No contexto cristão as funções ou ofícios dentro de uma igreja precisam obedecer aos princípios de fidelidade, foi por isto que o Senhor ao ascender aos céus entregou à Igreja os dons da ascensão, conforme Efésios 4:8. Então na igreja qualquer que seja o que fizermos precisa ser feito dentro do contexto de “entrega total”.
Deixando os cargos com maior direção espiritual como pastor, apóstolo, evangelista, profeta e mestre, vamos abordar hoje a figura tão visualizada do adorador, e como chamaremos a este? Levita? Ministro de adoração ou Adorador? O nome em si pode ser um ou outro, não há alteração, hoje ele pode estar no altar como levita, ministro de adoração ou adorador. O que não pode mudar é o foco do seu objetivo.
Um adorador nunca poderá trocar a sua sublime missão por algo inexpressivo. Deus não vai impedir por causa do chamado que a pessoa viva a sua vida normal, Istoé, estudar, trabalhar, namorar, noivar, casar e gerar família. De forma alguma, agora o que não pode é trocar um “diamante” por uma “tampinha de garrafa“. Tenho chorado muito nos últimos dias quando vejo gente que Deus deu o dom da música, do canto, trocar o seu dom por um bezerrinho de ouro, por uma ovelhinha de ouro.
Há no hemisfério Norte, mais precisamente no México, um rato e este rato têm uma peculiaridade, ele é um rato trocador, ele visita um recôndito onde esteja alojado, busca algo que lá, leva e traz para o lugar daquela peça, uma outra coisa. Ele não tem capacidade de medir os valores das peças trocadas, por fazer estas trocas este rato é chamado de “rato trocador”. Tenho visto gente se portando assim, não avaliando a troca, e permutando o “dom” que recebeu de Deus por algo que aparentemente tem valor hoje. Dom de Deus trocado por uma tampinha.
Deus atribuiu muita importância para os músicos e cantores de uma igreja, antes mesmo de ela vir a ter este nome, por isto, assim deixou narrado na Velha Aliança em 2 Crônicas 29:11 “Agora, filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para os servirdes, e para serdes seus ministros, e para queimardes incenso”, com isto estava instituído os músicos e cantores, que antes dos talentos e dons são servos e ministros. Como servos foram estabelecidos para fazerem a vontade do Pai, e como ministros para serem dados ao ensino, testemunho e revelar o amor de Cristo, promovendo assim uma batalha contra o inferno.
O cântico e o louvor executados dentro da igreja ele se posiciona numa postura de guerra espiritual, isto é, é capaz de transformar e edificar o caráter do homem, tirando dele o espírito abatido e revestindo-o de novas vestes, de revigoro e fortalecimento. Então o cantor e ministro é um agente de transformação capaz de pelo louvor fortalecer espíritos, que se aperceba que é tempo de abandonar discussões, invejas, competições, ciúmes e murmurações e através da adoração exercer frente ao verdadeiro inimigo, o diabo. (Ef. 6:12).
Então debaixo de uma valorização desta é preciso efetivamente não ceder ao mercar os dons, não trocar por quinquilharias, por meia dúzia de beijinhos em um namoro sem a benção de Deus, afinal gente chamado para esta posição na igreja esta investido na condição de guerreiros na grande luta para salvar vidas. Atos 2:47 infere assim “ louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Então o músico, quer seja ele o que tange os instrumentos ou o cantor precisam ter esta consciência de que Deus os usa para resgatar o perdido e o derrotado, restaurando lhe os sonhos e ressuscitando a esperança de ser feliz.
É muito lindo ver que estes cantores e ministros à frente da congregação são capazes de levar a igreja à presença de Deus, e então Deus começa a operar na unção do poder do Espírito Santo. Quando há esta conscientização estes chamados por Deus não estão na igreja para promover um concerto, dar um show, e sim entregar aos pés do Senhor as pessoas que se rendem a Deus, afinal o objetivo foi alcançado, o louvor chegou aos céus e não houve entretenimento e animação do povo, antes uma realização de obra em cada coração.
Para trazer a presença de Deus, combater as forças malignas e promover a salvação de vidas, responsabilidades de adoradores comprometidos com o altar, o Salmista declara com muita ênfase em 33.3 “cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo”. Que cada músico e cantor, consciente do dom que lhes foi entregue pelo próprio Deus seja um canal da benção celestial, e nunca um “rato trocador”, que permuta preciosas coisas por inservíveis quinquilharias.
Por Pr. Vanelli
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