para fora chorou amargamente”. 

 “Basta apenas um olhar”.  Que olhar! Com apenas um olhar Pedro foi visto em suas entranhas. Seu caráter, sua personalidade. Não teve para onde correr, nem argumentar ou se defender. Aquele olhar penetrante de Jesus conseguiu desvendar os sentimentos de Pedro. O discípulo instável, fraco, foi exposto a si mesmo. 

A Bíblia ensina que os olhos são as janelas da alma. Eles têm a capacidade de transmitirem nossos sentimentos e falam de emoções que não podemos verbalizá-las. É comum na vida ocorrer com freqüência uma comunicação só com os olhos. Isto ocorre nos relacionamentos conjugais, entre pais e filhos... Basta um olhar para perceber o amor ou autoridade. 

Jesus Cristo tinha uma habilidade fora do comum para se comunicar com as pessoas. Ele era capaz de usar seu olhar penetrante e enxergar os pensamentos e intenções do coração. Jesus não adivinhava ou fazia suposições. Sua visão penetrava até a alma humana. Natanael, por exemplo, se surpreendeu quando ouviu Jesus descrever seus pensamentos e reconheceu a sua habilidade. João (1:46-50) 

Penetrar na mente humana é especialidade divina.  No Salmo 139:16 o salmista descreve: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” Deus conhece você e eu antes que fomos formados no ventre de nossa mãe. 

Afinal, o que o Senhor viu em Pedro? Aquela pessoa instável, fraca, precipitada e vulnerável? Desnudar uma pessoa, esquadrinhar sua mente e penetrar no recôndito de seu ser, só o Mestre Jesus. E um olhar não para condenar; mas para prestar apoio e solidariedade. 

É assim que Jesus olha para as nossas fraquezas e limitações. Algo maravilhoso na vida do ser humano é quando ele tem a capacidade de reconhecer esse olhar de apoio e solidariedade. Do outro lado, é maravilhoso quando temos a capacidade de reagir a esse olhar de forma a reconhecer quem somos e, com lágrimas recorrer a solidariedade do Mestre. 

Para Pedro, o olhar do Senhor foi tão penetrante, até porque Jesus já havia avisado a Pedro que a sua fé se enfraqueceu ao ponto de Jesus interceder ao Pai por ele. O diabo foi ousado na tentativa de peneirar Pedro como o trigo: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não se desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos. Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto para ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te Pedro, que, hoje, três vezes me negarás que me conheces, antes que o galo cante.” Lc 22:31-34. 

Que tremendo! Imagine uma pessoa de sua igreja que tem andado nos caminhos do Senhor, tem presenciado sinais e maravilhas; que canta, que louva, que exerce liderança e tem compromissos na igreja, de repente por um motivo ou outro, não comparece, não comunica, não demonstra o mínimo de senso de responsabilidade com as coisas de Deus. Onde está aquela pessoa que no momento que você precisa dela, ela tem outras prioridades que demonstram fraqueza de fé. Diríamos que nitidamente satanás pediu para peneirá-la como trigo e ela caiu na peneira. 

Minha primeira experiência ministerial foi em Santarém, PA, onde tive a oportunidade de iniciar uma obra e permanecer ali 8 anos. Uma das primeiras experiências amargas, foi quando no inicio do ministério, iniciamos o grupo de jovens; cerca de 30 jovens integravam a mocidade. Ainda no primeiro ano de ministério, empolgado, feliz com o número, um sábado à noite cheguei ao templo para iniciar a reunião, vi apenas um jovem no salão. Ué! Cadê a turma? Aquele rapaz respondeu: “Estão na casa da vizinha, pastor”. Fui à residência da vizinha buscar as ovelhas. No portão daquela casa encontrei um garoto que me disse: “Seus jovens estão todos aí pastor, pode abrir a porta”. Para minha surpresa ao abrir aquela porta me deparei com os jovens dançando ao som de uma música em alto volume. Ao me verem à porta, silêncio total. Que frustração, que raiva! Só Jesus naquele momento para me dá sabedoria. Calmamente disse: “Está na hora do culto pessoal”. Percebi que os corajosos que foram ao culto, ficaram muito constrangidos. Naquela noite Deus conduziu a reunião de maneira tão peculiar que no meu silencio o Espírito Santo tomou a liberdade de falar profundamente aos corações. Em nenhum momento me referi ao episódio. Ao final, a maioria deles veio ao altar pedindo perdão a Jesus e a mim. Uma experiência inesquecível!      

Porém, na maioria das vezes como pais, como pastores e lideres, temos fixado nosso olhar nas falhas das pessoas. E por conta disso nos irritamos, tiramos liberdade do Espírito Santo e deixamos a carne se manifestar de maneira irada e falamos o que não convém no altar. E muitas vezes como líderes, nos deixamos “emprenhar” pelo ouvido, e damos oportunidade ao diabo para a boca dos fariseus hipócritas para promover contendas e confusões em casa ou na igreja do Senhor. 

Jesus é o Senhor da Igreja, foi Ele quem deu a vida pelas ovelhas, até mesmo as rebeldes... É difícil entender isso, mas não tenho alternativa. Os rebeldes irão prestar contas com o Senhor e pagarão o preço pela desobediência... Mas nossa tarefa é cuidar, ensinar e prestar solidariedade, porque Deus é rico em perdoar e grande em misericórdia. 

É importante deixar o Espírito Santo agir ao invés de ofender e maltratar as ovelhas. Elas precisam do bálsamo ao invés de chicote. Tem coisa que nos magoam, nos deixam tristes, mas precisamos agir como Jesus. Ele ao olhar a Pedro se controlou e dominou suas emoções. E ao olhar para nós, mesmo vendo nossas falhas e fraquezas, Ele usa de misericórdia e nos dá uma nova oportunidade, nos oferece uma nova chance. E nos mostra que é tempo de recomeçar. 

Jesus via em Pedro um futuro líder, uma pessoa que depois de convertida de fato, seria capaz de morrer pelo Mestre. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Pedro, o pescador, também chamado Cefas, “seixo”, se transformaria num grande homem de Deus, o primeiro a anunciar com ousadia o evangelho às multidões. 

Quantas pessoas estão na igreja, que nós não damos valor a elas. E por causa de suas fraquezas ou falhas abandonamos e magoados somos induzidos a trazer a público seus defeitos. E Deus a levanta do pó. 

Em nossa fragilidade, nossos preceitos humanos, erramos, pronunciando juízo e maldição sobre os escolhidos de Deus, mas Ele os conhece profundamente. DEUS É FIEL, apesar de nossas falhas. 

O home julga, distorce e de maneira egoísta e insensível age sem amor e misericórdia. E muitas vezes acha que está agindo corretamente, cuidado! 

No lugar onde Deus me chamou para pastorear, dando-me a oportunidade de recomeçar estou aprendendo e muito. E a única maneira de superar algumas barreiras é deixar o amor de Deus “que excede todo entendimento” fluir em meu coração para que a obra do Senhor cresça e prevaleça, mesmo com a falta de sabedoria de alguns cordeiros.

Lamento que muitas pessoas, mesmo errantes, cheias de falhas, têm um chamado tão grande e seriam tão importantes na obra de Deus, mas continuam desviadas e abandonadas, muitas delas magoadas e cheias de rancor por causa da teimosia e falta de compreensão de seus líderes. Jesus nos convida a olhar com os seus olhos, a agir com seu caráter e personalidade. As pessoas estão fartas do comportamento mundano que age com desdém, julgando, discriminando, cheio de preconceito, mas a Igreja do Senhor é o canal para experimentar o amor de Deus na terra.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AS DEZ PORTAS DE JERUSALÉM

Baseada em Neemias, 3.1-31
É tempo de restauração. Que Deus ministre em seu coração, e gere em você uma “incomodação santa”, que o deixe incapaz de permanecer no mesmo lugar! Você precisa avançar! 

Os motivos que os levaram ao cativeiro: educar e punir (por causa dos pecados cometidos e do afastamento de Deus), primeiro Israel (cativeiro Galileu ou assírio), depois Judá (cativeiro babilônico). Ficaram 70 anos no cativeiro. E Deus que é Fiel, lhes permitiu um recomeço, uma nova vida em Deus (“Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida” Sl 138.7). Deus sempre permite recomeços em nossas vidas. Deus fez isso muitas vezes na história, dando ao homem a oportunidade de começar de novo.

O texto de Neemias também fala de um recomeço, de uma oportunidade, de uma reconstrução: Neemias diz, no cap. 1 que a situação do povo que estava na terra era de grande miséria e desprezo Neemias propõe no seu coração, ir restaurar os muros de Jerusalém.

Deus sempre levanta alguém para nos ajudar a restaurar nossos muros, a começar de novo.
Restaurar os muros na Bíblia é uma figura profética de nossa salvação:
Is 26. 1”NAQUELE dia se entoará este cântico na terra de Judá: Temos uma cidade forte, a que Deus pôs a salvação por muros e antemuros”. Muros na Bíblia é sinônimo de proteção. A salvação do Senhor é a proteção que o Senhor construiu para nós com o seu sacrifício na cruz.

RESTAURAR OS MUROS DE JERUSALÉM Significa dar um novo começo à cidade que nasceu para ser a Cidade da Paz, a cidade do temor perfeito a Deus. 

Quando o muro de separação é derrubado (o pecado), Deus constrói ao nosso redor, muros de salvação. E nesse processo de restauração, achei interessante duas coisas:
1. Neemias, 3.1 – Foi Neemias (Deus consola) o homem que Deus levantou, mas a disposição para iniciar a obra era necessária a iniciativa do povo. Deus deseja nos restaurar e continua enviando pessoas para serem canais, mas nós somos os maiores interessados (precisamos corresponder com Ele nesse processo de reconstrução).

2. Eles começaram a reconstrução dos muros pelas PORTAS ou a maior parte da reconstrução limitou-se às portas, onde havia uma concentração maior dos ataques dos inimigos. 

O que são portas?

Locais de acesso; passagens; locais de guerra de combate; locais que precisavam ser guardados. Porta é um lugar onde só os convidados e autorizados podem passar. Etapas, fases, até o caminho proposto. Um lugar em Deus.

Parece que o inimigo tem um plano específico para destruir lugares especificamente escolhidos (ler 2 Rs 25.9,10):

1. Templo (adoração)

2. Palácio (realeza, prosperidade)

3. Casas (família)

4. Edifícios importantes (ler Lm 1.7). Lugares construídos para determinados fins. Ministérios, planos, sonhos.

Em 2 Reis, 25.10 (quando o inimigo entrou, ele derrubou os muros: Salvação) e no versículo, 11; levou o povo cativo (a escravidão é o resultado da falta de proteção: pois se estivermos com o Senhor, quem nos arrebatará das mãos Dele?.

Existem lugares em sua vida que precisam ser muito bem guardados. Lugares onde só Deus deve ter acesso para entrar. Só Deus deve interagir com você. Portas que só Deus deve ter a autorização para abrir. Esses lugares precisam ser muito bem guardados e protegidos (com ferrolhos e trancas). A repetição do termo aponta para algo urgente e muito importante. 

Há um lugar em Deus, onde Ele deseja te levar. Você tem que chegar lá, precisa passar por portas (fases). São fases, que só se abrem, uma após as outras. Não tem como tomar atalhos. 

Vemos 10 portas nesse texto. São 10 lugares por onde Deus deseja nos conduzir na caminhada cristã. São 10 portas que precisam ser construídas em nós para que alcancemos à maturidade, o temor completo, a paz. São portas que nos levam ao centro da vontade de Deus. Ao falarmos sobre esses lugares em Deus, sobre essas portas, fases, você deverá identificar o lugar onde você está e o lugar onde você deseja estar.

1.    PORTA DAS OVELHAS (Neemias 3:1)
“Então, se dispôs Eliasibe, o sumo sacerdote, com os sacerdotes, seus irmãos, e reedificaram a PORTA DAS OVELHAS; consagraram-na, assentaram-lhe as portas e continuaram a reconstrução até à Torre dos Cem e à torre de Hananel.”


1)     Essa foi a primeira porta.

2)     Essa porta foi consagrada, separada (Pedro nos chama de nação escolhida e propriedade santa e particular do Senhor).

3)     Jesus em João 10.7 e 9, disse: “Eu sou a Porta das ovelhas. (…) Se alguém entrar por mim será salvo; entrará, sairá e achará pastagens”.

Essa porta fala do nosso primeiro estágio em Deus: quando fizemos a decisão de ouvir a Voz do Bom Pastor (Jesus) e escolher entrar por Ele; (Ele é o Caminho (a Porta), a Verdade e a Vida; não tem como chegar ao Pai, ao centro da vontade do Pai, se não passarmos por Ele). A torre dos cem; “início da caminhada cristã”. 

4)     Essa porta era a porta das ovelhas: Esta porta, fala sobre “ser ovelha” isto é, como em João 10:14, ovelhas que conhecem o seu pastor, e são conduzidas por Ele. Essa porta fala sobre um lugar em Deus; que é o lugar da obediência, da submissão, onde entendemos que somos propriedade escolhida de Deus e não vivemos mais para fazer a nossa própria vontade, mas a vontade de quem nos comprou. 

      2.    PORTA DOS PEIXES (Neemias 3:3). 

“Os filhos de Hassenaá edificaram a PORTA DO PEIXE; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas”.
Peixe fala sobre alimento (Lc 9.13 “Mas ele (Jesus) lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo.

O segundo lugar em Deus é o lugar onde nos alimentamos da comida que Deus nos dá. A melhor comida para nós não é a que queremos, mas a que Deus nos dá (deserto: queriam outra comida) e Deus queria alimentá-los com o pão dos céus!

Mas nesse lugar em Deus, também distribuímos o alimento que recebemos... Peixe fala sobre o compartilhar do alimento: o estágio da multiplicação do alimento (evangelismo). Jesus disse à Pedro, Tiago e João: “Eu vos farei pescadores de homens”. Esse é o lugar da multiplicação, da frutificação, do trabalho no Senhor.

Deus não dá pão para estragar. Não adianta pedir a Deus para que Ele te dê mais conhecimento, se você não compartilha com ninguém o que você tem recebido. É um processo. Quando mais você dá, mais tem. “Aquele que tem será dado”. Muitos podem ser usados por Deus nessa fase, embora não sejam completamente transformados (como os discípulos foram usados para realizar o milagre, mas não entenderam quem era o Verdadeiro Pão).
 

3. PORTA Jesana ou porta VELHA (Neemias 3:6)
“Joiada, filho de Paséia e Mesulão, filho de Besodias, repararam a PORTA VELHA; colocaram-lhe as vigas e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas”. 

Um detalhe aqui: alguns nobres não se sujeitaram ao serviço do seu senhor, então não puderam construir essa porta. Se não passar pelas portas anteriores, não tem como construir essa aqui. O nome dessa porta não é atrativo: porta-velha. Essa porta talvez não se adequasse à nobreza, por isso não quiseram construí-la.

Nesse lugar em Deus, temos que mexer nas coisas velhas. Tudo o que é velho precisa ser trazido à tona e ser passado por uma transformação.

Esse é o lugar em Deus, onde somos verdadeiramente transformados, lapidados; onde somos espremidos e passados pelo fogo, até exalarmos um cheiro agradável. 

Nesse lugar, trabalharam os ourives. Por isso nesse lugar, tem a torre dos fornos. O processo de transformação do ouro em jóia é passando pelo fogo. Nesse lugar, trabalharam os perfumistas. Os que faziam perfumes, fragrâncias. Quando Deus nos transforma, passamos a exalar seu bom perfume. Nesse lugar também trabalharam as mulheres; que são as que trazem o adorno, a decoração e a beleza. Você vai ficar muito bonito e perfumado quando sair desse lugar! A jóia bruta vai brilhar! 

4. PORTA DO VALE (Neemias 3:13)
“A PORTA DO VALE, reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; edificaram-na e lhe assentaram as portas com seus ferrolhos e trancas e ainda mil côvados da muralha, até à porta do Monturo”.

Essa porta representa um lugar em Deus onde somos provados. Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Esse é um lugar em Deus por onde temos que passar. Jesus disse: nesse mundo tereis aflições.

Um vale é um acidente geográfico cujo tamanho pode variar de uns poucos quilômetros quadrados a centenas ou mesmo milhares de quilômetros quadrados de área. O tempo que ficaremos no vale é determinado pelo Senhor e pelo que Ele quer nos ensinar. É tipicamente uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou colinas.

Os vales são formados por diversos processos geográficos. É o processo de Deus em nós. Esse é o lugar do confronto, onde revelamos se amamos a Deus ou se negamos a Deus (Hc 3.17-19). Onde Deus desenvolve a nossa fé. Ler Dt 8.2-4. 

5. PORTA DO MONTURO (Neemias 3:14)
“A PORTA DO MONTURO, reparou-a Malquias, filho de Recabe, maioral do distrito de Bete-Haquerém; ele a edificou e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas”.

Monturo significa lixo. Portanto, esta porta fala sobre jogar fora o lixo espiritual, que nos atrapalham e nos impedem de corrermos a carreira que nos foi proposta (Hb 12:1). É a porta por onde sai o lixo. É o lugar em Deus onde vivemos em arrependimento. 

Onde a confissão e a mudança diária passa a fazer parte de nossa rotina diária. Assim como o lixo é jogado fora todo dia. 

O tempo no vale nos ensinou a jogarmos o nosso orgulho fora nosso coração ficou quebrantado! É o lugar onde praticamos o perdão, a confissão, a mudança de mente e o arrependimento. Onde não conseguimos mais viver pecando.

6. PORTA DA FONTE (Neemias 3:15)
A PORTA DA FONTE, reparou-a Salum, filho de Col-Nozé, maioral do distrito de Mispa; ele a edificou, e a cobriu, e lhe assentou as portas com seus ferrolhos e trancas, e ainda o muro do açude de Selá, junto ao jardim do rei, até aos degraus que descem da cidade de Davi”

Esse lugar em Deus é o lugar da revelação (Sl 25.14). O primeiro passo é acharmos a fonte; o que não é fácil. Mas quando achamos, ela não para de jorrar.

Isaque cavou vários poços e teve seus poços entulhados (quantas vezes isso aconteceu conosco quando tentamos prosseguir); mas teve uma hora que ele achou uma fonte que jorrou por mais de 2.000 anos depois. Ele bebeu, seus filhos beberam e Jesus bebeu dessas águas. Irmão é difícil de achar, mas depois que achamos nossa vida nunca mais é a mesma. Nesse lugar trabalharam sacerdotes, levitas (adoração), sumo sacerdotes, e Neemias. 

Por esse lugar, passaram muitos. Nesse lugar ficava o cemitério de muitos heróis, o jardim do rei e o sepulcro dos reis. Muitos morreram nessa fase. Nessa fase, Deus vem e pronto! Essa é a fase do relacionamento com Deus. Contínuo, diário, onde a água não pára de jorrar. Irmãos, não dá para tapar uma fonte quando ela tem força para jorrar, quando ela tem profundidade. É bom estarmos nessa fase em todas as áreas de nossas vidas: vida pessoal, ministério, casamento. Nesse lugar estava à casa das armas. É o lugar das vitórias, onde o inimigo é massacrado enquanto adoramos, enquanto dormimos. 

Nesse lugar ficava o pátio do cárcere. Por que aqui? Quando se anda na revelação, nosso comprometimento com Deus é tão grande que nos dispomos a tudo (como Ester: se morrer, morri). Nos dispomos a sofrer tudo, a sermos presos, a sofremos injustiças.

Paulo foi preso muitas vezes, mas nessa fase, as cadeias não impediam mais a revelação de Deus de fluir sobre ele, nem o seu louvor. Nessa fase, nem as prisões impedem Deus de se manifestar em nós. 

Paulo, onde era colocado, ganhava gente para Jesus e continuava fluindo graça sobre ele e ele continuava escrevendo coisas do céu! Quando foi apedrejado em Listra, ganhou Timóteo, em Filipos, o carcereiro e a Família, na prisão domiciliar, todos os soldados se converteram e quase que o rei Agripa se converte também.

Irmãos, não dá para parar quem vive na fase da revelação. Ele frutifica em qualquer lugar (Jr 17). 

Davi também adorava em todo tempo, e fazia músicas e salmos em meio às perseguições. Nesse lugar, você entende o que Deus quer e tem para você e seu ministério, casamento, etc. 

Aqui, discernimos não só para o que fomos chamados (JB: Eu sou a voz), mas também passamos a discernir a VOZ do Senhor! Mas não só isso: você entende quem Deus é e quem você é no Senhor. Relacionamento traz conhecimento. Por isso não se importa mais com as críticas! 

7. PORTA DAS ÁGUAS (Neemias 3:26)
“e os servos do templo que habitavam em Ofel, até defronte da PORTA DAS ÁGUAS, para o oriente, e até à torre alta” 

Em João 7: 37-38, Jesus disse que “quem crer em mim, do seu interior fluirão rios de águas vivas”. E Jesus falou isso, referindo-se ao Espírito Santo.
João 4: essa é a água que Jesus dá, que não nos deixa mais ter sede. Depois da revelação, vem o fluir no Espírito Santo. Milagres legítimos e maravilhas começam a acontecer! Nessa fase, não precisa pedir a Presença de Deus, Ele está e pronto!
Aqui tinha uma torre alta (profundidade do relacionamento com o Espírito Santo; aqui não dá mais para fazer outra coisa a não ser mergulhar). Pois as águas são profundas demais (Ez 47). É a fase do direcionamento (Sl 36.9). 

8. PORTA DOS CAVALOS (Neemias 3:28)
“Para cima da PORTA DOS CAVALOS, repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa”

Os cavalos falam de força (Sl 20.7). “A alegria do Senhor é a nossa força”. Devemos aprender dar a Ele a nossa força. Isso alegra o coração de Deus. 

9. PORTA ORIENTAL (Neemias 3:29)
“Depois deles, reparou Zadoque, filho de Imer defronte de sua casa; e depois dele, Samaías, filho de Sacanias, guarda da PORTA ORIENTAL”

Porta também chamada de “Haesith” no hebraico, que significa humilhação, humildade (Jr 18). É exatamente aqui que começa a honra. A humildade precede a honra, pois a soberba ficou pra trás, nas fases anteriores. Fase de prosperidade, de deleitar-se no Senhor. Os servos do templo, ourives e mercadores trabalharam aqui. 

10. PORTA DA GUARDA (Neemias 3:31)
“Depois dele, reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos servos do templo e dos mercadores, defronte da PORTA DA GUARDA, até ao eirado da esquina”

Também fase de honra e riquezas (ourives e mercadores) - Mas uma fase de vigilância para não perdemos o que conquistamos. Fase da perseverança para permanecermos nesse lugar em Deus até o fim. Após terminar de ler, já identificou em que fase você está? Já sabe aonde você quer chegar? Então, tire um momento com Deus agora, para orar, relacionado a isso.

Deixe o Senhor conduzi-lo até o centro de Sua Vontade!
Do original por Daniele Marques www.danielemarques.com

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Papa pede que casais inférteis evitem método artificial

O papa Bento 16 pediu a casais inférteis que evitem métodos artificiais de procriação, afirmando que tais técnicas são uma forma de arrogância. Bento 16 falou hoje ao final de uma conferência de três dias no Vaticano sobre o diagnóstico e o tratamento da infertilidade.

Ao reiterar as determinações do Vaticano, ele lembrou que o casamento é a única situação em que se é admissível conceber crianças. Ele afirmou ainda que casais inférteis devem resistir à busca de qualquer método para tentar conceber filhos que não seja o sexo entre marido e mulher.

O papa afirmou que a busca por lucro e a "arrogância" parecem dominar o campo da infertilidade e alertou para o que chamou de "fascinação pela tecnologia de procriação artificial." As informações são da Associated Press.
Fonte: AE - Agência Estado

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Enfrentando o Leão

Um terrível brado penetra o acampamento. Os nativos aterrorizados gritam: ‘Tomem cuidado, irmãos, o diabo está chegando!’. Porém, o clamor do aviso não ajudará em nada e, mais cedo ou mais tarde, gritos agudos e agonizantes quebrarão o silêncio, e outro homem não responderá à lista de chamada na manhã seguinte. [1] 
Era março de 1898 e o estudante de engenharia John Henry Patterson, de 31 anos, estava no Quênia para construir uma ponte ferroviária sobre o rio Tsavo. Logo após a sua chegada, dois cruéis leões devoradores de homens começaram a aterrorizá-lo e a seus trabalhadores. Patterson escreveu em seu diário: “Nada os perturba ou assusta, e eles mostram um completo desprezo por seres humanos, exceto como alimento”.[2] 
Essas feras eram tão perspicazes que os trabalhadores nativos começaram a acreditar que realmente era o Diabo no corpo de leões. Até serem mortos, tinham devorado cerca de 140 trabalhadores. 
As Escrituras alertam que Satanás, como um leão, também é um predador que ataca incansavelmente suas vítimas. O apóstolo Pedro, que aprendeu por experiência própria o que é ser usado pelo Diabo, avisou: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8, cf. Mt 16.23). 
Vencer Satanás requer vigilância diária, a cada momento. Uma vida de fé em Jesus Cristo é uma vida de implacável conflito espiritual. Se você falhar em equipar-se para ele, colherá as conseqüências. O alvo de Satanás é devastar a humanidade; mas, ainda mais, aniquilar a vida dos cristãos. 
Portanto, os cristãos precisam aprender e usar três princípios essenciais para posicionar-se contra o Maligno: todo cristão precisa (1) manter uma posição firme no conflito, (2) empregar a proteção apropriada para o conflito, e (3) sempre manter uma perspectiva correta do conflito. 
Uma Posição Firme 
Os leões de Tsavo eram os reis de sua própria terra. Eles enfrentavam qualquer um. As Escrituras chamam Satanás de “o príncipe deste mundo” e “o deus deste século” (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Porém, o seu reino está sujeito à vontade de Deus (Jó 1.12). Com isso em mente, a primeira lição na luta é aprender tudo o que você pode sobre seu inimigo: “Nem deis lugar ao Diabo...”; “...para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (Ef 4.27, 2 Co 2.11). 
Infelizmente, muitos cristãos são ignorantes, principalmente na doutrina bíblica. Como os leões, Satanás e seus demônios rondam procurando oportunidades de espalhar idéias falsas. A maior defesa é estudar, conhecer e praticar a Palavra de Deus diariamente. Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32). Satanás é um mentiroso (Jo 8.44). O segredo é avaliar todas as coisas pela Palavra de Deus. 
Foi uma visão terrível encontrar restos repulsivos dos trabalhadores que haviam sido atacados pelos leões de Tsavo. Patterson prometeu eliminar os leões do local e terminar a sua ponte. Os cristãos precisam ter a mesma resolução e permanecer firmes contra Satanás. Primeiro, ter certeza em seu coração de que o Senhor Jesus verdadeiramente é o seu Salvador pessoal (Jo 3.16). Confesse todos os pecados conhecidos (1 Jo 1.9). Deseje, com a ajuda de Deus, abandonar a prática habitual de todo pecado (Pv 28.13). E, finalmente, renda sua vida e tudo o que você tem a Deus: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). 
A Proteção Adequada
“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
John Patterson caçou os leões usando um rifle inglês de calibre .303 bolt-action e uma espingarda de caça calibre 12. Ele os avistou diversas vezes, e até os surpreendeu em uma ocasião. Mesmo assim, eles escaparam. Em desespero, ele sabia que precisava usar todo o seu treinamento e sua habilidade com armas para ser capaz de matá-los.
Nós, também, precisamos usar armas específicas contra Satanás. Apesar de diferentes, elas requerem prática e habilidade para serem usadas competentemente: Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
Nossa armadura de guerra encontra-se em Efésios 6.11-18. A imagem usada é a de um valente soldado romano. Para prevalecer contra o Maligno, os cristãos precisam, necessariamente, vestir “toda a armadura de Deus” (Ef 6.11): 
Cinto 
A primeira linha de defesa é a “verdade” (Ef 6.14). O termo significa ter a mente livre de fingimento e falsidade. Satanás depende de mentiras e engano. “Cingir-nos com a verdade” é a proteção forte contra a hipocrisia. 
Couraça 
Um soldado romano vestia uma couraça para proteger seu coração e seus órgãos vitais. Um cristão precisa vestir a “couraça da justiça” (Ef 6.14b). Satanás é um acusador, que aponta constantemente a falta de merecimento dos seguidores de Cristo (Ap 12.10). Essa tática pode ser extremamente desencorajadora. 
Porém, Cristo tratou das acusações contra nós concedendo-nos Sua justiça: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Assim, não há necessidade de desespero: “Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas” (1 Jo 3.20). 
Permitindo que Deus nos torne “conformes à imagem de Seu Filho” (Rm 8.29), Sua santidade é revelada em nossa vida na forma de uma defesa forte e diária; e podemos nos revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24). 
Calçado
Sandálias robustas e com cravos nas solas davam uma base confiável ao guerreiro. Em superfícies lisas, porém, elas eram perigosas por falta de boa tração. Os seguidores de Cristo obtêm a segurança de um fundamento confiável através do Evangelho da paz: Jesus Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, ressurgiu ao terceiro dia, e foi visto por muitos (1 Co 15.3-6). O inimigo quer muito fazer você deslizar, com programas e doutrinas falsas. Os crentes precisam tomar cuidado para não escorregarem em suas emboscadas. A Boa Nova de Cristo é a única base sólida para firmar-se. 
Escudo 
Um soldado da infantaria romana nunca ia à batalha sem seu escudo. Geralmente ele era grande e retangular, com uma leve curvatura nos lados para a proteção corporal. 
As Escrituras nos contam que Satanás atira constantemente “dardos inflamados” na forma de muitas tentações. O propósito principal de embraçar “sempre o escudo da fé” é apagar os seus dardos (Ef 6.16). Um escudo romano também servia para encaixar-se com outros escudos, para criar uma eficiente “formação tartaruga” na batalha. A junção de escudos da fé com outros crentes cria uma defesa formidável contra os assaltos espirituais (Sl 37.40). 
Capacete 
O capacete também era bem projetado. Ele tinha uma aba traseira para proteger a nuca de qualquer golpe. As abas de cada lado protegiam a face, e a da frente protegia contra pancadas direcionadas à cabeça ou à face. Obviamente, esse equipamento era vital. 
O “capacete da salvação” aponta para nossa “esperança de salvação” (1 Ts 5.8). A palavra esperança significa “expectativa alegre e segura da libertação eterna”. O Maligno procura golpear nossas cabeças para plantar nelas sementes de dúvida e desespero. Entretanto, o capacete dos crentes verdadeiros está firmemente posicionado. Primeiro, a fé na obra consumada na cruz garante a salvação da pena do pecado (2 Tm 1.9). Segundo, andando pela fé no Senhor, temos salvação do poder do pecado (Fp 2.12-13). E, finalmente, podemos aguardar nossa futura salvação da presença do pecado: “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13). 
Espada 
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). 
Na cintura de cada soldado romano estava pendurada sua arma principal: o gladius. Esta era uma espada relativamente curta, afiada nos dois gumes. Em mãos de guerreiros treinados, ela era mortal. A espada dos crentes é a Bíblia. De fato, foi apenas a Palavra que Jesus usou com eficiência contra o ataque de Satanás no deserto (Mt 4.1-11).
Quando estudada e aplicada, a Palavra de Deus é a defesa máxima contra os artifícios do Maligno. Falar a Palavra com autoridade é a melhor ofensiva para arrasar a fortaleza de Satanás (Is 49.2). 
Ataques Sorrateiros 
Satanás procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito. 
Os leões de Tsavo espreitavam e aproximavam-se silenciosamente de suas vítimas. O terrível rugido vinha depois que suas vítimas estavam acuadas ou mortas. Satanás também é persistente e silencioso. Ele não alerta os filhos de Deus a respeito da sua presença. Porém, quando consegue enganar sua vítima, através do pecado, ele ruge com satisfação. Portanto, um cristão que se protege adequadamente deve estar alerta em todo o tempo “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). 
A Perspectiva Correta

Os leões de Tsavo eram aterrorizantes. Do nariz à cauda eles mediam cerca de três metros. Patterson escreveu que eles tentavam assustá-lo com um olhar irritado em sua direção, mostrando seus dentes e rangendo-os furiosamente.
Satanás também procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito. Satanás não é igual a Deus. Como é um ser criado, ele tem limitações (Ez 28.12-19). Ele é poderoso, mas não é todo-poderoso (Ap 12.8; 20.2). Ele não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo (não é onipresente). Em vez disso, ele governa sobre demônios subordinados que andam pelo mundo, obedecendo às suas ordens (Mt 12.24; Ef 6.12). Ele também não tem a onisciência de Deus (1 Cr 28.9). Ele não sabe de todas as coisas.
Conseqüentemente, embora o Diabo seja um antagonista furioso, ele não deve nos aterrorizar. Ele não é páreo para Cristo, que já providenciou nossa vitória através do poder do Seu sangue derramado (Ap 12.11). Somente em Cristo há libertação do poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13). Cristo, que vive naqueles que verdadeiramente nasceram de novo, é maior que Satanás (1 Jo 4.4). 
John Henry Patterson finalmente acabou com seus leões. Eles estão em exibição no Field Museum em Chicago, Illinois (EUA). Ainda agora, ao olhar para eles, seus olhos escuros e inertes evocam terror. Contudo, eles estão mortos e não podem ferir ninguém. Um dia o Diabo será lançado na escuridão eterna do Lago de Fogo, para nunca mais atormentar os fiéis (Ap 20.10). 
Até aquele dia, não importa quantas dificuldades e provações passemos na vida, podemos estar seguros de que temos a armadura necessária para enfrentar o “leão” e para sermos mais que vencedores. Além do mais, nada pode nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8.37-39).
Peter Colón http://www.chamada.com.br) Publicado na Revista Chamada da Meia Noite

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cristãos continuam sofrendo ataques na Nigéria

Muitos foram mortos e outros estão fugindo para áreas do país onde a violência é menor
A situação de confronto entre cristãos e grupos islâmicos extremistas ainda é tensa e tem gerado dezenas de mortes. Até o momento mais de 20 igrejas foram queimadas, além de casas e veículos pertencentes aos cristãos.
De acordo com o reverendo Garba Idi, presidente da Associação Cristã da Nigéria em Yobe quase 95% dos cristãos que vivam no norte da Nigéria fugiram da região com medo dos ataques. “A situação é terrível. Igrejas foram queimadas e atacadas e muitos cristãos perderam suas vidas”, disse.

Alguns deles preferem encontrar regiões mais seguras no próprio país, outros, porém preferem cruzar a fronteira e tentar a vida em Camarões. Com a fuga e também a quantidade de mortos, a Nigéria começa a ter o cristianismo dizimado e progressivamente eliminado do país.
Apesar de estarem cientes do que está acontecendo o governo nigeriano não tem combatido os ataques dos extremistas e relatórios apontam que é essa falta de proteção que tem dado espaço para que a violência cresça a cada dia.

Diante dessas informações é necessário que os cristãos brasileiros se unam em oração em favor dos nossos irmãos que está sendo perseguidos por muçulmanos radicais, para que Deus possa cuidar e proteger a vida de cada um deles.

Extermínio

Abubakar Shekau, líder da seita islâmica Boko Haram disse recentemente que seu objetivo era exterminar todos os cristãos da Nigéria. Chegou, inclusive, a desafiar o presidente Jonathan Goodluck, afirmando que ele não tinha poder para evitar a insurgência do grupo. O presidente tem sido severamente criticado por não conseguir parar a onda de terror do grupo e há crescentes boatos que o grupo está infiltrado na polícia, militares e em todas as áreas do governo.

A “Boko Haram” que na língua Hausa significa “a educação ocidental é pecado” foi formada em 2002, e tem sua inspiração nos Talibãs do Afeganistão. Eles têm cometido constantes assassinatos de cristãos na região norte do país, de maioria muçulmana. Seu objetivo é implantar a sharia (lei islâmica) como regra acima da própria Constituição.

Recentemente os ataques já deixaram mais de 200 mortos e deve aumentar, uma vez que há dezenas de pessoas gravemente feridas nos hospitais. Nem a Polícia nem a Cruz Vermelha puderam divulgar números oficiais, pois continuam recolhendo e organizando dados.

Em um vídeo postado recentemente no Youtube, o líder da Boko Haram justificou os atos do seu grupo “Essa catástrofe é causada pela incredulidade, a agitação é a incredulidade, a injustiça é a incredulidade, a democracia é incredulidade e a constituição é incredulidade.”

Vários membros do grupo extremista morreram ou foram presos nos confrontos com a polícia, mas isso não diminuiu seu furor. Com mais de 150 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso da África.
Formado por mais de 200 grupos tribais, sua população sofre tensões constantes por suas diferenças políticas e territoriais. Mas não há registro de um conflito religioso que deixou tantos mortos em tão pouco tempo.
A expectativa é que o número de cristãos mortos e igrejas incendiadas só aumentem. Há registros de agências internacionais que uma grande quantidade de cristãos está abandonando suas casas no norte e rumando para o sul tentando preservar suas vidas.
Com informações Portas Abertas

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Deslize sacerdotal: Padre chama crentes de otários

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Junior, pertencente ao Clero da Arquidiocese de Cuiabá, cometeu um equivoco em uma de suas ministrações durante uma missa. Durante sua falar o padre chamou os crentes de otários e orgulhosos, por acreditarem que podem falar diretamente com Deus. O vídeo com suas declarações foi postado no Youtube e causou polemica e constrangimento entre os evangélicos.

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Junior, em sua ministração falava sobre a virgem Maria, e enumerou as virtudes de Maria como intercessora diante de Deus, e aproveitou o tema para criticar os crentes por não aceitarem intermediários perante Deus. “O princípio protestante é um princípio orgulhoso. Existe protestante humilde, mas não existe protestantismo humilde. O protestantismo é orgulhoso”, afirmou o padre.

Apesar de um tema praticamente superado, porque atualmente muitos católicos que lêem a Bíblia entenderam que ela tem razão quando diz que “há somente um mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus.” I Timóteo, 2:5.

Portanto, acreditar ou aceitar intermediários é no mínimo ignorância e negligencia aos princípios de Deus. São inúmeras as passagens bíblicas que indicam que o ser humano pode recorrer diretamente a Deus em qualquer circunstancia. "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. Perto está o Senhor" Fel 4:6 Porque recorrer a Maria? E a mulher está na glória com o Senhor! Invocar quem já morreu é uma idéia ocultista.

"Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura." (Hebreus 10:22)

"Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, SENHOR, e a minha ORAÇÃO subiu a ti, ao teu santo templo." Jonas 2: 7.
Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o ser humano, você não precisa pedir a Maria, nem José, nem Pedro ou qualquer outra criatura. Vá direto ao criador: “Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?” Mateus, 7:7-11.

Infelizmente os líderes da Igreja, ainda no inicio do século III, desvirtuando os princípios de Deus e ignorando os ensinos de Jesus, começaram a transportar os restos mortais dos apóstolos para Roma e a venerar estes personagens que andaram com Jesus. Mas em nenhum livro ou epístola da Bíblia contém qualquer referencia à veneração às pessoas. Ao contrário, adorar imagem é abominação ao Senhor.

Ações evangélicas entre os povos indígenas do Brasil

Pr. Lúcio Freire com guerreiros da tribo Munduruku - Jacareacanga, PA.
Está se tornando cada vez mais freqüente a produção de propostas que, desinformadas ou preconceituosas, discriminam as ações missionárias evangélicas, especialmente entre as comunidades tradicionais.

Na sociedade em geral, a presença missionária, de maneira especial entre os indígenas, suscita toda sorte de sentimentos. Em alguns, são sentimentos de rejeição, que advém de um emaranhado de impressões e fatos históricos em relação à atuação missionária indígena desde a colonização, relembrando uma igreja que estava a serviço dos interesses políticos, imperialistas e colonizadores. Em outros, o sentimento é de suspeição, debaixo do pressuposto de que qualquer atuação missionária é nociva à preservação cultural indígena. Ainda em outros, de reconhecimento de uma atuação que colabora com a valorização sociocultural e lingüística, e com a minimização do sofrimento humano.

Para aqueles que se embutem de rejeição ou suspeição, desejamos expor fatos sociais, culturais e históricos que podem mostrar com clareza que a presença missionária evangélica entre povos indígenas está, hoje, associada a um crescente processo de colaboração com a preservação lingüística e cultural dos povos do Brasil, além de mostrar-se ativamente interessada em participar do despertar indígena que busca seu lugar neste grande país.

A AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) representa 44 instituições missionárias formadas por pessoas de mais de 100 diferentes denominações evangélicas. Em seu Manifesto 2009, afirma que “Nenhum elemento externo jamais deve ser imposto a uma cultura. Toda imposição pressupõe carência de respeito humano e cultural, além de grave erro na construção do diálogo. Assim, a catequese histórica e impositiva, bem como qualquer outro elemento que force a mudanças não desejadas, mesmo em áreas como educação, saúde e subsistência, deve ser duramente criticada”.
Quando as motivações missionárias são questionadas em sua relação com as sociedades indígenas, há de notar-se clara discriminação. Há iniciativas particulares e governamentais junto às populações indígenas conduzidas pelos mais diversos motivos, como o político, o financeiro e o humanista. Já a iniciativa missionária evangélica tem nos valores cristãos sua principal motivação: o amor ao próximo, a solidariedade humana e o Evangelho; devido a isso, esta iniciativa sente-se freqüentemente discriminada, como se a motivação religiosa fosse menos digna que a política ou a acadêmica.
Precisamos rever nossos pressupostos. Há grave diferença entre catequese e evangelização. Todo cristão sincero e convicto de sua fé tem – ou deveria ter – o desejo de compartilhar aquilo que possui de mais precioso em seu ser e em sua cultura, qual seja, sua fé e as verdades do Evangelho, uma baseada na outra, uma construtora da outra. Tal compartilhamento, quando em um ambiente no qual este é desejado pelo receptor, não oprime a cultura. Ao contrário, promove diálogo e reflexão.
A evangelização difere-se da catequese em relação a características primordiais como o conteúdo, a abordagem e a comunicação. O conteúdo da catequese é a igreja, com seus símbolos, estrutura e práticas – sua eclesiologia. O conteúdo da evangelização é o Evangelho – os valores cristãos centrados em Jesus Cristo. A abordagem da catequese é impositiva e coercitiva. A abordagem da evangelização é dialógica e expositiva. A catequese comunica-se a partir dos códigos do transmissor – sua língua e seus costumes –, importando e enraizando valores. A evangelização se dá com a utilização dos códigos do receptor – sua língua, sua cultura e seu ambiente –, respeitando os valores locais e contextualizando a mensagem.
A influência intencional do movimento missionário evangélico orientado pela AMTB possui alvos de forte colaboração para com as preservações cultural, social e lingüística das sociedades indígenas do nosso país. Citamos alguns:
1. Contribuir para que o indígena valorize sua terra natal (homeland) e nela permaneça, evitando migrações – que são tempestivas e com conseqüência social negativa – para a beira de grandes rios e centros em urbanização ou urbanizados.
2. Colaborar para que haja um bom programa de educação na própria língua, valorizando-a e possibilitando que seus fatos históricos e sociais sejam pelos indígenas registrados, preservados e transmitidos perante a esse contexto de rápida influência social externa, que, não raramente, invalida o valor da língua materna para um grupo.
3. Colaborar para que haja programas em áreas vitais, como a saúde e o desenvolvimento sustentável, além de outras, que respondam às necessidades essenciais dos grupos indígenas.
4. Colaborar com o os movimentos entre indígenas evangélicos, especialmente liderados pelo CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas).
5. Contribuir para que, em processos já em andamento de integração com a sociedade não indígena, tenham efeito os mecanismos de valorização étnica, cultural e lingüística, a fim de que o grupo não seja diluído perante a sociedade maior. Também colaborar com o grupo em sua busca por uma convivência digna com outros, quando fora de sua terra natal.
Alguns valores que nos orientam:

1. Toda imposição é nociva e desrespeitosa. Nenhum elemento deve ser imposto a uma sociedade, seja indígena ou não indígena, sob nenhum pressuposto.
2. A cultura humana não é o destino do homem e sim seu meio de liberdade. É também respeito cultural reconhecer que o indígena tem direito de fazer escolhas voluntárias e desejadas dentro de seu próprio bojo pessoal e social.
3 As motivações missionárias evangélicas para o relacionamento com as sociedades indígenas devem ser igualmente respeitadas. Motivação religiosa não deve ser confundida com imposição religiosa.
4. A evangelização se difere da catequese em relação a conteúdo, abordagem e comunicação. Cabe ao indígena mensurar o valor do Evangelho em seu ambiente – e com total liberdade.
A Convenção número 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sancionada pelo Presidente Lula, assegura que “Os povos indígenas e tribais deverão gozar plenamente dos direitos humanos e liberdades fundamentais sem obstáculos nem discriminação…” (Art. 3§1). “Os povos interessados deverão ter o direito de escolher suas próprias prioridades no que diz respeito ao processo de desenvolvimento, na medida em que ele afete as suas vidas, crenças, instituições e bem-estar espiritual, bem como as terras que ocupam ou utilizam de alguma forma, e de controlar, na medida do possível, o seu próprio desenvolvimento econômico, social e cultural…” (Art. 7 §1).
“Esses povos deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos…” (Art. 8 §2). “A aplicação dos parágrafos 1 e 2 deste artigo não deverá impedir que os membros destes povos exerçam os direitos reconhecidos para todos os cidadãos do país…” (Art. 3). Resta citar ainda a alínea “d” § VIII do artigo V da Convenção da ONU de 21/12/65, aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 3 de 1967 (DO 23/06/67) e promulgada pelo Decreto n.º 65.810, de 1969 (DO 10/12/69; ret. 30/12/69).
O Artigo 16 da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas de 2008 expõe que “Os povos indígenas têm o direito de estabelecer seus próprios meios de informação, em seus próprios idiomas, e de ter acesso a todos os demais meios de informação não-indígenas, sem qualquer discriminação”.

Determinados princípios do código de ética missionária enfatizam que devemos “incentivar a ação e, sempre que possível, colaborar com as autoridades em prol do desenvolvimento comunitário; tratar com igualdade todos os segmentos da comunidade como um todo, independente de serem ou não evangélicos, recusando-se a manipular decisões individuais ou comunitárias, seja por meio de bens materiais ou favores”.
Em outras palavras, as ações sociais, na ética cristã, justificam-se tão somente pelas necessidades sociais. Toda inferência quanto à barganha religiosa, utilizando as ações sociais como moeda de troca junto aos povos do Brasil, contrapõe-se justamente ao cerne de nossos valores cristãos e missionários. Em diversas áreas indígenas, as missões evangélicas atuaram e atuam fortemente na promoção de boa saúde, educação e dignidade, sem um envolvimento direto com a evangelização. A ação social é autojustificável. Mais uma vez, a confusão entre catequese e evangelização se faz presente. Enquanto a catequese ocorre de forma coercitiva e por meio de barganhas, a evangelização se dá por meio de atos de amor, que motivam as ações que tentam minimizar o sofrimento humano.
Nossa motivação é, de fato, cristã. Enquanto ONGs humanistas atuam sem dificuldade junto aos povos indígenas em nosso país, sentimo-nos discriminados por termos, na raiz de nossa motivação, o amor de Deus por toda a humanidade. A postura de Jesus diante dos necessitados, a quem Ele apresentou o Evangelho e, também, atendeu de acordo com suas necessidades pessoais, é nosso modelo. Assim, o movimento missionário vislumbra minimizar os males sociais entre populações indígenas.
Em uma observação imparcial, destituída de pressupostos discriminatórios quanto à evangelização, percebemos que diversas sociedades indígenas as quais mantêm um relacionamento mais próximo com missionários evangélicos valorizam mais sua própria cultura e língua neste contexto do que no passado.

A história da relação de evangélicos com os povos indígenas no Brasil, que remonta a mais de 100 anos, é também uma história de compromisso com áreas sociais carentes, sobretudo as da saúde e da educação. Os missionários, a partir de uma relação diária de aprendizado com os indígenas, de sua língua e cultura, não se furtaram a colaborar com as necessidades desses povos. Sem nenhuma discriminação, atenderam igualmente aos que se interessaram e aos que não se interessaram pela mensagem do Evangelho.
Estamos certos de que as centenas de ações sociais coordenadas por missionários evangélicos (257, catalogadas pelo Banco de Dados da AMTB), sobretudo nas áreas de saúde, educação e valorização cultural, têm contribuído – e muito – para o aumento populacional e melhoria da qualidade de vida entre as etnias indígenas em nosso país. Há dezenas de casos, como o dos Dâw, Wai-Wai, Nadëb, Jarawara, dentre tantos outros, que passaram por um verdadeiro ciclo de crescimento populacional, restauração da valorização da cultura e da língua e melhoria da qualidade de vida por meio de projetos missionários durante décadas em seu meio.
Muitas línguas que corriam risco de extinção, ou que experimentavam épocas de desvalorização junto ao próprio grupo, foram e são alvos de projetos lingüísticos que tendem a registrar sua grafia, produzir livros didáticos de alfabetização, fomentar o seu uso e garantir a sua existência para a próxima geração. Neste exato momento, lingüistas evangélicos atuam na produção de materiais de relevância para preservação lingüística e no seu uso em meio ao próprio povo, em cerca de 80 idiomas. Trabalho este nem sempre reconhecido pelo segmento acadêmico.
O treinamento missionário, normalmente baseado no “tripé” missiologia/linguística/antropologia, também tem se desenvolvido. É crescente o número de missionários pós-graduados (especialistas, mestres ou doutores) em suas áreas de atuação, como Educação, Saúde, Antropologia e Lingüística.
Em 2007, as agências missionárias evangélicas promoveram mais de 50.000 atendimentos médicos e odontológicos entre as populações indígenas em nosso país por meio de agentes de saúde permanentes ou clínicas móveis em terra indígena.
Atualmente, a igreja evangélica tem repensado cada vez mais o seu papel como agente de transformação social. Em uma visão de Evangelho integral, iniciativas e projetos surgem a cada dia. Por isso, é natural que tais iniciativas contemplem, também, os povos indígenas. Lamentamos que a linha de isolamento da política indigenista seja uma barreira para que recursos humanos, materiais e de tecnologia social oriundos dos segmentos evangélicos cheguem aos indígenas, que, como seres humanos e brasileiros, têm direitos e necessidades.
Vale ressaltar que várias organizações missionárias que atuam em contexto indígena nas áreas de assistência social são certificadas pelo CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social) como entidades sem fins lucrativos, aptas para firmar convênios de parceria com o Governo e com empresas. Infelizmente, a inexistência de convênios formais impede que milhares de atendimentos realizados pelos missionários constem nos relatórios oficiais.
Incentivamos aqueles que têm dúvidas em relação às questões expostas acima, ou quaisquer outras que dizem respeito à atuação missionária evangélica entre os indígenas, a fazerem contato conosco via email ou pelo “fale conosco” disponível em nosso website. Desde já, colocamo-nos à disposição para dirimir dúvidas e interagir, em caso de uma busca por informação e esclarecimento.
Departamento de Assuntos Indígenas
AMTB – Associação de Missões Transculturais Brasileiras-www.amtb.org.br